A FRÁGIL LINHA DA EXISTÊNCIA
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1 (UM) TEMPO para a ANA FARAGAITA
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1 (UM) TEMPO para a ANA FARAGAITA
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de BANKSY
de BANKSY
Banksy é um veterano artista de rua britânico, cujos trabalhos em stencil são facilmente encontrados em muros da cidade de Bristol, mas também em Londres e em várias cidades do mundo.
Este artista é como uma SOMBRA, deixa a sua marca e desaparece-ninguém sabe quem ele é, intervindo socialmente com as rápidas incursões replectas de simbolismo e mensagens gráficas em defesa da dignidade humana.
Este foi um dos seus últimos momentos de intervenção URBANA-FALA do SONHO CANCELADO.
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A TURMA do FARAGAITA
É sobre o SONHO que escrevo,procurando entender os limites que nos condicionam os GESTOS. Relembro todos os rostos desta gente-onde pararão? NESTE CONTEXTO da VIDA...HAVERÁ???
ALGUM TEMPO, PRÓPRIO, DEFINIDO para o SONHO?
"ÓLHO" à VOLTA e só vejo FANTASMAS-mensagens diabólicas do compra e deita FORA.
Do culto da beleza e transformação do CORPO-HOJE "sairam-se" com esta:
Do culto da beleza e transformação do CORPO-HOJE "sairam-se" com esta:
Um dos partidos da "REI-NAÇÃO" quer levar uma proposta ao Parlamento para a mudança de sexo aos 16 anos e os jovens (filhos), poderão processar os PAIS se estes não permitirem.
Na realidade esta gente não deverá ter assuntos importantes para debater ou inventar naquele LUGAR do "DEIXA ANDAR e vamos INDO "?
Um pouco menos que 16 anos de IDADE, todo nós os da foto. Qual o poder de decisão? No contexto social que teriam ,,, esta gaiatagem.Mas o que se passa com os adultos que nos dirigem o "BARCO"? Esta gente não terá consciência das parvoíces que defendem.
Catarina "E a sua TRUPE" OBSERVE estes rostos...e interprete os seus SONHOS. Só depois as "contestações" de punho no ar em frente das portas de quem lhes dá de comer.
Catarina "E a sua TRUPE" OBSERVE estes rostos...e interprete os seus SONHOS. Só depois as "contestações" de punho no ar em frente das portas de quem lhes dá de comer.
RECUEMOS no TEMPO-PRECISAMENTE 46 anos-Novembro de 1971, 1º Ano do Curso de Electromecânicos da antiga Escola Industrial e Comercial de ESTREMOZ-Ana Faragaita tinha 4 anos e um rosto redondinho adornado por um permanente sorriso no olhar, sempre que podia passeava a sua franja e os seus olhinhos brilhantes correndo atrás do irmão "JADINHO".
Nós turma dos macacos azuis, gente de todas as latitudes-Estremoz, Glória,Orada, Cano, Borba, Bencatel, vila Viçosa, São Tiago Rio de Moinhos, Nora e do Zarcos. Dirigiamo-nos à grande ESCOLA para lutarmos pelos tais SONHOS da CONSTRUÇÃO do FUTURO.
Nós turma dos macacos azuis, gente de todas as latitudes-Estremoz, Glória,Orada, Cano, Borba, Bencatel, vila Viçosa, São Tiago Rio de Moinhos, Nora e do Zarcos. Dirigiamo-nos à grande ESCOLA para lutarmos pelos tais SONHOS da CONSTRUÇÃO do FUTURO.
Mas que SONHOS?
E em que CONTEXTO?
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ERA uma VEZ!...
ASSIM começavam todas as HISTÓRIAS que se transformavam em DITOS ETERNOS-era uma VEZ um HOMEM. Conheci há uns meses um SENHOR, idoso,,, que me contou a sua HISTÓRIA, Como todos estes gaiatos em tempos distintos , tinha um sonho desde muito pequeno.
