LUZ Esperança e RENOVAÇÃO
O BRILHO em todas as células do CORPO RENASCIDO
Os dias sucedem-se
Vagarosamente
Lentamente
Escorrendo
Dormentemente
Pelo meu olhar
Que anseia alcançar
O que a vida toda
Me prometeu dar
Esperar
Aguardar
Esperar
Dormir
Acordar
Olhar
Pensar
Fazer
Olhar
Pensar
Dormir
Acordar
Morre lentamente quem não viaja,
quem não lê, quem não ouve música,
quem destrói o seu amor próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o "preto no branco" e os "pontos nos is"
a um turbilhão de emoções indomáveis,
justamente as que resgatam brilho nos olhos,
sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da
chuva incessante, desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo
exige um esforço muito maior do que o simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!
Pablo Neruda
“Viva hoje!
Arrisque hoje! Faça hoje! Não se deixe morrer lentamente! Não se esqueça
de ser feliz... Feliz... Arriscar à Fazer, para Viver Feliz!”
―Pablo Neruda
―Pablo Neruda
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