DEMO ***** KRATIAS
+(1) UM!
"SUBSÍDIOS DE FÉRIAS E NATAL DOS DEPUTADOS PARA 2014 SOBEM 91.8%
O orçamento para o funcionamento da Assembleia da República foi já aprovado em 25 de Outubro passado, fomos ver e notámos logo, contudo já sem surpresa, que as despesas e os vencimentos previstos com os deputados e demais pessoal aumentam para 2014.
Mais uma vez, como é já conhecido e sabido, a Assembleia da República dá o mau exemplo do despesismo e, pelos vistos, não tem emenda.
Em relação ao ano em curso de 2013, o Orçamento para o funcionamento da Assembleia da República prevê um aumento global de 4,99% nos vencimentos dos deputados, passando estes de 9.803.084 € para 10.293.000,00 €....
Mais estranho ainda é a verba relativa aos subsídios de férias de natal que beneficiam um aumento de 91,8%, passando de 1.017.270,00 € no orçamento de 2013 para 1.951.376,00 € no orçamento de 2014 (são 934.106,00 € a mais em relação ao ano anterior!).
http://dre.pt/pdf1sdip/2013/11/22600/0652006528.pdf
Imagem -Lion fFávia e TÓMANEL
sem ÉTICA
ENCONTRO das ESQUERDAS e DESENCONTRO dos PORTUGUESES
A VIOLÊNCIA está à PORTA!!!
Soares o desbocado
CONCLUSÃO da REFLEXÃO
-Porque se queixam estes SENHORES???!
Continuamos enquanto POVO a cozer em BANHO MARIA, acolá estes " INTOCÁVEIS Senhores" borram a PINTURA.
O discurso mudou para o RADICAL e se observarmos com atenção estas dramáticas personagens são todas do PARTIDO SOCIALISTA, partido este no qual votei as poucas vezes que me desloquei às urnas.
A acompanhá-los na instigação à "BORDOADA, outros tais que seriam há uns TEMPOS da DIREITA e que lhes está (HOJE) a cheirar ao PODER. E também uns "ESQUERDINHAS que se põem em bicos dos pés, e falam , falam e falam mas já ninguém os ouve.
Não poderemos esquecer os (MAUS) exemplos de Pina MOURA e ZITA SEABRA há uns anitos quando viraram as casacas e se tornaram milionários .
O Partido Socialista impaciente , usa todas as armas ao seu alcance para deitar abaixo o CASTELO e colocarem lá os seus PEÕES.
É isto que se estrutura nestes encontros de "PATRIOTAS.
Não será descabido deixar uma pequena NOTA FINAL!
Quando começarmos todos à "BORDOADA" e deitarmos fogo aos locais SIMBÓLICOS desta "NOVA DITADURA", vamos ter em conta que estes SENHORES que proclamam a VIOLÊNCIA, já estarão no Brasil, América e em outros locais seguros.
Aproveitarão o tempo para tirarem um estágio de "DEMOCRACIA".E claro para gastarem os milhões que lá estarão depositados. Posteriormente quando as cinzas arrefecerem à PÁTRIA de CAMÕES voltarão (NOVAMENTE) num ritual de ABRAÇOS, palavras de ordem e DEMAGOGIA. APRESENTAR-SE-ÃO como os "NOVOS"SALVADORES desta mesma PÁTRIA que deitaram por terra em 4 décadas.
Eles!...
A DESCENDÊNCIA !
E os compadres.
O POVO BATERÁ as PALMAS COSTUMEIRAS...
Nem a IDADE trouxe SERENIDADE e SABEDORIA a estes nossos RICOS concidadãos.
O POVO esse continua "CEGO" e a acreditar em PROFETAS.Da Má SORTE.
OPINO EU:-QUEIXAM-SE de BARRIGA CHEIA. Desconfio que terão soluções para fazerem de PORTUGAL um PAÍS MODERNO, mais JUSTO.
Mário Soares, o "papa das reformas" recebe mais de 500.000 Euros por ano.
Helena Roseta legitima a violência da força dos cidadãos
Helena Roseta foi ao encontro das esquerdas para afirmar que usar a violência para combater a violência da injustiça é justificável.
