Também à IMORTALIDADE
Eu, o meu PAI JOÃO e o BARROSO, algures em 1980
Adega do António
E
...a uma imagem perdida nos TEMPOS.
ESBARREI hoje com esta FOTO tremida, desfocada pela pouca habilidade de quem manuseou uma máquina evoluída para a ÉPOCA.
Nunca esquecendo o BARROSO, VITORINO JOÃO MARQUES LETRAS - recordo os tempos já demasiado falados nestes recantos da "TERRA".
Com a necessidade de não me esquecer, para suportar o FARDO que é viver muito, conhecer muito e sentir todas as contradições que a vida nos presenteia, neste MUNDO onde tudo se acelerou, já nem dá para ter "DOR de COTOVELO " dos viajantes que regressavam, aportando à TERRA. Eles já não chegam e nós cansados do "TER" em demasia.
Traziam (...nos tempos muito antes da fotografia em questão) as novidades das MODAS e das HISTÓRIAS vividas em lugares DISTANTES...
Traziam (...nos tempos muito antes da fotografia em questão) as novidades das MODAS e das HISTÓRIAS vividas em lugares DISTANTES...
A VIDA HOJE , está mais breve, os gestos retidos desta foto com o BARROSO, adivinham lugares há muito congelados numa gruta em sítio não identificado.
Sentia um grande SABOR de IMORTALIDADE, tinha por vias do destino, conseguido libertar-me das amarras de um ALENTEJO PROFUNDO e longe de todas as OPORTUNIDADES...
Sentia um grande SABOR de IMORTALIDADE, tinha por vias do destino, conseguido libertar-me das amarras de um ALENTEJO PROFUNDO e longe de todas as OPORTUNIDADES...
HOJE leio a VIDA de OUTRA FORMA; já não me sinto imortal nem dono de nada.
Pesam em mim vivências, erros , "PECADOS" realizados em NOME de uma força que nos "HABITA" e nos faz transformar os momentos para procurarmos a LIBERTAÇÃO e a autonomia.
Pesam em mim vivências, erros , "PECADOS" realizados em NOME de uma força que nos "HABITA" e nos faz transformar os momentos para procurarmos a LIBERTAÇÃO e a autonomia.
HOJE também e se fosse uma "COUVE" não teria "DORES" não me sentiria culpado e gozaria de todas as CONQUISTAS-DIRIA para mim que SORTE a tua RAPAZ, que sorte teres conseguido tudo o que um dia escreveste na MEMÓRIA para nunca o esqueceres.
Que DESTINO ESSE, pois tens muito mais que alguma vez ambicionaste.
Que DESTINO ESSE, pois tens muito mais que alguma vez ambicionaste.
Mas olhando para a fotografia desfocada, faço contas -SOMO (+++) todos os valores, todas as conquistas e fraquezas-os DESAIRES e as VITÓRIAS.
Nada me retém, só esta foto desfocada onde estão 3 personagens, hoje imortalizadas. Foram-se com um TEMPO em que a saudade, deixava lágrimas, em que todos éramos muitos.
E SONHÁVAMOS...
grato aos BARROSOS deste TEMPO...em que fui imortal.
grato aos BARROSOS deste TEMPO...em que fui imortal.
DA MINHA ALDEIA
Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe
de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos
nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.
Alberto Caeiro Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe
de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos
nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.
alvaroramos@esal.edu.pt
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