LOBOS

Sou, na verdade, o Lobo da Estepe, como me digo tantas vezes – aquele animal extraviado que não encontra abrigo nem na alegria nem alimento num mundo que lhe é estranho e incompreensível

Herman Hesse

sábado, 14 de maio de 2022

Anestesia GERAL os VAMPIROS

 

 O BEIJO a JUDAS (PARTE primeira)

ONDE(...) em qualquer tempo, as SOCIEDADES FORAM TODAS IGUAIS, os homens os mesmos em genialidade e ESTUPIDEZ.

 


Os ARTISTAS esses estúpidos sensíveis.

 

 Encurralados, num LABIRINTO sem IGUAL-estamos TODOS.

Se a memória tivesse uma PORTA, como as portas dos ANTIGOS CASTELOS, eu fecharia a memória para sempre, foi nesta mesma memória povoada por múltiplas imagens que destapei o pequeno livro de ARTAUD. Felizmente que eles estão à distância de um CLIC, eles os livros e as pessoas que sabem mais do que eu:


 ARTAUD (VAN GOGH, O SUICIDADO PELA SOCIEDADE)

 

FEV. MARÇO de 1947

Esta obra será o elo que se dará entre Antonin Artaud, o autor, e sua inspiração, Van Gogh, o pintor, na sua coincidência terrível que tem por temas arte e loucura. Como produto interdisciplinar tal obra é colocada, sendo um dos estertores de Artaud, que se viria a suicidar, este também, logo em seguida, encerrado num manicómio, na sua relação de incompreensões mútuas com o mundo. O caráter interdisciplinar  dá-se na conjugação que este trabalho tem entre as artes plásticas, a música e a palavra, e entre o homem essencialmente de teatro que foi Artaud e de pintura que foi Van Gogh.
O tema da criação através da loucura, atravessada pela cisão, esta ruptura entre dois mundos, o da instituição psiquiátrica, e o da arte, em seus desesperos, tendo Artaud como poeta em busca da alma, e Van Gogh no seu inferno e céu particulares de cores, entrando na essência da luz em sua paranoia, são o grito suicida que ambos carregam. A obsessão onírica é o produto de Van Gogh por Artaud, com os dois  fundindo-se neste universo simbólico, em que sua supressão se dá pela palavra manicómio. O homem possuído pelos seus símbolos é artista e louco, e o combate deste mundo simbólico, de sentidos explodindo, pela psiquiatria até então praticada, é o canto do cisne de Artaud, buscando as motivações da morte de Van Gogh, e já fabricando a seu próprio fim também.

ARTAUD EM CONFLITO, VAN GOGH TAMBÉM
O pequeno livro de Artaud, meio em seu início, temos:  “É assim que se mantém a vida presente, na sua velha atmosfera de estupro, de anarquia, de desordem, de desvario, de descalabro, de loucura crónica, de inércia burguesa, de anomalia psíquica (porque não é o homem, mas o mundo que se tornou anormal), de desonestidade deliberada e insigne hipocrisia, de sujo desprezo por tudo que cheira à nobreza, de reivindicação de uma ordem inteiramente baseada no cumprimento de uma primitiva injustiça”. Aqui a injustiça do mundo logo se chocaria com a psiquiatria, aonde todos os incautos que se chocam com o mundo geralmente, por incautos, num primeiro momento, podem parar. A definição de abertura de Artaud começa pela estrutura do mundo, este ser duro e injusto, armadilha para os revoltados, prémio para os dissimulados, este mundo cruel de seu Teatro da Crueldade, este mundo que, ele dirá logo em seguida, suicidara Van Gogh, seu duplo contra a psiquiatria, que será então Van Gogh a sua tese contra esta suposta ciência, num conflito de seu intento anarquista, ainda com, julgo eu, uma infantilidade diante da desdita de ser incompreendido. E seu avatar de “génio incompreendido” será Van Gogh, portanto.
“Desta maneira, uma sociedade deteriorada inventou a psiquiatria para defender-se das investigações de alguns iluminados superiores, cujas faculdades de adivinhação a incomodavam.” Aqui está o conflito clássico entre o místico e a psiquiatria, o que tomará grande parte deste trabalho e se fará de matéria para toda a sua reflexão, leitmotiv da revolta, da incompreensão. Nada mais que negar a loucura de Van Gogh, bipolar antes de existir tal terminologia, talvez. E que vem na sua tese e defesa logo de cara:
 
 “Não, Van Gogh não era louco”. 
 
E segue: “Porque a pintura de Van Gogh não ataca um certo conformismo dos costumes, mas as próprias instituições” (...) no plano social as instituições se desagregam, e a medicina parece um cadáver inutilizado, decomposto, que declara Van Gogh louco.” (...) Diante da lucidez de Van Gogh em ação, a psiquiatria fica reduzida a um grupo de gorilas, (...) que dispõe de uma ridícula terminologia, digno do produto de seus cérebros viciados.” O que se entende por autêntico alienado? 
 
É um homem que prefere tornar-se louco (...) a sociedade amordaça a todos aqueles de quem ela quer se livrar (...) 
 
