A Terra está a entrar num novo período de extinção em massa, alerta
um estudo desenvolvido por cientistas do México e dos Estados Unidos, no
qual se conclui que no último século os vertebrados têm estado a
desaparecer a um ritmo 114 vezes superior ao que aconteceu no passado.
“Podemos concluir com elevado grau de certeza
que as taxas de extinção modernas são excepcionalmente altas, que estão a
aumentar e que sugerem que está em marcha uma extinção em massa”, dizem
os autores da equipa liderada por Gerardo Ceballos, no estudo publicado na Science Advances. Esta será, lembram, a sexta extinção do género nos 4,5 mil milhões de anos de história do planeta Terra.
“São
incontestáveis as provas de que as taxas de extinção recentes não têm
precedente na história do homem e são altamente incomuns na história da
Terra”, afirmam os autores, acrescentando que a sua análise permite
concluir que “a nossa sociedade global começou a destruir outras
espécies a um ritmo acelerado, iniciando um episódio de extinção em
massa nunca visto em 65 milhões de anos”.
Face a isto, os
cientistas alertam que se esta situação se mantiver “o homem vai em
breve ficar privado de muitos dos benefícios da biodiversidade”. “Evitar
uma verdadeira sexta extinção em massa implicará esforços rápidos e
intensos para conservar espécies já hoje ameaçadas e para aliviar as
pressões sobre as suas populações”, dizem, apontando entre os problemas
com maior expressão a perda de habitats, a sobreexploração para obter
ganhos económicos e as alterações climáticas.
“O metano é um gás de efeito estufa bem mais forte do que o CO2, por isso há a possibilidade dessa liberação resultar em um aumento grande da temperatura e mudança climática”, afirma.
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