«PALAVRAS QUE O VENTO NÃO LEVOU»
"Quando o homem se afasta da natureza o seu coração se torna-se difícil"
- Ditado Lakota(moradores da pradaria) - Eles fizem parte de uma confederação de sete tribos sioux (a Grande Nação Sioux ) e falam o idioma dacota, um dos três principais dialetos.Grandes pensadores e enormes defensores do meio ambiente A PRIMAVERA DER 2024 COMEÇOU EXATAMENTE QUANDO ESTA FLOR (REBELDE)DESABROCHOU NO CENTRO DE UM OCEANO VERDE num qualquer dia da semana de 8/12 de Janeiro.Os dias ficaram luminoso e os primeiros pássaros apareceram vindos do sul. Para quem está a tento com atenção JACINTO ROMÂO; tudo será diferente e para melhor (fora do mundo dos homens )a partir desta semana ; NÃO NÃO É EM MARÇO. De imediato lembrei-me de ti Alcine e de todas as pessoas com aura de encantamento que passaram na minha vida.
ENCANTADAS e INGÉNUAS
tu menina , fazes parte desse grupo. Assim como Paula e Salvador.
PALAVRAS
PALAVRAS
PAROLES
PAROLES/ e são as palvras que me ligam às imagens e estas às primeiras.Para os que terão hoje 60 ou mais anos , lembrarão a mítica canção de Dalida e Alain Delon>>(Une parole encore)
Paroles, paroles, paroles
(Écoute-moi)
Paroles, paroles, paroles
(Je t'en prie)
Paroles, paroles, paroles
(Je te jure)
Paroles, paroles, paroles, paroles, paroles
Encore des paroles que tu sèmes au vent
« Nick Willings pediu à mãe, apesar de saber do seu feito reservado, para
aceder a fazer um documentário. O objetivo era muito íntimo: "Fiz este filme para entender e conhecer a mãe. Para compreender por que é que o pincel era mais importante do que eu".Por isso é que lhe perguntei se ficou espantado com algumas das histórias.
Com
quase tudo! Algumas sabia delas mas não da maneira mais real. A
história do primeiro encontro com o meu pai. Lembro-me de ouvir aquela
história de uma maneira diferente. De uma maneira mais romantizada.
[Paula Rego e o marido tiveram sexo no dia em que se conheceram]. FLASCH /Abril de 2017 »
Nick Willing, filho de Paula Rego e realizador de “Paula
Rego, Histórias & Segredos”. Paula Rego aos 80 anos revelou-se aos filhos e falou de uma forma como só PR e estas pessoas encantadas conseguem exprimir-se –
incómoda, e talvez chocante para alguns. Empregou exatamente os termos corretos para descrever dois momentos. O primeiro quando conheceu o futuro marido alguns anos mais velho do que ela ,esta ainda estudante.
«-Estávamos numa inauguração de uma exposição, levou-me para uma sala ao lado, fechou a porta, baixou-me as cuecas e...(empregou mesmo o termo correcto-F ali mesmo!». Assim como outros pequenos acontecimentos que nos poderão deixar perplexos , aos que não têm a sorte de conviver com a ingenuidade pura das pessoas encantadas.O outro foi quando se referiu à sua juventude e festas em grupo.
-Como era a vossa relação máe?
- Andavámos todos a F....!uns com os outros.
Salvador surpreende-nos de uma forma mais dramática.Em finais de 1988 já nos limites da vida, dá a sua última entrevista à TVE, penso que para alguém que conheceu o percurso do pintor, estava perante um momento único. A primeira vez que Dali foi claro e honesto nas suas palavras. Excêntrico nos limites admissíveis, com um talento enorme para a pintura, admirando e seguindo as pegadas dos clássicos..viveu à conta desse enorme poder de comunicação>>«Você tem que criar a confusão sistematicamente, isso liberta a criatividade. Tudo o que é contraditório cria vida.» ou «Deixa-me por um instante submergir na loucura dos artistas. Esquecer as regras que impõem ao homem não transgredir tudo aquilo que nós conhecemos. Não temo a aventura de viver num mundo surrealista porque o meu espírito não conhece outra verdade que aquela que me eleva até às fronteiras do impossível. No dia que deixar de sonhar, manda-me flor brancas.»
...mas a que me tocou e se tornou inesqucível: « los genios no deberían morir!». Pela primeira vez vi Dali descer à terra sem perder o estilo que fez dele um MITO.
Alcine, vive na minha consciência no mesmo nível da pureza que Salvador e Paula.
- ALVARITO, ALVARITO, ÉS TU? RESDTOU NA COZINHA ENTRA...
ALCINE PRIMAVERA- AI o TEU SORRISO...
Brisas na RUA NOVA
POEMA ESTRUTURADO EM IMAGENS MENTAIS DEDICADO à minha VIZINHA de SEMPRE ALCINE/A PROENÇA
Com FLORES, como não podia deixar de SER.E múltiplos ODORES .
ALCINE PRIMAVERA
20 de FEVEREIRO do ano 17
do outro SÉCULO
PERTENCE à HISTÓRIA, a NOSSA.
Nasceu ALCINE/A PRIMAVERA.
nas NOSSAS MEMÓRIAS.