Esta não é AQUELAA??! A de cima...
Soares avisa que país está "a caminho de uma nova ditadura"
Pacheco Pereira quer atacar as injustiças dos poderosos
Vasco Lourenço quer o Governo fora a bem ou a mal
..
UNS e os OUTROS!!!
Alberto João Jardim, tem uma reforma do Estado de 4.124 Euros, obtida num serviço público onde nunca trabalhou (Secretaria
Regional de Turismo). Ainda recebe um ordenado por inteiro de 84 mil
Euros e acresce a esse valor mais 40% de despesas de representação, o
que dá 94.467 Euros. Ganha mais do que o primeiro-ministro Espanhol. É o
palhaço mais caro que existe!!
Cavaco Silva ,
o Presidente desta républica dos bananas, recebe do Banco de Portugal
4.152 Euros, da Universidade Nova de Lisboa 2.328 Euros e de
primeiro-ministro 2.876 Euros. Fora o seu salário de Presidente! É
normal que num país de políticos chupistas o presidente não fizesse por
menos, não é?
Manuel Alegre recebe
um valor de 3.219,95 Euros por ter trabalhado um único ano na RDP e num
cargo que nem ele sabe bem qual era. E ainda dizem que ser poeta não dá
lucro!
Santana Lopes obteve
uma reforma de primeiro-ministro após apenas seis meses de trabalho,
que acumulou depois com a reforma de deputado. Em seis meses ficou a
ganhar mais do que qualquer outro trabalhador honesto por uma vida
inteira de descontos e sacrifício. Aí, careca!
Marques Mendes, assim que fez os 50 anos de idade, tratou de logo de requerer uma pensão de 2.905 Euros. Assim vale a pena ser cinquentão!!
Freitas do Amaral, ao
saber que lhe faltava pouco tempo para obter a reforma vitalícia de
deputado, desligou-se do CDS, mas deixou-se estar na Assembleia da
Republica para ir completando o tempo que faltava sem fazer puto. Não
que antes fizesse muito...
Mira Amaral,
antigo ministro de Cavaco Silva, depois de obter uma reforma de
deputado, em 21 meses obteve uma reforma da Caixa Geral de Depósitos no
valor de 18.000 Euros mensais. Sabem? a mesma Caixa que guarda a maioria
dos parcos dinheiros dos restantes funcionários públicos, tipo os
professores que não são contratados, etc...
Campos e Cunha,
ministro das finanças de Sócrates, após ter trabalhado 6 anos no Banco
de Portugal, e com apenas 49 anos, obteve uma reforma de 114.784 Euros. Este deve ter mesmo resmas de cunhas, campos e campos delas!
Vasco Franco, figura
de proa do PS, obteve uma reforma de deputado de 3.035 Euros. Recebe
ainda uma outra como deficiente de guerra por ter sido ferido em
Moçambique depois de 1974. Tal como todos os outros feridos no ultramar,
não é?
Ou
seja, centenas de governantes e deputados de todas as cores políticas,
independentemente da sua idade ou da sua (in)competência, têm sido
contemplados. Nós, os nossos filhos e os nossos netos iremos
suportar durante longos e penosos anos estas justas reformas. Durante os
nossos 40 anos de serviço, 65 anos de idade, e milhares de euros de
descontos.
CONCLUSÃO da REFLEXÃO
-Porque se queixam estes SENHORES???!
Continuamos enquanto POVO a cozer em BANHO MARIA, acolá estes " INTOCÁVEIS Senhores" borram a PINTURA.
O discurso mudou para o RADICAL e se observarmos com atenção estas dramáticas personagens são todas do PARTIDO SOCIALISTA, partido este no qual votei as poucas vezes que me desloquei às urnas.
A acompanhá-los na instigação à "BORDOADA, outros tais que seriam há uns TEMPOS da DIREITA e que lhes está (HOJE) a cheirar ao PODER. E também uns "ESQUERDINHAS que se põem em bicos dos pés, e falam , falam e falam mas já ninguém os ouve.
