TER um LUGAR no MUNDO

                                                        

DO

POVO



(TRÊS PONTOS)

  Allesandro Gallo



C.Moylan
TRANSFORMANDO a SOLIDÃO em NARRATIVA,,, da ARTE.
Sobre  a DÚVIDA permanece o MISTÉRIO da OBRA e dos passos de cada um nesta curta VIDA. É SOBRE esta mesma dúvida, que pairam as palavras, este amontoado de palavras. Há umas semanas que dei a primeira pincelada neste ARTIGO, visando falar sobre a essência das PESSOAS e não nas suas OBRAS (...como se isso fosse possível)

Não há diferenças

Não HÁ EXTRACTOS

...quando o momento é a MORTE que os aproxima. Dois deles já se foram e um permanece caminhando, semeando o andar caminhante, com FLORES  "da BONDADE"

Entre BOWIE

AS PALAVRAS e os ACTOS 

Há pouco, e HOJE...SOBRE a necessidade ou a virtude , de se conseguir esconder, e aparecer, quando se tem algo para dizer, alguma coisa de NOVO. De outra forma o melhor é estar calado e escondido...é o caso. 
É no pequeníssimo artigo de Mário Lopes, que encontro a mola impulsionadora  para aglutinar a viragem e dar-lhes SENTIDO-ÀS PALAVRAS.

TAMBÉM estão sós, muitas vezes, as PALAVRAS...
SOBRE BOWIE

"Estão a descobrir coisas que talvez não tenham nada a ver comigo, mas com  a ideia de encontrarem outra personagem dentro de si mesmos"
...
"Eu fico satisfeito, porque é algo que me diz muito. Que uma pessoa não é apenas aquilo que foi condicionada a pensar que é. Há muitas facetas da nossa personalidade que temos dificuldade em encontrar".

COMO!!

Como curiosidade, e  como as PESSOAS, insatisfeitas das ideias, porque elas os povoam como borboletas caídas dos CÉUS da penitência. No LIVRO "SOBRE BOWIE" contam-se muitas pequenas HISTÓRIAS-ACONTECIMENTOS, as que achei mais  "COOL", e que os  enche de satisfação num abanar de cabeça consciente...TÃO SIMPLES a VIDA, se nós quisermos, ou pudermos.

   -"CERTO DIA no início de 2004, uma amiga de SHEFFIELD", vê-se por acaso, a partilhar um táxi em Nova Iorque com David Bowie. Ela não o quer chatear com perguntas de fã e, portanto, passa o tempo da viagem a falar da sua própria vida. David ouve-a e dá-lhe alguns conselhos,despedem-se. As últimas palavras são de BOWIE.

"AGORA, quando fores contar isto aos teus amigos não te esqueças de lhes dizer que eu tinha uns sapatos FABULOSOS".

DAVID,,,viajou para a outra dimensão , um dia destes e não quis festa de PARTIDA, foi anónimo e sem "espalhafatos", nem copo de ÁGUA.

...é de MARCIANO!!O ESPELHO onde se reflecte o TALENTO dos diferentes e IMORTALIZADOS.
 

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 Do POVO

 DARIO FO 

...mestre do RISO e de muita sabedoria, disfarçada na provocação,,, outros mais talentos-o da DISCORDÂNCIA, e não gostar nada de SÍLVIO BERLUSCONI ,  assumi-lo em público, quando este era uma figura destacada e poderosa-é preciso ter "cohones" e uma personalidade de outro mundo, para saber discordar-dito de outra forma- não gostar e dizê-lo.


"Extremamente afortunada”. Era assim que Dario Fo descrevia a sua vida. O actor, dramaturgo, encenador e activista. Quando recebeu o Nobel da Literatura em 1997, telefonou a José Saramago a dizer, talvez como quem pede desculpa, que lhe tinha “roubado” o prémio (os dois eram finalistas nesse ano; Saramago venceria em 1998).

Na sua justificação, a Academia sueca explicou que o distinguia 

“porque, seguindo a tradição dos bobos medievais, ele zomba do poder restituindo a dignidade aos oprimidos".

Durante a guerra, Fo inscreveu-se no exército fascista. Explicou mais tarde que o fez para disfarçar o facto de a sua família colaborar com a resistência. Ele o pai salvaram refugiados, soldados aliados e cientistas, disfarçando-os de camponeses e ajudando-nos a passar para a Suíça. Finda a guerra, Fo retomou os seus estudos na Academia de Brera, em Milão, e estudou arquitectura. Mas teve um colapso nervoso e não concluiu o curso. Em vez disso, dedicou-se à pintura e ao teatro, começando a apresentar monólogos no estilo improvisado a que mais tarde ficaria associado. (expresso)

 
"Eu sou um palhaço que ganhou o Prémio Nobel de Literatura": era assim que Dario Fo gostava de se apresentar, e o fez muitas vezes em entrevistas a jornais. O autor e humorista italiano gostava de brincar com a mais alta distinção literária – que ele recebera em 1997, surpreendendo muitos críticos e desagradando políticos locais – para deixar claro em seguida que os humoristas sempre foram os verdadeiros intelectuais da Itália.

