LOBOS

Sou, na verdade, o Lobo da Estepe, como me digo tantas vezes – aquele animal extraviado que não encontra abrigo nem na alegria nem alimento num mundo que lhe é estranho e incompreensível

Herman Hesse

domingo, 21 de fevereiro de 2021

-Tuareg STUDIO

 A FRONTEIRA com CLASS

 LUZ e CALOR

 

PRIMAV:#RAKEL

 

Aiii... Rouxinol, o que dizer do teu canto em frente da minha PORTA-Uma dádiva  (!!!), de me alargares o sorriso e  me acalmares o CORAÇÃO. Bem-vindo sejas , o teu segundo ano à minha BEIRA.

A Flor SOL que nasceu e brilhou nas últimas geadas-antes das flores do VASO GRANDE

EIS a PRIMAVERA-em Fevereiro

Coloridos , com a canção na ponta do BICO. Um casal de Pintassilgos com o seu palavreado estridente. Dizem-me  .- Chegámos PATRÃO, Chegámos do SUL.

Fiquei de boca aberta e olhos a brilharem com tamanho descaramento, Poisaram no ramo da Amoreira a 3 metros de mim. Sem receio, habitaram o espaço.

Nunca se me ausentam as palavras, não me canso de  escrever sobre a PRIMAVERA.

 Mudou a forma do Voo. A dança do acasalamento teve o seu início.

Chegaram novos pássaros. Uns azuis com gravata branca. De médias dimensões. Seriam gaios? Acho que não, Gaios fazem muito barulho. Nunca vi por aqui pássaros tão lindos quase Papa Gaios.

As flores abriram há quase duas semanas, elas as PRINCESAS do VASO GRANDE. O calendário REAL começou a contar.Ainda não espalham aquele odor magnifico ao final da TARDE falta o sol. O QUENTE-SOL.

Elas são o tiro de partida para o grande TEMPO que se avizinha.


 Os RIACHOS correm como nunca. A VIRTUDE é esquecermos por momento as outras muitas PRIMAVERAS e as escritas que fizemos sobre elas,



As RÃS despertaram do GRANDE SONO, sem ainda cantarem as canções namoradeiras.

É por tudo isto que nunca haverá uma PRIMAVERA igual à beira da minha porta.



Este verde prolongar-se-á até finais de Maio. Esta HORTA em DESCANSO FLORESCERÁ em MIL FRUTOS SUCULENTOS-Quando isso acontecer e porque a Mãe não pára , estaremos novamente caminhando para um novo INVERNO.




« ...é  a natureza a regenerar-se, apesar de estar frio, é como se uma alma nova nos nascesse!

Ou nasce mesmo em nós  essa alma nova?

é o sair do buraco escuro para a claridade. LUZ! E em breve aí estará  toda a exuberância primaveril.» 

(Pintor LF-11/02)

 

 do ENCANTAMENTO

...AS ESCOLAS > CLASSES.

 

 

A Professora Primária. 

Minha mãe referiu-se sempre a ela como - A TIA PROFESSORA. Numa moldura partida , no guarda-loiças  nas casas da RUA NOVA. Ela a TIA PROFESSORA foi sempre com o seu olhar ternurento , imagem presente. Alheia a todas as movimentações no antigo 55 e no 39 da rua comprida.

O VEDOR BRAGANÇA.

Hoje 30 anos passados, (...não sei a razão)continua perto de mim, mais especificamente numa das prateleiras do cabanão grande num lugar distante  do meu ALENTEJO. Muitos objectos foram perdidos nesta emancipação. Mas a Tia  mulher do BRAGANÇA, o senhor da cabelo esbranquiçado que com uma vara verde sabia sempre o local da água. Os rios do ventre da nossa terra estavam à mão  NUM APERTAR  e dum movimento nervoso.Aqui há água (!) dizia a  sensibilidade do Tio Bragança. Era verdade ali corria um pequeno rio subterrâneo.

Foi Professora da minha mãe, da sobrinha Maria Luísa. Do meu tio Joaquim Manuel e de muitos da sua geração. Um rosto da ESCOLA do Estado Novo.