Não poderemos esquecer os (MAUS) exemplos de Pina MOURA e ZITA SEABRA há uns anitos quando viraram as casacas e se tornaram milionários .
O Partido Socialista impaciente , usa todas as armas ao seu alcance para deitar abaixo o CASTELO e colocarem lá os seus PEÕES.
É isto que se estrutura nestes encontros de "PATRIOTAS.
Não será descabido deixar uma pequena NOTA FINAL!
Quando começarmos todos à "BORDOADA" e deitarmos fogo aos locais SIMBÓLICOS desta "NOVA DITADURA", vamos ter em conta que estes SENHORES que proclamam a VIOLÊNCIA, já estarão no Brasil, América e em outros locais seguros.
Aproveitarão o tempo para tirarem um estágio de "DEMOCRACIA".E claro para gastarem os milhões que lá estarão depositados. Posteriormente quando as cinzas arrefecerem à PÁTRIA de CAMÕES voltarão (NOVAMENTE) num ritual de ABRAÇOS, palavras de ordem e DEMAGOGIA. APRESENTAR-SE-ÃO como os "NOVOS"SALVADORES desta mesma PÁTRIA que deitaram por terra em 4 décadas.
Eles!...
A DESCENDÊNCIA !
E os compadres.
O POVO BATERÁ as PALMAS COSTUMEIRAS...
Nem a IDADE trouxe SERENIDADE e SABEDORIA a estes nossos RICOS concidadãos.
O POVO esse continua "CEGO" e a acreditar em PROFETAS.Da Má SORTE.
OPINO EU:-QUEIXAM-SE de BARRIGA CHEIA. Desconfio que terão soluções para fazerem de PORTUGAL um PAÍS MODERNO, mais JUSTO.
Com EMPREGO para todos os JOVENS e chefes de FAMÍLIA. Terão também em projecto terminarem com a desertificação do interior, subsidiando as famílias para terem 10 ou mais filhos..Estão muito motivados a nivelarem por baixo os chorudos salários e regalias dos GESTORES públicos e privados.
Baixarem para metade o número de De--PUTADOS da assembleia da república e terminarem com os avultados subsídios aos PARTIDOS POLÍTICOS.
Estão também programados os cortes nos altos cargos da justiça, Ensino Superior e nas (elevadas) reformas da classe política.
Extinção da FROTA AUTOMÓVEL para políticos, Juízes do TRIBUNAL CONSTITUCIONAL e presidências das Câmaras Municipais.
Terminar com o MONOPÓLIO da GALP-Águas de PORTUGAL e por fim descobrir quem é que meteu dinheiro ao bolso da compra dos submarinos.
Meterem finalmente junto do Vale e Azevedo, o Duarte Lima, o GAJO do BPN e outros rufias que estão à solta.
E como CEREJA no "TOPO do BOLO"!
O FILHO PRÓDIGO da NAÇÃO e "SANTO" SÓCRATES ocupará o lugar de PRESIDENTE da REPÚBLICA para nos SALVAR coma!... sua bênção imaculada.
É tudo isto que o partido em questão aspira oferecer aos carenciados LUSITANOS, para que finalmente ABRIL seja uma VERDADE.
Observando a "PAISAGEM devastada pela insatisfação, e esquecendo as enormes contas bancárias destes nossos HOMENS do LEME, ponho em cena o ensinamento TUAREGUE. Um POVO MILENAR que habita ainda hoje as AREIAS do DESERTO do SAHARA.
O MELHOR mesmo é colocar a entrevista na íntegra de alguém que teve a SORTE/AZARADA de conhecer um PAÍS OCIDENTAL por dentro.
Que os olhos de todos BRILHEM ao saborearem as palavras deste JOVEM, ele está mais perto dos DEUSES e nós do DIABO... dos diabos que nos amassam a paciência (todos os dias )ao acordarmos.