Queria ter uma HORTA, uma horta nesse tempo(aquele que ainda está a viver) era uma QUINTA de reduzidas dimensões, cercada por uma rede e com uma cancela. Algumas palmeiras perto da habitação habitadas pela passarada (PARDAIS) ao final da tarde, em estridente algazarra.
Mas a horta que falava, não era uma HORTA qualquer, (...além das PALMEIRAS), além das palmeiras e dos pardais do final da tarde, o ESPAÇO teria muitas sombras de árvores centenárias, boa terra para dar os seus frutos.
E uma fonte com nascente, debaixo da figueira grande a dos figos "CABAÇAIS"
ASSIM começavam todas as HISTÓRIAS que se transformavam em DITOS ETERNOS-era uma VEZ um HOMEM. Conheci há uns meses um SENHOR, idoso,,, que me contou a sua HISTÓRIA, Como todos estes gaiatos em tempos distintos , tinha um sonho desde muito pequeno.
Queria ter uma HORTA, uma horta nesse tempo(aquele que ainda está a viver) era uma QUINTA de reduzidas dimensões, cercada por uma rede e com uma cancela. Algumas palmeiras perto da habitação habitadas pela passarada (PARDAIS) ao final da tarde, em estridente algazarra.
Mas a horta que falava, não era uma HORTA qualquer, (...além das PALMEIRAS), além das palmeiras e dos pardais do final da tarde, o ESPAÇO teria muitas sombras de árvores centenárias, boa terra para dar os seus frutos.
E uma fonte com nascente, debaixo da figueira grande a dos figos "CABAÇAIS"
Perguntei-lhe,,,
-MAS PALMEIRAS PORQUÊ?
-MAS PALMEIRAS PORQUÊ?
...Porque crescem muito e são quase eternas, vão acompanhar gerações dos meus netos e bisnetos e por aí ALÉM. Nunca até aquele dia tinha visto o fim de uma PALMEIRA. Elas crescem e engordam com os anos, cada corte seu ano.
Mas pedir tanta coisa num só SONHO , será possível de satisfazer?
Observem todos estes ROSTOS e encontrarão a resposta-onde pararão eles e os seus DESEJOS - SONHADOS???
Estas FÉRIAS de VERÃO regressei à TABERNA do MANETA onde tinha conhecido o velhote no Verão passado-olhei de soslaio para a mesa do canto, vazia, mas bem composta, esperando por alguém. ONDE está ELE ?!...
-QUEM?!?
-O VELHOTE do bigode à Hitler...
O SENHOR Professor GEMIANO,,, coitado, (deve estar a chegar) continua a viver os tempos da JUVENTUDE, é um antigo Mestre reformado do ENSINO OFICIAL. Uma lenda para os seus antigos alunos.
Vive lá fora do povoado na terra dos GAFANHOTOS?
Sim numa pequena QUINTA... naquela terra gretada que só dá picos. As ÁRVORES de FRUTO morrem velhas ao fim de dois anos e para se tirar alguma coisa da horta é preciso muita ÁGUA, coisa que não existe para aqueles lados. É só grama, estevas e gafanhotos. Tinha lá umas palmeiras, falava delas como de pessoas se tratasse, secaram há uns anos comidas pelo escaravelho.
Continua a SONHAR com a sua HORTA cheia de SOMBRAS, como habitasse numa cidade. O velho PROFESSOR conformado, vive feliz, com o seu sorriso de ADOLESCENTE. Conta histórias inventadas pelos SONHOS de moço novo. Amigos não lhe conheço , só os seus dois velhos cães. Não tem família por perto, ou ficou perdida no tempo. Não é cá da terra-ficou por aqui depois de um casamento com uma senhora há muito desaparecida.
É a Gertrudes do Jerónimo que lhe faz a limpeza e o jantar.
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Deve estar a chegar, a mesa com o almoço espera-o.
É o FREGUÊS mais certo na taberna do MANETA, meu pai. Este contou-me muitas das histórias espalhadas a 4 ventos, Histórias da vida; sobre o velho PROFESSOR, já lhe perdi o conto com o passar dos anos...