Chamou-se um dia há muito muito tempo atrás MARIA EMÍLIA PALMA-Professora Primária  no ajuntamento de "MAMPORCÃO". A mulher do TiBragança.

 



 

-Como seriam as aulas da TIA PROFESSORA-nos idos e longínquos anos 30 do século passado. 


 ESCOLAS!

IGUAIS às de hoje-COMO foram estes nossos Avós ?

Quem era esta gente  (?) E ESTA ESCOLA de PEDRAS de XISTO FINO de VALONGO onde se faziam as contas de dividir...

-ELES SÃO o NOSSO INVERNO, sem o QUAL não teríamos todas as cores de uma PALETA INIGUALÁVEL  deste UNIVERSO do qual dependemos .


Testemunho de um SOBREVIVENTE o único com o qual tenho aprendido o melhor no que diz respeita à BONDADE  e à história da família, e das gentes, nos últimos 100 anos.

 

Joaquim Manuel Ramos

(80 anos após a conclusão da sua formação primária)

 


Maria Emília Vieira Palma, Professora do ensino primário, era uma pessoa de nível delicado e com muita convivência.

No exercício das suas funções, a sua veia mais autoritária despertava.

 

As aulas iniciavam-se a 7 de outubro, com 1ª, 2ª, 3ª e 4ª classes e cerca de 48 alunos. Durante os meses seguintes e até à Páscoa, a maior parte das vezes, eram os alunos mais capazes que davam as aulas da sua classe. Findo este tempo, a Professora escolhia os melhores alunos para os exames, que eram realizados por outros professores, e então, a partir daí, os alunos escolhidos para o respetivo exame (da 3ª ou 4ª classe) tinham aulas até ao pôr do sol. Nesse contexto, a Professora ficava a dever muito à delicadeza para com os alunos, originando medo por parte dos mesmos, o que os levava a faltar às aulas (fazer gazeta) e a perder, muitas vezes, o amor por aprender, deixando de querer estudar.

Os que eram escolhidos para realizar exame, chegavam a sair da escola já com o sol posto e, alguns, bastante esbofeteados.

 

Eu fui aluno dela e, felizmente, sempre me tratou bem. Talvez devido, em parte, ao facto de ter casado com um tio meu (tio Bragança).

 

Havia escolas primárias por todos os lugares e as professoras raramente se davam bem entre si, levando a que, na altura dos exames, poucos os concluíssem.

Joaquim Manuel Ramos - 20 fevereiro de 2021

 

 

 

 

 


O que nos separa deste imaginário CINZENTO. (?)

 



 

CLASSROOM

FEVEREIRO

2021 


 

É CANJA "CANJA" as ironias do destino (SÃO!)-São as tragédias que nos fazem sair da zona de conforto; que nos abanam e provocam ,,,num REMOINHO de LUZ_KRIATIVA. Esta nova ESCOLA, este novo processo de transmitir e aprender -é, ("parmoi!") uma viagem pelo PARAÍSO, uma PROVOCAÇÃO que enfrento de uma forma destemida, segura  e com a certeza que sairemos vencedores. Deixar a sala de aula (ESCOLA-FELICIDADE), para o conforto da individualidade e do aconchego. Sem distracções...na ARTE. É algo inovador e desafiante. 

 CANJA, digo eu para quem realmente escolheu este caminho da construção de mundos paralelos à realidade repetitiva dos dias, o pessoal "dasar´ÁRTES

.EXCELENTE! O TERMO CORRECTO.

Eis os resultados de duas semanas à distância.

-Esta energia que me sobe pelo corpo e me tinge a mente...é o teu canto,  ROUXINOL,,,IRMÃO-PRIMAVERA. Companheiro do amanhecer à outra madrugada. 

 

...desafio para além do écran-capta a IMAGEM-ARTE

Nós SOMOS (HOJE) 9 Décadas depois -ESTES!

