De VERMELHO SANGUE!!
Eran las cinco en punto de la tarde.
São (05.00)
em PONTO da maDRUGADA, os pensamentos exigem-me(-ERGUE-TE!) . O grito
de LORCA e as palavras de CID (cantadas), encoranjAm-me...
Cranach
in albuns de Céline
A Cabeça de São João baptista
Cranach
in albuns de Céline
A Cabeça de São João baptista
A carpir o GRITO da RAIVA , tão
MAUS que são os HOMENS, desorientados, fustigados pelo deslumbramento
do poder...da OSTENTAÇÃO, medonhos os momentos da preocupação, do
visionamento da tragédia. Só a poesia de LORCA e Picasso com a sua
GUERNICA, o conseguiram, tão bem , tão certeiros, ilustrar esta
malignidade da BESTA HUMANA.
"...pelas cinco dela tarde". O
meu coração GRITOU de RAIVA, de DESÂNIMO, com um abanar ininterrupto da
cabeça, e sobre o meu CAVALO de duas rodas gritei, gritei, chorei de
raiva de dor pelo animal, pela velhota com um chapéu à banda, (...duas
horas antes) sorria no seu "FERRARI" aprumadinho, feliz.
IRADO pela condição HUMANA-maldito o HOMEM que não desaparece da TERRA...
IRADO pela condição HUMANA-maldito o HOMEM que não desaparece da TERRA...
Senti-me Lorca no momento da tortura.. . e jamais esquecerei o olhar do animal prostrado, querendo ir embora para sempre.
Porque este, não é um lugar para quadrúpedes de outros tempos.
Porque este, não é um lugar para quadrúpedes de outros tempos.
A Mulher e o seu companheiro de pêlo
No espaço de uma AULA
...
Pelas
cinco da manhã acordei revisitando a pesada recordação, que foi o dia
de ontem. O rosto desanimado e"cantado" de José Cid e o seu poema
(último) sobre a maldade humana. Um casamento perfeito para apaziguar o
GRITO que ainda me paira na garganta...
No espaço de mais uma AULA...das quintas de tarde.
TARDE de SOL ameno, boa para ir de peito ao vento na minha "INDIAN WOLF", pelo caminho já muito perto da chegada, uma imagem de revisitação do passado fez-me "acalmar" o punho no acelerador e APRECIAR a "APARIÇÃO"que sobre o alcatrão me pareceu uma miragem. Uma senhora idosa, sorridente dirigindo um frágil carro puxado por um animal. Iria visitar uma amiga ou à mercearia da grande CIDADE?? Ou seria uma "LOUCA ressuscitada " de regresso do mundo dos espíritos. Calmamente e com pisca à esquerda desviei-me muito para lá do traço contínuo-a prevaricação valia à pena, tinha receio que o animal de assustasse com o barulho intenso do meu escape.
Lá fui à minha vida, sem deixar de voltar atrás muitas décadas, vieram-me à memória as "bestas" da minha terra, as do Madeirinho, do Parentinho, dos Pais do RODRIGUES e do ARMINDO, do Rato, dos homens da loiça do redondo, do Belo CARVOEIRO. Os carros de varais como lhes chamavam, revisitei a ciganada em fila no momento da chegada ou só de passagem, a ida nos primeiros anos ao São Mateus, ainda com os carros de "varais" de cobertura panal.
Montado também no meu sorriso, lá fui cheio de energia para enfrentar uma aula caótica,sem remédio que são as turmas dos miúdos na pré-adolescência, destes tempos sempre ligados e sem paragens.
Pelas cinco "DELA" tarde, voltei ao ponto da partida nas encostas da SERRA FRIA, longe do meu ALENTEJO dos CIGANOS e das planícies sem fim onde hoje as cigarras "MORRIDAS", jazem na continuação dos ovos guardados pelos dias mais curtos.
De volta e precisamente no mesmo local, onde como uma miragem , havia tido um encontro com o saudoso passado, encontrei desta vez a dor-pelas cinco da tarde, duas horas e pouco depois...um aglomerado de carros, um imenso traço contínuo e um triângulo de sinalização, como marca de outros perigos.
Com o pisca bem assinalado, cautelas redobradas, passei de lado e bem no centro da confusão eis que revisito desta vez um dos traumas de Jim Morrison em criança...
índios espalhados pela estrada, sangrando, devido a um acidente de caminhão ....
No espaço de mais uma AULA...das quintas de tarde.