Antes de deixar o POVOADO, Joaquim,
o filho do MANETA, levou-me lá ao sítio da
TERRA dos GAFANHOTOS, um espaço mal
tratado, abandonado, ficou-me na RETINA esta PALMEIRA MORIBUNDA, talvez com 40 anos, seca,,, sem o tal crescimento da ETERNIDADE. O SENHOR GEMIANO,
debaixo da sombra do PINHEIRO grande. Não deu
por nós.
-Coitado ! DIZ o meu guia. Felizmente Deus levou-lhe a vista. Nunca soube que as PALMEIRAS SECARAM...
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-Coitado ! DIZ o meu guia. Felizmente Deus levou-lhe a vista. Nunca soube que as PALMEIRAS SECARAM...
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Observaram com atenção cada
rosto, cada gesto dos aspirantes a Electromecânicos...
quem construirá o FUTURO e dará corpo
aos SONHOS. Nós não com
toda a certeza. São as "ARTIMANHAS" do caminho, as trocas e
beldrocas, as curvas, os momentos de distracção.
Desespero não se lê nestes
olhos curiosos de experimentação- lisos e grandiosos. Como "VULCÕES"
prontos a explodirem, (eles) enfrentavam cada dia na soma dos feitos,,,DESTEMIDOS. Tinham muitas
vidas para resolver num espaço de
24 HORAS.
Desejos eram ideias com pouca manobra, ficavam-se então pelos
sonhos com ALTERNATIVAS curtas. Mas seguros de nunca deitarem abaixo os dos
seus progenitores e que tal o RESPEITO? Foi "coisa" usual à mão de
semear, começava pela ESCOLA onde os Professores e as funcionárias
representavam o ponto máximo da sociedade local. Direitos! Não
existiam, deveres todos, vinham desde a nascença e não foi
necessário estudo em CARTILHA.
Vivíamos em
CLÃS TERRITORIAIS, como já escrevi
antes no "REINO de DONA XÊPA",
o FARAGAIATA, gaiato pequenino, redondinho, enérgico. Fazia parte da ilha dos "MONROIS".
Das tardes nas ERVAS da PAULA, não me
recordo quando chegou aosZARCOS, vindo do CACÉM. Da
irmã perdi-lhe o rasto, depois dos tempos que mal andava, ainda. Recordo-a no início dos
anos noventa em frente à Câmara
Municipal da cidade grande. Depois dessa imagem, perdi-a no ESPAÇO-TEMPO
até ao momento que recebi a notícia que
despoletou este artigo.
Não
poderei falar da ANA porque nada sei, duas imagens me
ficaram, a tal miudinha dos olhos pequeninos de há
quarenta e muitos anos. E uma jovem bonita e sorridente em frente à Câmara no Verão de
1990.
Foi uma miúda do nosso GRUPO.
Foi uma miúda do nosso GRUPO.
Ela chamava-se
ANA MARIA CARDOSO CABAÇO
Nasceu no dia 25 Maio de 1967
Foi IRMÃ do
"FARAGAITA"
Felizardo Felismino Cabaço
Cardoso
Aqueles dois momentos que não esqueci, junto este do dia
8 de Setembro de 2017.
Nunca mudamos o mais importante, as características da ESPONTANEIDADE- o SORRISO não se alterou através dos TEMPOS.
O que será feito de todos os SONHOS SONHADOS por aquela GENTE da MECÂNICA, HOJE homens na casa dos sessenta. Terão as suas HORTAS com Palmeiras verdes e pardalada a embalarem-lhe os sonos...
Ou perderam tudo no passar dos dias, até a paciência. Porque a PAZ daquele tempo Mágico-ignorado, essa pertence às mais remotas recordações dos PENSADORES como EU.
“Hoka Hey! ( EM FRENTE!...) Hoje é um bom dia para morrer”.
Hoje é um belo dia para morrer, diz o velho ÍNDIO... quando saciado da VIDA.
“Hoka Hey!
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