IMAGENS

OBJECTO

ARTE

CORPO 

Desde os primórdios da humanidade que o corpo tem servido como objecto e modelo de inspiração na arte. Com o surgimento das artes performativas, algumas das categorias de análises associadas à criação artística se questionam e reformulam: beleza, experiência estética, harmonia, criatividade. A arte sai dos tradicionais espaços destinados para ela, museus e galerias. Massifica-se e multiplica-se, devido à crescente industrialização. A obra é antes de mais nada portadora de conceitos; surge a arte de objecto, de uso quotidiano. A imagem torna-se no meio privilegiado de representação; o corpo fica envolvido no universo simbólico da imagem e do processo que descamba nos RITUAIS, tão espontaneamente  explorados nas culturas dos clãs.



(Primeira semana da nova FERRAMENTA)

 





 

 

 

Segunda semana


 

de "TELE-ESCOLA".


 




 

 

 




 

 



 















 






...PROJECTO CORPO-ARTE-OBJECTO

uma  outra provocação

 CAPTA ÉCRAN (!)

 Ana Cardoso





C CRUXXX 


 








"Primeiro, porque a vi morrer em meus braços, e percebi que a morte é como o nascimento, é uma transição, um limiar, e perdi o medo no pessoal. 
(...)
Não se pode viver com medo, porque te faz imaginar o que ainda não aconteceu e sofre o dobro. É preciso relaxar um pouco, tentar apreciar o que temos e viver no presente.”

Este excerto de um texto de Isabel Allende sobre a pandemia transmite muito o que eu pretendi com a minha personagem. O Anjo da Morte que aparece no Êxodo e a décima praga foram a inspiração  para esta relação corpo-arte. 
O povo de Israel estava preso no Egito e o Faraó não os deixava partir. Deus acudiu o seu povo e lançou dez pragas sobre o Egito, sendo a última a morte de todos os primogénitos dos egipcios. Deus decidiu assim retirar a vida aos primogénitos (a vida é um dom de Deus, só ele a pode tirar). Os Israelitas de modo a não serem apanhados pelo Anjo da Morte colocaram, a mando de Deus, sangue de cordeiro nas ombreiras das portas. Foi esta a praga que permitiu a libertação do povo.
O "sague do cordeiro" na testa, o preto do luto e o branco da luz de Deus, o terço na cabeça, o véu puro são tudo analogias a esta ideia.
»»»»»»»»»»»E QUAL É A IDEIA AFINAL?««««««««««
Nós vivemos no meio de uma pandemia, onde todos os dias o anjo da morte passa por cima de nós. Não temos de o temer, nós nunca morremos na vida eterna. Mas ainda assim nós o respeitamos pois adoramos este dom da vida. Os cuidados que temos são uma tentativa de marcar a nossa casa com o sangue do cordeiro. 
Como Isabel Allende disse, a morte também tem o seu lado menos negro. É a morte que nos faz pensar no verdadeiro valor da vida. Por isso temos de aproveitar os pequenos momentos da vida e agradecer por tudo o que temos.

 

AF



 

 

 Maria Eduarda


 

lara marques





 

LARA GINJA




Mariana Gonçalves




LAURA (>>NHA)

EDUARDA





 

 Raquel



 

 

Matilde



BÁrbara




 


 


Como uma PEDRA O INVERNO CAIU para lá do presente. Passado, o MUSGO dará lugar ao branco BRILHANTE QUE FERE os olhos.

O DESTINO do HOMEM é ESPERAR, uma espera que parece eterna. Por uma PESSOA, por desenlaces. causas e pela ESPERANÇA que renascerá sempre com o ABRIR das FLORES do VASO BRANCO.

 


Ontem vi um Pinheiro adulto que nasceu e cresceu sobre uma enorme rocha de granito.

Tudo é possível, enquanto dormimos. É assim a PRIMAVERA.



No tempo em que festejavam o dia dos meus anos, Eu era feliz e ninguém estava morto. Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos, E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer. No tempo em que festejavam o dia dos meus anos, Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma, De ser inteligente para entre a família, E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim. Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças. Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida. (trecho do poema Aniversário. (F. Pessoa)

Tragédia ?

Não! OPORTUNIDADE de nos REINVENTARMOS e construirmos um mundo melhor.