Nem a última vez que te vi lá para os lados de SESIMBRA, te senti idosa ou acabada... reflectias HARMONIA e JOVIALIDADE. SORRIAS, o mesmo sorriso que nunca se apagou da tua VIDA.PORÉM SABIA QUE SERIA A ÚLTIMA VEZ QUE CONTIGO ESTARIA...FUI PARA ME DESPEDIR.
Os longos meses escuros, frios, tristonhos chegaram ao seu termo. Com pouca ou nenhuma história - outro VERÃO CHEGARÁ, outro VERÃO como outros VERÕES passados, distantes nos gestos, apagados nos SONHOS- as "ROUPAGENS" do desgaste da soma, ou SUBTRACÇÃO?!...
ANO, que foi o anterior.
DESPIMO-NOS dos pensamentos mais escuros com este SOL que já aquece. Tudo de bom acontecerá até Maio no desabrochar da MÃE NATUREZA.
Aproveitem-se os dias, rápidos no calendário e nas nossas vivências. Repetição.
ANTES do longo INVERNO que rápido voltará.
...
Hoje é PRIMAVERA , não no calendário , mas na leitura que faço ao que me rodeia, e chamo-lhe ALCINE- VIZINHA ALCINA ou ALCINE?...pouco INTERESSA o modo de usar as letras e as suas associações . Só as imagens "ROUBADAS ao esquecimento, me trazem inspiração.
Trato-a por "TU" porque é "MENINA", PURA e SORRIDENTE.
Sempre esteve presente.
Sempre foi jovem.
...
O que me ficou nas longínquas recordações → FLORES , os teus vasos pintadinhos, o cimento BRILHANTE, (perdi o conto) às vezes que o poliste com o pano de lã macio , SEMPRE a tua CASA APRUMADA-FRESCA a cheirar às ERVAS mais doces da PLANÍCIE a perder de VISTA.
Foste sempre a PRIMAVERA ao meu OLHAR. Nem nos queixumes, nem nas dores te senti AMARGA, injusta ou menos FELIZ que todos os teus cantos , numa RUA, numa TERRA que não era a tua . Mas que tu adoptaste.
As tuas palavras, embrulhadas em FELICIDADE.
FLORES-AMORES PERFEITOS-ROSAS E JASMINS do teu quintal FLORIDO.
Foste sempre a PRIMAVERA, numa rua de costas curvadas, de Negros INVERNOS de DORES assistidas pela PACIÊNCIA da HEROÍNA da porta em frente.
Das PORTAS ABERTAS e FECHADAS.
Desabafos
Contradições
DITOS
SEGREDOS, que só vocês mulheres, sabiam.
Hoje esquecidos para sempre, no silêncio das paredes frias, das portas fechadas que guardam as suas histórias familiares.
Foste das últimas e por isso eu reservava um espaço na espera, para fechar o livro da RUA NOVA.
Vejo-te ainda de janela-aberta, emoldurada pela parede dantes branca como todas, de rodapés contrastantes, antes muito antes da invasão dos mosaicos e da moda dos azulejos, para poupar trabalho e gastos de dinheiro..
O teu assomar para o dia.
V´ZINHAS!!!..
Bom DIAAA.!!
Gestos de carinho , trocas e vozes pela manhã, movimentos de vassoura e pequenas viagens ao LAVADOURO , lá para a noite, Longe das MULTIDÕES. Ai!!! o MESTRE, o meu MESTRE. camisas brancas aprumandinhas. Cozinha AMPLA fotos e olhares.
ALVARITOOO , Tou aqui,,,no fundo do QUINTAL. Como um SOPRO, uma aragem, um nada, apareceram as primeiras FLORES BRANCAS-CHEIRA a ERVA, o calor roça-me "ao deleve" no ROSTO-não tenho a planície perto do meu OLHAR, nem um Cântaro de água FRESCA, nem a tua MÃO no meu OMBRO quando na cadeira pequenina a tremelicar,me sentava sobre o GRANDE TRONO do CORTA -ORELHAS. A tua mão e o teu SORRISO,,,
ALVARITO!!ELE tá a BRINCAR...eh, eh,,eh!!
Estás hoje e ontem, em tudo quanto é LUGAR, iluminas os nossos DIAS, tudo é VERDE, PINTALGADO de cores e a ÁGUA permanecerá fresca. No meu OLHAR caem as LÁGRIMAS da SAUDADE, de MIM, de TI, da VZINHA da FRENTE, dos Homens e dos fregueses , da BELEZA das tuas RAPARIGAS-do VAIVÉM do MESTRE PECURÉ, da DOR dos joelhos rasgados, de TUDO que iluminaste para todos nós crescermos em SEGURANÇA e com MUITO para CONTAR
na... na RUA NOVA, AI o TEU SORRISO à espreita.
Ai o TEU SORRISO!... logo pela manhã.
Este o meu TRIBUTO a uma das últimas senhoras da RUA NOVA . Onde nasci e onde estruturei os sonhos, para esta longa caminhada que tem sido a minha vida. Pouco resta dos saudosos anos sessenta, setenta e oitenta. Espaços de TEMPO, no qual fomos uma imensa multidão e não tínhamos a noção que estávamos a viver uma felicidade INTEIRA.
Só Damos Valor quando Perdemos
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