TARDE de SOL ameno, boa para ir de peito ao vento na minha "INDIAN WOLF", pelo caminho já muito perto da chegada, uma imagem de revisitação do passado fez-me "acalmar" o punho no acelerador e APRECIAR a "APARIÇÃO"que sobre o alcatrão me pareceu uma miragem. Uma senhora idosa, sorridente dirigindo um frágil carro puxado por um animal. Iria visitar uma amiga ou à mercearia da grande CIDADE?? Ou seria uma "LOUCA ressuscitada " de regresso do mundo dos espíritos. Calmamente e com pisca à esquerda desviei-me muito para lá do traço contínuo-a prevaricação valia à pena, tinha receio que o animal de assustasse com o barulho intenso do meu escape.
Lá fui à minha vida, sem deixar de voltar atrás muitas décadas, vieram-me à memória as "bestas" da minha terra, as do Madeirinho, do Parentinho, dos Pais do RODRIGUES e do ARMINDO, do Rato, dos homens da loiça do redondo, do Belo CARVOEIRO. Os carros de varais como lhes chamavam, revisitei a ciganada em fila no momento da chegada ou só de passagem, a ida nos primeiros anos ao São Mateus, ainda com os carros de "varais" de cobertura panal.
Montado também no meu sorriso, lá fui cheio de energia para enfrentar uma aula caótica,sem remédio que são as turmas dos miúdos na pré-adolescência, destes tempos sempre ligados e sem paragens.
Pelas cinco "DELA" tarde, voltei ao ponto da partida nas encostas da SERRA FRIA, longe do meu ALENTEJO dos CIGANOS e das planícies sem fim onde hoje as cigarras "MORRIDAS", jazem na continuação dos ovos guardados pelos dias mais curtos.
De volta e precisamente no mesmo local, onde como uma miragem , havia tido um encontro com o saudoso passado, encontrei desta vez a dor-pelas cinco da tarde, duas horas e pouco depois...um aglomerado de carros, um imenso traço contínuo e um triângulo de sinalização, como marca de outros perigos.
Com o pisca bem assinalado, cautelas redobradas, passei de lado e bem no centro da confusão eis que revisito desta vez um dos traumas de Jim Morrison em criança...
.....
índios espalhados pela estrada, sangrando, devido a um acidente de caminhão ....
Estrada do amanhecer
The doors
Índios sangrando espalhados na estrada do amanhecer
Fantasmas lotam a mente tão frágil como uma casca de ovo da
jovem criança
Eu e minha mãe e meu pai e uma avó e um avô estávamos dirigindo
pelo deserto, no amanhecer, e um caminhão lotado de
trabalhadores Indianos bateu num carro, ou apenas - eu não sei o
que aconteceu - mas havia Índios espalhados por toda a estrada,
sangrando até a morte.
The doors
Índios sangrando espalhados na estrada do amanhecer
Fantasmas lotam a mente tão frágil como uma casca de ovo da
jovem criança
Eu e minha mãe e meu pai e uma avó e um avô estávamos dirigindo
pelo deserto, no amanhecer, e um caminhão lotado de
trabalhadores Indianos bateu num carro, ou apenas - eu não sei o
que aconteceu - mas havia Índios espalhados por toda a estrada,
sangrando até a morte.
Sangue no amanhecer, está me seguindo.
Índios, Índios por que morreram vocês ?
Índios não respondem.
...
Carro de varais destroçado e na valeta prostrado o animal, olhava calmamente os HUMANOS com olhos de desdém, dizendo no seu silêncio martirizado-calmamente...de olhos molhados...tristes.
Eu com gritos de DOR abafados pelo som da INDIAN, chorei desalmadamente, lágrimas enrouquecidas pelo bradar ao céus. Numa frase repetida até à exaustão...
-Só o DEMÓNIO ao volante poderia ter dado uma panada numa carroça numa estrada onde o traço contínuo se prolonga ao perder de vista. Só o demónio de duas patas de BODE CORNUDO... só o DIABO.
Da velhota não havia rastos...
Este mundo não é para as PESSOAS, de BEM...para os poucos idosos que conseguem sorrir. Como aquela velhota do carro de varais, que no regresso, tudo perdeu.
Só as lembranças do POEMA de LORCA e a tristeza no OLHAR de CID ao cantar a MALDADE, me apaziguaram a DOR...
Onde nos poderemos esconder da MALDIÇÃO ??! QUE É VIVER neste TEMPO. Onde não há lugar para os ingénuos PUROS.
E para os CARROS de varais de outros CALENDÁRIOS.
Índios, Índios por que morreram vocês ?
Índios não respondem.
...
Carro de varais destroçado e na valeta prostrado o animal, olhava calmamente os HUMANOS com olhos de desdém, dizendo no seu silêncio martirizado-calmamente...de olhos molhados...tristes.
