O MEU VIZINHO
MINGA
MINGA
Domingos José Borbinha Morgado
13/07/1949-05/10/2015
A soma das pinceladas negras acentua-se.
Acabei de saber a má nova , através do ZÉ do RATO lá dos lados do Barreiro.
TRIBUTO ao JOÃO do Estradinha e à MARIA dos FRADES
A soma das pinceladas negras acentua-se.
Acabei de saber a má nova , através do ZÉ do RATO lá dos lados do Barreiro.
TRIBUTO ao JOÃO do Estradinha e à MARIA dos FRADES
O FILHO do XTRADINHA e da MARIDUSFRADES, irmão do ANDRÉ da VINA- e da NUCHA, um dos mais novos ( ...existe ainda um irmão mais velho o JOAQUIM-vejo-lhe o rosto mas perdi-lhe o rasto).
E depois das palavras do ZÉ recordo agora o CHICO baixinho de lábios grossos com o seu "AR" AFRICANO
...BENDITA "MARIDOSFRADES" que tantos filhos criaste e BEM- no TEMPO de todas as dificuldades não se conheciam termos como CRISE, economia, estatísticas, bolsa ou crise estrutural .
Nós os nascidos em "BERÇO de OURO", não "quizémos" aprender a lição,,, que esta gente escreveu, ao longo de uma vida ( bem clara aos nossos olhos) e HOJE VEGETAMOS na SOLIDÃO de famílias sem referências nem PESSOAS, com depressões e a reivindicarmos até a porcaria que fazemos. A PRESENÇA dos Avós perdeu-se na falta de ESPAÇO e desta forma todas as referências do PASSADO. Dos vizinhos reza a HISTÓRIA, reunidos em amena cavaqueira, fazendo figas à solidão e à MORTE.
BENDITO JOÃO duEXTRADINHA e as suas mulas e machos, como tantos numa luta sem igual para a sobrevivência de uma numerosa FAMÍLIA CRIADA e orientada na VIDA.
Comendo FEIJÃO-BATATAS e GRÃO.
E depois das palavras do ZÉ recordo agora o CHICO baixinho de lábios grossos com o seu "AR" AFRICANO
...BENDITA "MARIDOSFRADES" que tantos filhos criaste e BEM- no TEMPO de todas as dificuldades não se conheciam termos como CRISE, economia, estatísticas, bolsa ou crise estrutural .
Nós os nascidos em "BERÇO de OURO", não "quizémos" aprender a lição,,, que esta gente escreveu, ao longo de uma vida ( bem clara aos nossos olhos) e HOJE VEGETAMOS na SOLIDÃO de famílias sem referências nem PESSOAS, com depressões e a reivindicarmos até a porcaria que fazemos. A PRESENÇA dos Avós perdeu-se na falta de ESPAÇO e desta forma todas as referências do PASSADO. Dos vizinhos reza a HISTÓRIA, reunidos em amena cavaqueira, fazendo figas à solidão e à MORTE.
BENDITO JOÃO duEXTRADINHA e as suas mulas e machos, como tantos numa luta sem igual para a sobrevivência de uma numerosa FAMÍLIA CRIADA e orientada na VIDA.
Comendo FEIJÃO-BATATAS e GRÃO.
Muitas HISTÓRIAS me ilustram o imaginário sobre o CLÃ XTRADINHA.
É-me fácil falar sobre os meus vizinhos de família numerosa - na casa da "MARIDOSFRADES" sempre de porta "meiaberta" com uma cantareira de pratos sobre as nossas cabeças e fresquinha ao entrarmos. Tínhamos acesso fácil, era ali mesmo ao lado dos RATOS-metia-se o MELINDRA pelo meio.
Um dos locais mais procurados para as primeiras futeboladas, as ervas da Paula e da MARIDOSFRADES, junto às lenhas; onde hoje se situa a casa do SEBASTIÃO, ao contrário da Paula, esta nunca se preocupava com a bola na roupa lavada, de poucas palavras, com um curto sorriso transmitia-nos os afectos necessários para continuarmos a brincadeira .
"- Grandedefesa do SABASTIÃO , ainda hoje oiço a voz do BARROSO que se amandava para o chão por tudo e por nada." Com o JADINHO e os BONANZAS na assistência *a espera da oportunidade,
Crescemos nas "ABAS" das saias da Vina e da Nucha, esta mais nova assim como o MINGAZÉ das calças de fazenda às riscas, muito típico.
Foi o que saiu mais parecido com o PAI EXTRADINHA,(... e o Joaquim também tinha as suas parecenças com o PAI João), no seu modo de estar reflexivo , de pouca conversa mas sempre afável com as mulheres e homens da vizinhança -do ANDRÉ do CHICO e do Joaquim poucas referências me ficaram, seriam os mais velhos e partiram cedo para outros lugares, nós nascidos nos finais de cinquenta éramos muito novos.
