E A BRUTALIDADE DO PESO DAS PALAVRAS. DELAS!
05.34 HORAS-OUTRA VEZ SEXTA-FEIRA. o ACORDAR PARA A REALIDADE. Os mesmos gestos de ontem , anteontem e 100 dias para trás.
Sobre a mesinha o DIÁRIO de VIRGÍNIA WOOLF. Uma maestra das palavras. A VIDA e as pessoas HOJE com os seus DRAMAS EXISTENCIAIS iguais aos de 1890.
Encarar a vida pela frente... Sempre... Encarar a vida pela frente, e vê-la como ela é... Por fim, entendê-la e amá-la pelo que ela é... E depois deixá-la seguir... Sempre os anos entre nós, sempre os anos... Sempre o amor... Sempre a razão... Sempre o tempo... Sempre... As horas.
SEMPRE os DRAMAS! quereria ela também dizer...
É ISSO!
Enquanto lá fora o silêncio IMPERA.Acordei com as imagens e as palavras do dia de ontem, que me ficaram e de certa forma reforçaram a minha noção do mundo dos HUMANOS. VIRGÍNIA a MAESTRA das EMOÇÕES.
...nestas madrugadas não tenho os mails das diretas, MADALENA-atleta, aquela aluna replecta de BELEZA, das muitas formas da BELEZA. Tenho o SILÊNCIO e as IMAGENS de ONTEM. O Sufocante passar das HORAS e dos DIAS.
E as PALAVRAS negras DESESPERANTES das CUIDADORAS INFORMAIS.Onde o TEMPO PAROU...paralelamente à nossa existência pequenina-às nossas pequenas tragédias da CONSCIÊNCIA> EXISTE UM MUNDO DEMOLIDOR e pintado de negro sangue, o dos ESCOLHIDOS pela imperfeição da natureza humana.
São quase sempre as MÃES porque pariram, elas as resistentes no infinito oceano do DRAMA existencial !
Lá longe, outras palavras a mesma miséria, que me despertam ao acordar como os cravos forjados a espetarem-se contra as minhas mãos sobre a madeira gretada de uma cruz, a insignificância do DRAMA HUMANO, aos olhos da natureza.
Sepúlveda, felizmente está livre de mais esta-foi um POETA da PUREZA e da ESPERANÇA.
Se é certo que a vida é breve e frágil, também é verdade que a dignidade e a coragem lhe conferem a vitalidade que nos faz suportar os seus enganos e desditas.
Luis SepúlvedaÉ sobre a VIDA-A TRAGÉDIA EXISTENCIAL do UCRANIANO de meia idade. Depois de lançar dezenas de corpos ensacados em plástico numa vala comum.Sem um nome, nenhum familiar só a frieza da intempérie e de quem ainda ficou para trás.
...as bombas mataram Yulia Zdanovska, uma das mais promissoras matemáticas da Europa.
Yulia era uma fantástica professora. As últimas palavras foram: 'Vou ficar em Kharkiv até vencermos'.Yulia morreu num incêndio, depois de uma bomba russa atingir a área residencial onde se encontrava.Os Russos continuam a salvar os UCRANIANOS dos NAZIS.
No silêncio da madrugada ecoam as palavras ><NÃO SEI QUEM COMEÇOU, PORQUE COMEÇOU DE QUEM É A CULPA,,,«-QUE VÃO TODOS PARA O INFERNO!»gritou o homem de meia idade, nacionalidade Ucraniana.
... a dor daqueles rostos, incapazes de compreenderem o PQ? dos actos de seres demoníacos ou das fatalidades do destino...
...ESTA É A REALIDADE DO MUNDO ACTUAL, O DOS HUMANOS. DRAMATICAMENTE IRRELEVANTE /// SEM SENTIDO.
INSUFICIENTES AS PALAVRAS DOS POETAS-Quando existem as PESSOAS, a BRUTALIDADE dos actos e das palavras das PESSOAS, as HUMANAS e as das BESTAS.
- Lá fora o dia está pintado de cinzento.
-Lá longe há milhares de pessoas com fome , sede e MEDO.Animais abandonados.
À sua sorte...DESTROÇOS!
-Também Lá longe eliminam-se cidades inteiras e o futuro de um País.
- Aqui perto é sexta-feira, para lá dos vidros o cinza-chumbo do dia.O silêncio ainda adormecido. A consciência e o peso desta. A esperança ainda vive numa sala de aula. E as palavras dela, estão todas tão certas.Uma sábia! Hoje é tarde «DE+!»,,,a insustentável leveza do SER, que filme da REALIDADE.Um drama que dói,,,a VIDA!!!
É sempre desta forma entre o CARNAVAL e a PÁSCOA, depois virá MAIO, o Outono e novamente outro Dezembro.As mulheres são tão bonitas, hoje.
06.37 horas de uma sexta-feira em março de 2022.
Uiva porque a voz da dor nunca é esquecida.(LUÍS SEPÚLVEDA)
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