Porque um alienado é, na realidade, um homem ao qual a sociedade se nega a escutar, e ao qual quer impedir que expresse certas verdades insuportáveis”.
Mais uma vez, o génio clássico diante do seu outro ignaro, sua iluminação sobrenatural em guerra com as instituições, o palco da pintura como prova de que Van Gogh não foi bem assimilado em sua época, o que é verdade, mas a inteira reflexão de que Artaud quer fazer crer é a de que Van Gogh, ao cabo, foi induzido a se matar, o que, falando de suicidar-se, é um ato deliberado de loucura embriagada ou desesperança de dilemas insolúveis, ou um composto químico no cérebro que leva o vivente a se aniquilar por dor insuportável, física e mental. Mas, penso em ato deliberado, máxima culpa das mãos da própria pessoa, mais do que por indução maléfica, como faz crer, o tempo todo, Artaud e sua defesa apaixonada e panegírica de Van Gogh.  
(Gustavo Bastos, filósofo e escritor).

 ...com esta história toda  e sem saber onde encontrar um buraco para enfiar a cabeça, esbarrei com o poema do ZECA. Ilustres iluminados, tudo tem um tempo-ninguém mais se lembrará quem foi ZECA AFONSO. Termina na minha geração-os jovens que me aturam terão ooutros HERÓIS. O POEMA faz SENTIDO.


Os artistas estes estúpidos sensíveis.

 

No céu cinzento sob o astro mudo
Batendo as asas pela noite calada
Vêm em bandos com pés veludo
Chupar o sangue fresco da manada
 
À toda a parte chegam os vampiros
Poisam nos prédios poisam nas calçadas
Trazem no ventre despojos antigos
Mas nada os prende às vidas acabadas
 
 

Sinto uma grande responsabilidade política e social como artista e gostava - e a partir de agora ainda mais -, de contribuir para ajudar a que a educação no Ensino Superior ganhe cada vez mais importância para melhorar o ser humano. Quanto maior consciência tivermos e mais cultos formos, mais solidários nos tornamos e é isso que nos vai ajudar a lutar contra estes seres loucos".

A artista pincela com as palavras - e sem rodeios - a tragédia da guerra, segura de que "fará nascer um mundo novo, mas com uma memória cheia de sofrimento, porque é um verdadeiro inferno o que aqueles seres humanos estão a viver". Após a pandemia pintou pequenas telas, em exposição até setembro, no Centro de Arte Contemporânea em Bragança, com o seu nome. Chamou-lhe Inquietações. Mas hoje, perante os acontecimentos, confessa -se paralisada. "Na minha obra estou num momento de tal revolta, e de tal espanto, que nos últimos tempos não consigo pintar nada, fiquei num estado que não sei definir. É terrível vermos a destruição das cidades, das escolas, as mulheres que são violadas, é impossível ficarmos insensíveis a isso."

Sabe entretanto que não voltará à Rússia enquanto Putin estiver no poder. "Não voltarei mesmo", lembrando que numa das estações de metro há um painel de azulejos da sua autoria oferecidos pelo Governo português. "Conheço bem o país, a Rússia é um país de grandes pintores, artistas, músicos, tem gente extraordinária. Esta guerra não é com os russos, com as pessoas da cultura. Penso como é que eles estarão a viver este momento, com uma grande repressão e sofrimento, de certeza."

 

 Sempre houve, ao longo da história do mundo, tiranos e homens que destruíram
outros seres humanos sem compaixão., mas também a arte ficou e é essa arte que
continuamos a visitar.

 JOE o do nosso MONEY





Esta semana foi tornado público que Berardo avançou contra bancos e pede 900 milhões de indemnização.
 "Só falta mesmo pedir que lhe concedam uma nova condecoração pelos serviços prestados à pátria!”
 

 
 

    RENDEIRO morreu, suicidado ou assassinado , tanto faz. Morreu simplesmente há muito, muito tempo atrás-morreu muitas vezes, desta vez foi a morte do corpo. Sugado pelos vampiros da comunicação social. Os amigos influentes da política e da sociedade que se banqueteavam nos seus palácios. Nós ajudantes dos vampiros mandantes...toda esta gente assassinou Van Gohg-ARTAUD- e RENDEIRO. para Leste nada de NOVO...os assassinos, Vampiros e o SATANÁS MOR, dominam o mundo na sua plenitude, quase sem esforço. Gestos tão fáceis quando o ser humano escolheu a apatia e a DESELEGÂNCIA.
 
 OS VAMPIROS interessam-se (TB)por cuecas


 

São os mordomos do universo todo
Senhores à força mandadores sem lei
Enchem as tulhas bebem vinho novo
Dançam a ronda no pinhal do rei
 
 Zeca Afonso foi um cantor «descendente» dos antigos TROVADORES,  professor nos seus tempos livres de pensar o FUTURO.Felizmente para ele, livrou-se deste DRAMA VIVENCIAL sem regras nem leis, onde o mundo roda insensível à estupidez humana.
 
 


O Dinheiro não safa ninguém(...) o poder do efémero foi-se com os novos tempos,,, desorientados.
 
«AUSENTE a LUCIDEZ presente o  DESRESPEITO».
 
 
“Van Gogh, pintando, renunciou a contar histórias... [...] Pois a realidade é
terrivelmente superior a qualquer história, a qualquer fábula, a qualquer divindade, a qualquer
surrealidade”

 

 Não há ESPAÇO para o SONHO.Os VAMPIROS habitam e mandam no nosso mundo.
 
 "Deixamos uma herança asquerosa aos nossos filhos, um mundo instável. O mundo que recebemos acabou a 24 de fevereiro. Hoje vivemos num mundo de incertezas. Temos que nos preparar para isso, todos, recordar os bons momentos do mundo que vivemos no passado, porque o que se aproxima é extremamente perigoso. Não estou a falar que haja guerra nuclear, não quero acreditar, embora já nada me estranhe"José Milhazes
 

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