Acho que um deles foi à TROPA para TIMOR (?), talvez o CHICO; mais perto da VINA (?) .
André!!!!
De horizontes largos e com uma personalidade muito vincada, este filho dosextradinhas, trabalhou e estudou -tornou-se "Doutor! DIZIAM na vizinhança", postura que lhe fica bem.
Todos eles nos serviram de referência porque foi uma família numerosa, (...talvez a maior da RUA Dr. Teles de Matos que desaguava no colmeal) e resplandecente- na realidade de convívio fácil .
Acarinhavam-nos a nós grupo de gaiatos, GAIATAGEM-parece que pariu a GALEGA; diziam elas quando se fartavam da barulheira.
Imensos gaiatos que "HABITAVAM" esta zona num constante frenesim ; desde a manhã até ao anoitecer.
Há noite enquanto caçávamos morcegos com uma cana o grupo maior da conversa era o da porta da MARIDOSFRADES e mais tarde da NAZARÉ BALBINA.
Mas algo de muito importante me ficou desses tempos, entre outros acontecimentos relevantes. Momento de mudança na vida de qualquer adolescente dos saudosos anos 60- a permissão de deixar definitivamente os calções de VERÃO e começar a usar calças compridas, chegou...o "SER" RAPAZ.
1964
1969
Aconteceu nesse local de "REUNIÃO" quando pedi à minha MÃE se me deixava vestir as BENDITAS CALÇAS compridas-SÍMBOLO de longos VOOS.
Nunca me esqueci e relembro todos os ROSTOS dessa tarde ( Maria dos Frades-Nucha do Alvino-Paula - Nucha e a minha mãe) "solarenta" de MAIO - quando recebi o "bilhete" da permissão.
Poucas vezes vi o MINGA nestes últimos 30 anos, desde que foi de vez para os lados da CAPITAL, na verdade é inesquecível na HISTÓRIA da Rua NOVA ( ...também os seus irmãos) e das tapadas, para onde se mudaram nos finais dos anos 60, inícios de setenta (...?). Daqui e na companhia do BIZARRA-EDUARDO JOSÉ BONITO BIZARRA... E ÀS VEZES do LOLA, vinham rua abaixo e rua acima para passarem um bocado da noite em algum dos cafés do LARGO ou nos bancos do ROSSIO.
O BIZARRA foi nesses tempos um tormento para as mulheres da rua-gostava de fazer este trajecto sempre posicionado encostado às paredes e palmilhando, andando sobre os cimentos lavadinhos destas, com as suas botifarras que faziam muito barulho. PERSISTIU SEMPRE NA ACÇÃO.
Do Minga
RECORDO também o seu casamento com a filha do MORGADINHO (?) se não estou enganado, a filha do MORGADINHO sobrinha do PERDIZ.
O MINGAZÉ está a caminho das ORIGENS, de REGRESSO à terra onde ficará para sempre . A FAMÍLIAXTRADINHA começou hoje a minguar-MINGAZÉ o eterno rapaz bronzeado, de vocabulário curto e sorriso longo. Um dos rapazes mais bonitos do seu TEMPO, recordo a sua simpatia e BELEZA. DEIXOU-NOS ontem, para sempre.
É-me fácil falar sobre os meus vizinhos de família numerosa - na casa da "MARIDOSFRADES" sempre de porta "meiaberta" com uma cantareira de pratos sobre as nossas cabeças e fresquinha ao entrarmos. Tínhamos acesso fácil, era ali mesmo ao lado dos RATOS-metia-se o MELINDRA pelo meio.
Um dos locais mais procurados para as primeiras futeboladas, as ervas da Paula e da MARIDOSFRADES, junto às lenhas; onde hoje se situa a casa do SEBASTIÃO, ao contrário da Paula, esta nunca se preocupava com a bola na roupa lavada, de poucas palavras, com um curto sorriso transmitia-nos os afectos necessários para continuarmos a brincadeira .
"- Grandedefesa do SABASTIÃO , ainda hoje oiço a voz do BARROSO que se amandava para o chão por tudo e por nada." Com o JADINHO e os BONANZAS na assistência *a espera da oportunidade,
Crescemos nas "ABAS" das saias da Vina e da Nucha, esta mais nova assim como o MINGAZÉ das calças de fazenda às riscas, muito típico.
Foi o que saiu mais parecido com o PAI EXTRADINHA,(... e o Joaquim também tinha as suas parecenças com o PAI João), no seu modo de estar reflexivo , de pouca conversa mas sempre afável com as mulheres e homens da vizinhança -do ANDRÉ do CHICO e do Joaquim poucas referências me ficaram, seriam os mais velhos e partiram cedo para outros lugares, nós nascidos nos finais de cinquenta éramos muito novos.