Moussa Ag Assarid (*) nasceu entre 1975 e 1978 num acampamento nómada no deserto do Sahara, na região entre Timbuktu e Gao, no Mali. É escritor, jornalista, ator e contador de histórias. A sua narrativa, abaixo, é um retrato perfeito das diferenças entre a nossa civilização urbana e a vida nómada no deserto
Entrevista a Victor M. Amela, jornalista catalão
"Não conheço minha idade: nasci no deserto do Sahara, sem endereço nem documentos! Nasci num acampamento nómada tuaregue entre Timbuctu e Gao, no norte do Mali. Fui pastor dos camelos, cabras, cordeiros e vacas que pertenciam a meu pai. Hoje, estudo administração na Universidade de Montpellier, no sul da França. Estou solteiro. Defendo os pastores tuaregues. Sou muçulmano, mas sem fanatismo."
"No deserto, cada pequena coisa proporciona felicidade. Cada roçar é valioso. Sentimos uma enorme alegria pelo simples fato de nos tocarmos, de estarmos juntos!
Lá ninguém sonha com chegar a ser, porque cada um já é."
Que turbante bonito!
É apenas um tecido fino de algodão: permite cobrir o rosto no deserto quando a areia se levanta e, ao mesmo tempo, podemos continuar vendo e respirando através dele.
Sua cor azul é belíssima...
Essa é a razão pela qual nos chamam a nós, tuaregues, de homens azuis: o tecido aos poucos desbota e tinge nossa pele com tons azulados.
Como vocês produzem esse intenso azul anil?
Com uma planta chamada índigo, misturada a outros pigmentos naturais. O azul, para os tuaregues, é a cor do mundo.
Por quê?
É a cor dominante: a do céu, a do tecto da nossa casa.
Quem são os tuaregues?
Tuaregue significa "abandonado", porque somos um velho povo nómada do deserto, um povo orgulhoso: nos chamam Senhores do Deserto. Nossa etnia é a amazigh (berbere), e nosso alfabeto, o tifinagh.
Quantos vocês são?
Cerca de 3 milhões, a maioria ainda nómadas. Mas a população vem diminuindo. "É preciso que um povo desapareça para que percebamos que ele existia!", denunciou certa vez um sábio. Eu luto para preservar o meu povo.
A que ele se dedica?
Ao pastoreio de rebanhos de camelos, cabras, cordeiros, vacas e asnos, num reino feito de infinito e de silêncio.
O deserto é mesmo tão silencioso?
Quando se está sozinho naquele silêncio, ouvem-se as batidas do próprio coração. Não existe melhor lugar para quem deseja encontrar a si mesmo.
Que recordações da sua infância no deserto você conserva com maior nitidez?
Acordo com o sol. Perto de mim estão as cabras de meu pai. Elas nos dão leite e carne, nós as conduzimos para onde existe água e grama. Assim fizeram meu bisavô, meu avô, meu pai e eu. No mundo não havia nada além disso, e eu era muito feliz assim.
Bem, isso não parece muito estimulante.
Mas é, e muito. Aos 7 anos de idade, já permitem que nos afastemos do acampamento e descubramos o mundo sozinhos, e para isso ensinam-nos coisas importantes: a cheirar o ar, a escutar e ouvir, a aguçar a visão, a orientar-nos pelo sol e pelas estrelas. E a se deixar-nos conduzir pelo camelo; se nos perdemos, ele nos conduzirá até onde existe água.
Esse é um conhecimento muito valioso, não há dúvida.
Lá tudo é simples e profundo. Há poucas coisas no deserto, e cada uma delas possui grande valor.
Assim sendo, este mundo e aquele são bem diferentes, não é mesmo?
Lá, cada pequena coisa proporciona felicidade. Cada roçar é valioso. Sentimos uma enorme alegria pelo simples fato de nos tocarmos, de estarmos juntos. Lá ninguém sonha com chegar a ser, porque cada um já é.
O que mais o chocou ao chegar pela primeira vez na Europa?
Ver a gente correr nos aeroportos. No deserto, só corremos quando uma tempestade de areia se aproxima. Fiquei assustado, é claro.
Corriam para buscar suas bagagens.
Sim, devia ser isso. Também vi cartazes mostrando moças nuas: "Por que essa falta de respeito para com a mulher?", perguntei-me. Depois, no Hotel Íbis, vi uma torneira pela primeira vez em minha vida: vi a água correr e tive vontade de chorar.