-Ainda bem que terminou a AGONIA, de viver neste MUNDO que não é para (velhos) animais dos tempos que já se foram.
Eu com gritos de DOR abafados pelo som da INDIAN, chorei desalmadamente, lágrimas enrouquecidas pelo bradar ao céus. Numa frase repetida até à exaustão...
-Só o DEMÓNIO ao volante poderia ter dado uma panada numa carroça numa estrada onde o traço contínuo se prolonga ao perder de vista. Só o demónio de duas patas de BODE CORNUDO... só o DIABO.
Da velhota não havia rastos...
Este mundo não é para as PESSOAS, de BEM...para os poucos idosos que conseguem sorrir. Como aquela velhota do carro de varais, que no regresso, tudo perdeu.
Só as lembranças do POEMA de LORCA e a tristeza no OLHAR de CID ao cantar a MALDADE, me apaziguaram a DOR...
Onde nos poderemos esconder da MALDIÇÃO ??! QUE É VIVER neste TEMPO. Onde não há lugar para os ingénuos PUROS.
E para os CARROS de varais de outros CALENDÁRIOS.
...
A las cinco de la tarde.
Eran las cinco en punto de la tarde.
Un niño trajo la blanca sábana
a las cinco de la tarde.
Una espuerta de cal ya prevenida
a las cinco de la tarde.
Lo demás era muerte y sólo muerte
a las cinco de la tarde.
El viento se llevó los algodones
a las cinco de la tarde.
Y el óxido sembró cristal y níquel
a las cinco de la tarde.
Ya luchan la paloma y el leopardo
a las cinco de la tarde.
Y un muslo con un asta desolada
a las cinco de la tarde.
Comenzaron los sones de bordón
a las cinco de la tarde.
Las campanas de arsénico y el humo
a las cinco de la tarde.
En las esquinas grupos de silencio
a las cinco de la tarde.
¡Y el toro solo corazón arriba!
a las cinco de la tarde.
Cuando el sudor de nieve fue llegando
a las cinco de la tarde
cuando la plaza se cubrió de yodo
a las cinco de la tarde,
la muerte puso huevos en la herida
a las cinco de la tarde.
A las cinco de la tarde.
A las cinco en Punto de la tarde.
Un ataúd con ruedas es la cama
a las cinco de la tarde.
Huesos y flautas suenan en su oído
a las cinco de la tarde.
El toro ya mugía por su frente
a las cinco de la tarde.
El cuarto se irisaba de agonía
a las cinco de la tarde.
A lo lejos ya viene la gangrena
a las cinco de la tarde.
Trompa de lirio por las verdes ingles
a las cinco de la tarde.
Las heridas quemaban como soles
a las cinco de la tarde,
y el gentío rompía las ventanas
a las cinco de la tarde.
A las cinco de la tarde.
¡Ay, qué terribles cinco de la tarde!
¡Eran las cinco en todos los relojes!
¡Eran las cinco en sombra de la tarde!
A las cinco de la tarde, por Federico García Lorca
Pelas cinco da manhã li a sua mensagem digital em "geito" de poema Sr.Luís Fernandes...
MALDITAS
as
BESTAS BIPEDALISTAS que dominam a nossa existência.
Boa noite meu bom amigo!
Há
uns dias que não visitava o blog nem escrevia. Hoje fui ler e ver as
últimas publicações. E com ilustrações, desenhos, pena não os mostrar
num suporte físico. A escrita, densa, profunda, intimísta,
por vezes quase surrealista…muito absorvente, forte. Não nos deixa
indiferentes, tão carregada de sentimento e de amor. Amor pela Natureza,
Amor pelos Animais e também Amor pelas Pessoas. Estas fazem parte da
Natureza. No limite, o Planeta! Aos Elementos criadores,
Fogo-Água-Terra-Ar, junta-se o resultado da Criação – toda a Natureza –
na qual estão incluídos TODOS os Animais.
Um dia ainda passará os seus escritos a papel, tornando-se físico o que hoje é apenas virtual.
Meu
caro Álvaro, conto ir para Castelo Branco na 3ª feira, dia 15 e por aí
ficarei até dia 23, penso. Dar-lhe-ei um toque para nos encontrar-mos e
conversar-mos por uns bocados “à volta de um prato de peixinhos e um bom
vinho”.
Tenha uma boa noite. Aceite um abraço grande do seu amigo
Cá estarei à espera Sr. LUÍS, os DEUSES ainda não me esqueceram...existem frestas de luz em céu de chumbo.
¡Ay, qué terribles cinco de la tarde!
¡Ay, qué terribles cinco de la tarde!
MORREU
Sem comentários:
Enviar um comentário