Acho que um deles foi à TROPA para TIMOR (?), talvez o CHICO; mais perto da VINA (?) .
André!!!!
De horizontes largos e com uma personalidade muito vincada, este filho dosextradinhas, trabalhou e estudou -tornou-se "Doutor! DIZIAM na vizinhança", postura que lhe fica bem.
Todos eles nos serviram de referência porque foi uma família numerosa, (...talvez a maior da RUA Dr. Teles de Matos que desaguava no colmeal) e resplandecente- na realidade de convívio fácil .
Acarinhavam-nos a nós grupo de gaiatos, GAIATAGEM-parece que pariu a GALEGA; diziam elas quando se fartavam da barulheira.
Imensos gaiatos que "HABITAVAM" esta zona num constante frenesim ; desde a manhã até ao anoitecer.
Há noite enquanto caçávamos morcegos com uma cana o grupo maior da conversa era o da porta da MARIDOSFRADES e mais tarde da NAZARÉ BALBINA.
Mas algo de muito importante me ficou desses tempos, entre outros acontecimentos relevantes. Momento de mudança na vida de qualquer adolescente dos saudosos anos 60- a permissão de deixar definitivamente os calções de VERÃO e começar a usar calças compridas, chegou...o "SER" RAPAZ.
Aconteceu nesse local de "REUNIÃO" quando pedi à minha MÃE se me deixava vestir as BENDITAS CALÇAS compridas-SÍMBOLO de longos VOOS.
Nunca me esqueci e relembro todos os ROSTOS dessa tarde ( Maria dos Frades-Nucha do Alvino-Paula - Nucha e a minha mãe) "solarenta" de MAIO - quando recebi o "bilhete" da permissão.
Poucas vezes vi o MINGA nestes últimos 30 anos, desde que foi de vez para os lados da CAPITAL, na verdade é inesquecível na HISTÓRIA da Rua NOVA ( ...também os seus irmãos) e das tapadas, para onde se mudaram nos finais dos anos 60, inícios de setenta (...?). Daqui e na companhia do BIZARRA-EDUARDO JOSÉ BONITO BIZARRA... E ÀS VEZES do LOLA, vinham rua abaixo e rua acima para passarem um bocado da noite em algum dos cafés do LARGO ou nos bancos do ROSSIO.
O BIZARRA foi nesses tempos um tormento para as mulheres da rua-gostava de fazer este trajecto sempre posicionado encostado às paredes e palmilhando, andando sobre os cimentos lavadinhos destas, com as suas botifarras que faziam muito barulho. PERSISTIU SEMPRE NA ACÇÃO.
Do Minga
RECORDO também o seu casamento com a filha do MORGADINHO (?) se não estou enganado, a filha do MORGADINHO sobrinha do PERDIZ.
O MINGAZÉ está a caminho das ORIGENS, de REGRESSO à terra onde ficará para sempre . A FAMÍLIAXTRADINHA começou hoje a minguar-MINGAZÉ o eterno rapaz bronzeado, de vocabulário curto e sorriso longo. Um dos rapazes mais bonitos do seu TEMPO, recordo a sua simpatia e BELEZA. DEIXOU-NOS ontem, para sempre.
Paz ao MINGAZÉ_ABRAÇO aos irmãos , à Nucha e à VINA. E à sua família de união.
O TEMPO dos nomes continua a somar espíritos para a grande viagem da ETERNIDADE.
Alexandre O'Neill
FICA-ME o SORRISO do MINGA ZÉ-INESQUECÍVEL!
alvaroramos@esal.edu.pt
Mal nos conhecemos
Inauguramos a palavra amigo!
Amigo é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
Amigo (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
Amigo é o contrário de inimigo!
Amigo é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado.
É a verdade partilhada, praticada.
Amigo é a solidão derrotada!
Amigo é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
Amigo vai ser, é já uma grande festa!
Inauguramos a palavra amigo!
Amigo é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
Amigo (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
Amigo é o contrário de inimigo!
Amigo é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado.
É a verdade partilhada, praticada.
Amigo é a solidão derrotada!
Amigo é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
Amigo vai ser, é já uma grande festa!
Alexandre O'Neill
FICA-ME o SORRISO do MINGA ZÉ-INESQUECÍVEL!
> Álvaro os irmãos dele são : o Joaquim que e o mais velho, o Chico, a vina, o André e a Nucha
Quem foi para Timor foi o Joaquim.
(Zé do RATO)
OBS.-Seria útil alguém da família completar este artigo com algumas imagens dos tempos a que me estou a referir, estou receptivo a esta participação para completar este mesmo artigo de tributo à família.
XTRADINHASalvaroramos@esal.edu.pt
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