Que abundância, que desperdício, não é mesmo?
Até então, todos os dias da minha vida tinham sido dedicados à procura d'água. Até hoje, quando vejo as fontes e os chafarizes decorativos que existem aqui, sinto uma dor imensa dentro de mim.
Por quê?
No começo dos anos 1990 houve uma grande seca, os animais morreram, nós adoecemos. Eu tinha uns 12 anos e minha mãe morreu. Ela era tudo para mim. Contava-me histórias e ensinou-me a contá-las bem.
Ensinou-me a ser eu mesmo.
O que aconteceu com sua família?
Convenci meu pai a me deixar frequentar a escola. Todos os dias eu caminhava 15 quilómetros para chegar até ela. Até que um professor me arranjou uma cama para dormir, e uma senhora me dava comida quando eu passava em frente à sua casa. Entendi: era minha mãe que me ajudava.
De onde veio essa paixão pelos estudos?
Dois anos antes, o Rali Paris-Dacar passou pelo nosso acampamento e caiu um livro da mochila de uma jornalista. Eu o apanhei e o devolvi a ela. Mas ela me deu o livro de presente e disse que ele se chamava O Pequeno Príncipe. Naquele instante, prometi a mim mesmo que um dia seria capaz de lê-lo.
E você conseguiu?
Sim. Foi assim que consegui uma bolsa para estudar na França.
Um tuaregue na universidade!
Do que mais tenho saudade é do leite de camela. E do fogo de madeira, de caminhar descalço sobre a areia tépida e das estrelas. Lá, nós as admiramos todas as noites, e cada estrela é diversa da outra, como cada cabra é diversa da outra. Aqui, à noite, vocês ficam vendo televisão.
Na sua opinião, qual é a pior coisa que existe aqui?
A insatisfação. Vocês têm tudo, mas nada é suficiente.
Vivem se queixando. Na França, passam a vida se queixando. Vocês se acorrentam por toda a vida a um banco por conta de um empréstimo, e existe essa ânsia de possuir, essa correria, essa pressa. No deserto não há engarrafamentos, sabe por quê? Porque lá ninguém quer passar na frente de ninguém!
Relate um momento de felicidade intensa que você viveu no seu distante deserto.
Esse momento se repete a cada dia, duas horas antes do pôr do sol: o calor diminui, o frio da noite ainda não chegou, homens e animais retornam lentamente ao acampamento e seus perfis aparecem como recortes contra o céu que se tinge de rosa, azul, vermelho, amarelo, verde.
É fascinante. E então...
Esse é um momento mágico. Entramos todos na tenda e fervemos a água para o chá. Sentados, em silêncio, escutamos o barulho da água que ferve. A calma toma conta de nós. As batidas do coração entram no mesmo compasso dos gluglus da fervura.
Que paz...
Aqui, vocês
têm o relógio; lá, temos o tempo.
No deserto não existe engarrafamento!
O menino tuaregue virou escritor
(*) Moussa Ag Assarid veio do deserto com uma mensagem de solidariedade dos tuaregues para os povos ocidentais. "Nasci pastor nómada (entre 1975 e 1978), de pais tuaregues, no norte do Mali, entre Timbuctu e Gao, com a areia nos olhos e a olhar para as estrelas. Só fui à escola por volta dos meus 13, 14 anos", revela.
Após completar a escolaridade básica em Ansongo, tirou o bacharelato na capital do Mali, Bamako, e prosseguiu seus estudos na França, aonde chegou em Agosto de 1999. Primeiro na Universidade de Angers (em razão da ligação de Angers com Bamako) e depois na Universidade de Montpellier, onde cursou administração.
Hoje é escritor, jornalista, contador de histórias e ator. Seu primeiro livro, Não Há Engarrafamentos no Deserto!, foi lançado na França (40 mil exemplares) em 2006, seguido por Crianças das Areias, de 2008, em coautoria com seu irmão, Ibrahim. Estão traduzidos em espanhol, italiano, coreano, árabe e catalão. "Actualmente, escrevo um terceiro livro com a minha amiga Nathalie Valema Gil sobre a Caravana do Coração, movimento do qual sou fundador", revela no seu blog:
http://moussa-blog.azawadunion.com
,,, HÁ MUITO que PERDEMOS o TEMPO e a GLÓRIA.