Detenções em pleno palco
Devido às suas ideias artísticas e políticas, ele foi muitas vezes para a cadeia. Em 1973, a sua esposa chegou até mesmo a ser estuprada por uma quadrilha neofascista. Fo teve de enfrentar 47 processos. Diversas prisões aconteceram em pleno palco. Mas o dramaturgo nunca se deixou calar. Pelo contrário. Ele também não poupou o ex-chefe de governo Silvio Berlusconi. Em seu absurdo minidrama L'anomalo bicefalo (O bicéfalo anómalo, em tradução livre), ele fez com que Berlusconi implantasse metade do cérebro de Putin, em 2004. É claro que isso lhe trouxe problemas.

 E já me chega, para entender a sua OBRA digna de outro MARCIANO.
DARIO FO,PRÉMIO NOBEL da LITERATURA-1997. Pedindo desculpa a Saramago, outro candidato da altura.
FO MORREU numa QUINTA-FEIRA, 13 de Outubro, tinha 90 anos. 










 EPÍLOGO

FERNANDES

DON LUÍS



(Colagem do coração da TERRA" Prego..." Prego aos sete ventos, as minhas dúvidas, as dores da caminhada e hoje também os meus MEDOS iguais aos teus."

O CONDOR perdeu as ASAS ...só o coração VOA.

Ninguém tem um tempo para mim,  quando me apetece falar de EMOÇÕES,da vida, das coisas que me preocupam, ou ser palerma aos bocados. 
Ninguém pára e me dá um pedaço do tempo-para me sentar e DIZER coisas sem importância ou confrontar-me verbalmente com as minhas contradições."

http://coraoquesenteacordaterra.blogspot.pt/2016_08_01_archive.html
  

  Sobre um artigo, onde te recordo Maria Luísa, no dia dos 16 anos da tua partida.

 Luís, uma PESSOA, despida, de todas as maletas, "VIRTUOSISMOS", construtores da grande massa de seres humanos, habitantes deste nosso cantinho em AGONIA. 

LUÍS, tal como BOWIE e FO, é humano, faz obra para se ocupar e esquecer. 
Luís e pessoa simples, que se constrói presenteando o próximo (...sem excepção) com o melhor dos sentimentos-BONDADE, sabe ouvir, fala também de solidão enquanto construção. Há muito tempo, e talvez não por ocaso, LUÍS com a sua bandeja, adornada de FLORES; pois, as telas são um pretexto para o conhecimento do outro.

Pode-se falar com LUÍS de tudo, das nossas mágoas e rancores, dos ódios de estimação, da distância e da SAUDADE.  
Dos quadros que estão nas paredes imaculadas...do AMARELO que está a mais. Do borrão, que caiu no lugar menos certo.

E pode também estar (-SE) porque o tempo passa mais 
devagar.

Não é necessário, bússola ou SABEDORIA livresca,,,,!!! estar na moda ou sacar "intelectualisses" de falhado . Basta estar naquele momento, no LUGAR dos peixinhos fritos quentintos, no canto das paredes brancas, onde pairam momentos de diálogo em SOLIDÃO. São os quadros-pinturas, o caminho e a "ARMA que LUÍS, utiliza e nos envolve,,,para uma simples troca de olhares-esperas-silêncios.

São PESSOAS deste calibre, que te substituem aos poucos, e me fazem continuar carregado de opressão da saudade de ti e dos teus lugares, onde cheira a alecrim e manjerona e ao teu ARROZ de AZEITE com FEIJÃO.

As CORES de LUÍS, é o mais aproximado ao teu MUNDO.

...E AO MEU.
...

OBRIGADO  LUÍS FERNANDES, o que nos procura...por AMOR ao melhor do ser HUMANO, os AFECTOS.

Nada nasce por acaso. Quando “invento”  (criar também é inventar, concorda?) as formas que ponho na tela, quando crio aquela cor (...
Se eu já não gostava das manchas amarelas, desde aquele dia passei mesmo a embirrar com elas…), é porque tem mesmo que ser aquela mistura certinha para chegar àquela cor final. “As RUPTURAS não precisam de complicações, elas já lá estão”, disse o Álvaro.  (L.F.28/10/2016)



Tão SIMPLES

(L),O que nos deixa SER...

SEM RUPTURAS nem manchas de AMARELO, que sujam a HARMONIA CONQUISTADA.
E és o M+IS ...VIVO dos 3+1ma.

...