Baixarem para metade o número de De--PUTADOS da assembleia da república e terminarem com os avultados subsídios aos PARTIDOS POLÍTICOS.
Estão também programados os cortes nos altos cargos da justiça, Ensino Superior e nas (elevadas) reformas da classe política.
Extinção da FROTA AUTOMÓVEL para políticos, Juízes do TRIBUNAL CONSTITUCIONAL e presidências das Câmaras Municipais.
Terminar com o MONOPÓLIO da GALP-Águas de PORTUGAL e por fim descobrir quem é que meteu dinheiro ao bolso da compra dos submarinos.
Meterem finalmente junto do Vale e Azevedo, o Duarte Lima, o GAJO do BPN e outros rufias que estão à solta.
E como CEREJA no "TOPO do BOLO"!
O FILHO PRÓDIGO da NAÇÃO e "SANTO" SÓCRATES ocupará o lugar de PRESIDENTE da REPÚBLICA para nos SALVAR coma!... sua bênção imaculada.
É tudo isto que o partido em questão aspira oferecer aos carenciados LUSITANOS, para que finalmente ABRIL seja uma VERDADE.
Observando a "PAISAGEM devastada pela insatisfação, e esquecendo as enormes contas bancárias destes nossos HOMENS do LEME, ponho em cena o ensinamento TUAREGUE. Um POVO MILENAR que habita ainda hoje as AREIAS do DESERTO do SAHARA.
O MELHOR mesmo é colocar a entrevista na íntegra de alguém que teve a SORTE/AZARADA de conhecer um PAÍS OCIDENTAL por dentro.
Que os olhos de todos BRILHEM ao saborearem as palavras deste JOVEM, ele está mais perto dos DEUSES e nós do DIABO... dos diabos que nos amassam a paciência (todos os dias )ao acordarmos.
Vocês têm o relógio, eu tenho o tempo:
Reflexões de um tuaregue do deserto do Sahara
Moussa Ag Assarid (*) nasceu entre 1975 e 1978 num acampamento nómada no deserto do Sahara, na região entre Timbuktu e Gao, no Mali. É escritor, jornalista, ator e contador de histórias. A sua narrativa, abaixo, é um retrato perfeito das diferenças entre a nossa civilização urbana e a vida nómada no deserto
Tuaregue e seu dromedário contra o sol poente no Sahara
Entrevista a Victor M. Amela, jornalista catalão
"Não conheço minha idade: nasci no deserto do Sahara, sem endereço nem documentos! Nasci num acampamento nómada tuaregue entre Timbuctu e Gao, no norte do Mali. Fui pastor dos camelos, cabras, cordeiros e vacas que pertenciam a meu pai. Hoje, estudo administração na Universidade de Montpellier, no sul da França. Estou solteiro. Defendo os pastores tuaregues. Sou muçulmano, mas sem fanatismo."
"No deserto, cada pequena coisa proporciona felicidade. Cada roçar é valioso. Sentimos uma enorme alegria pelo simples fato de nos tocarmos, de estarmos juntos!
Lá ninguém sonha com chegar a ser, porque cada um já é."
O dromedário é o grande amigo dos tuaregues no deserto
Que turbante bonito!
É apenas um tecido fino de algodão: permite cobrir o rosto no deserto quando a areia se levanta e, ao mesmo tempo, podemos continuar vendo e respirando através dele.
Sua cor azul é belíssima...
Essa é a razão pela qual nos chamam a nós, tuaregues, de homens azuis: o tecido aos poucos desbota e tinge nossa pele com tons azulados.
Como vocês produzem esse intenso azul anil?
Com uma planta chamada índigo, misturada a outros pigmentos naturais. O azul, para os tuaregues, é a cor do mundo.
Por quê?
É a cor dominante: a do céu, a do tecto da nossa casa.
As mulheres tuaregues, como a da foto,
nunca dispensam as suas jóias e adereços de ouro e prata
nunca dispensam as suas jóias e adereços de ouro e prata
Quem são os tuaregues?
Tuaregue significa "abandonado", porque somos um velho povo nómada do deserto, um povo orgulhoso: nos chamam Senhores do Deserto. Nossa etnia é a amazigh (berbere), e nosso alfabeto, o tifinagh.
Quantos vocês são?
Cerca de 3 milhões, a maioria ainda nómadas. Mas a população vem diminuindo. "É preciso que um povo desapareça para que percebamos que ele existia!", denunciou certa vez um sábio. Eu luto para preservar o meu povo.
A que ele se dedica?
Ao pastoreio de rebanhos de camelos, cabras, cordeiros, vacas e asnos, num reino feito de infinito e de silêncio.
Tuaregue preparando café em acampamento no deserto do Sahara
O deserto é mesmo tão silencioso?
Quando se está sozinho naquele silêncio, ouvem-se as batidas do próprio coração. Não existe melhor lugar para quem deseja encontrar a si mesmo.
Que recordações da sua infância no deserto você conserva com maior nitidez?
Acordo com o sol. Perto de mim estão as cabras de meu pai. Elas nos dão leite e carne, nós as conduzimos para onde existe água e grama. Assim fizeram meu bisavô, meu avô, meu pai e eu. No mundo não havia nada além disso, e eu era muito feliz assim.
Bem, isso não parece muito estimulante.
Mas é, e muito. Aos 7 anos de idade, já permitem que nos afastemos do acampamento e descubramos o mundo sozinhos, e para isso ensinam-nos coisas importantes: a cheirar o ar, a escutar e ouvir, a aguçar a visão, a orientar-nos pelo sol e pelas estrelas. E a se deixar-nos conduzir pelo camelo; se nos perdemos, ele nos conduzirá até onde existe água.
Esse é um conhecimento muito valioso, não há dúvida.
Lá tudo é simples e profundo. Há poucas coisas no deserto, e cada uma delas possui grande valor.
Um oásis aparece como um milagre na solidão do deserto
Assim sendo, este mundo e aquele são bem diferentes, não é mesmo?
Lá, cada pequena coisa proporciona felicidade. Cada roçar é valioso. Sentimos uma enorme alegria pelo simples fato de nos tocarmos, de estarmos juntos. Lá ninguém sonha com chegar a ser, porque cada um já é.
O que mais o chocou ao chegar pela primeira vez na Europa?
Ver a gente correr nos aeroportos. No deserto, só corremos quando uma tempestade de areia se aproxima. Fiquei assustado, é claro.
Corriam para buscar suas bagagens.
Sim, devia ser isso. Também vi cartazes mostrando moças nuas: "Por que essa falta de respeito para com a mulher?", perguntei-me. Depois, no Hotel Íbis, vi uma torneira pela primeira vez em minha vida: vi a água correr e tive vontade de chorar.
Que abundância, que desperdício, não é mesmo?
Até então, todos os dias da minha vida tinham sido dedicados à procura d'água. Até hoje, quando vejo as fontes e os chafarizes decorativos que existem aqui, sinto uma dor imensa dentro de mim.
Interior de uma tenda tuaregue, com seu mobiliário
Por quê?
No começo dos anos 1990 houve uma grande seca, os animais morreram, nós adoecemos. Eu tinha uns 12 anos e minha mãe morreu. Ela era tudo para mim. Contava-me histórias e ensinou-me a contá-las bem.
Ensinou-me a ser eu mesmo.
O que aconteceu com sua família?
Convenci meu pai a me deixar frequentar a escola. Todos os dias eu caminhava 15 quilómetros para chegar até ela. Até que um professor me arranjou uma cama para dormir, e uma senhora me dava comida quando eu passava em frente à sua casa. Entendi: era minha mãe que me ajudava.
De onde veio essa paixão pelos estudos?
Dois anos antes, o Rali Paris-Dacar passou pelo nosso acampamento e caiu um livro da mochila de uma jornalista. Eu o apanhei e o devolvi a ela. Mas ela me deu o livro de presente e disse que ele se chamava O Pequeno Príncipe. Naquele instante, prometi a mim mesmo que um dia seria capaz de lê-lo.
E você conseguiu?
Sim. Foi assim que consegui uma bolsa para estudar na França.
Um tuaregue na universidade!
Do que mais tenho saudade é do leite de camela. E do fogo de madeira, de caminhar descalço sobre a areia tépida e das estrelas. Lá, nós as admiramos todas as noites, e cada estrela é diversa da outra, como cada cabra é diversa da outra. Aqui, à noite, vocês ficam vendo televisão.
A imensidão do Sahara. Ao fundo, passa uma caravana
Na sua opinião, qual é a pior coisa que existe aqui?
A insatisfação. Vocês têm tudo, mas nada é suficiente.
Vivem se queixando. Na França, passam a vida se queixando. Vocês se acorrentam por toda a vida a um banco por conta de um empréstimo, e existe essa ânsia de possuir, essa correria, essa pressa. No deserto não há engarrafamentos, sabe por quê? Porque lá ninguém quer passar na frente de ninguém!
Relate um momento de felicidade intensa que você viveu no seu distante deserto.
Esse momento se repete a cada dia, duas horas antes do pôr do sol: o calor diminui, o frio da noite ainda não chegou, homens e animais retornam lentamente ao acampamento e seus perfis aparecem como recortes contra o céu que se tinge de rosa, azul, vermelho, amarelo, verde.
É fascinante. E então...
Esse é um momento mágico. Entramos todos na tenda e fervemos a água para o chá. Sentados, em silêncio, escutamos o barulho da água que ferve. A calma toma conta de nós. As batidas do coração entram no mesmo compasso dos gluglus da fervura.
Que paz...
Aqui, vocês
têm o relógio; lá, temos o tempo.
No deserto não existe engarrafamento!
Moussa Ag Assarid, vestido com as típicas roupas azuis dos tuaregues.
O menino tuaregue virou escritor
(*) Moussa Ag Assarid veio do deserto com uma mensagem de solidariedade dos tuaregues para os povos ocidentais. "Nasci pastor nómada (entre 1975 e 1978), de pais tuaregues, no norte do Mali, entre Timbuctu e Gao, com a areia nos olhos e a olhar para as estrelas. Só fui à escola por volta dos meus 13, 14 anos", revela.
Após completar a escolaridade básica em Ansongo, tirou o bacharelato na capital do Mali, Bamako, e prosseguiu seus estudos na França, aonde chegou em Agosto de 1999. Primeiro na Universidade de Angers (em razão da ligação de Angers com Bamako) e depois na Universidade de Montpellier, onde cursou administração.
Hoje é escritor, jornalista, contador de histórias e ator. Seu primeiro livro, Não Há Engarrafamentos no Deserto!, foi lançado na França (40 mil exemplares) em 2006, seguido por Crianças das Areias, de 2008, em coautoria com seu irmão, Ibrahim. Estão traduzidos em espanhol, italiano, coreano, árabe e catalão. "Actualmente, escrevo um terceiro livro com a minha amiga Nathalie Valema Gil sobre a Caravana do Coração, movimento do qual sou fundador", revela no seu blog:
http://moussa-blog.azawadunion.com
No sangue dos POVOS do SUL, existem ainda hoje partículas desta SABEDORIA, nós os ALENTEJANOS fazemos parte desse legado.
Neste pulso que me acompanha os gestos enrolam~se as SERPENTES feitas por hábeis mãos de um artesão TUAREGUE. Jamais me livrarei delas enquanto respirar...mesmo que nos meus dedos continue a sentir a rudeza do pão que o DIABO AMASSOU...
VIVA PORTUGAL,,, dos PEQUENINOS!!!!
,,, HÁ MUITO que PERDEMOS o TEMPO e a GLÓRIA.
Olá Álvaro, gostei muito da entrevista do senhor do deserto. É verdade que antigamente os nossos alentejanos quase que viviam assim mas agora já apanharam a doença das grandezas. Por isso vai aqui um quadro que eu fiz há alguns anos mas está mesmo actual. como se vai ficar depois de pagar os impostos
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