LOBOS

Sou, na verdade, o Lobo da Estepe, como me digo tantas vezes – aquele animal extraviado que não encontra abrigo nem na alegria nem alimento num mundo que lhe é estranho e incompreensível

Herman Hesse

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

ENCANTAMENTO



FRIDA
ENCANTAMENTO
LF
E HIPERSENSIBILIDADE.



SÃO ESCRITOS FRAGMENTADOS, NUMA MANHÃ EM QUE A CHUVA MIUDINHA CAI DO CÉU, COMO GOTÍCULAS RISCADAS . OURO!
PRIMAVERA ENVERGONHADA
ENCANTAMENTO
AMOR
...
É ISTO QUE A VIDA NOS DÁ, COMO UMA MONTANHA RUSSA, ENTRE O DESÂNIMO E O DESLUMBRAMENTO- CONSTRUÍMOS O NOSSO CAMINHO. OS TEUS ESCRITOS, REVELAM  DESESPERO...AGITAÇÃO E REVOLTA.
REVOLTADO!
VERDADE! ?
MAS TAMBÉM PAIXÃO, EXISTEM MAIS VEZES, LUZ-CRIATIVIDADE-ENTUSIASMO-GENEROSIDADE-PARTILHA E DESCOBERTA...NUMA INSATISFAÇÃO PLENA DE CONSTRUIR NOVOS MUNDOS E PASSAR PELOS ESPAÇOS DA CHUVA QUE CAI MIUDINHA.
TAMBÉM E QUASE SEMPRE EXISTEM DORES DE PREOCUPAÇÃO PELO PRÓXIMO.
QUE SORTE SERES HIPERSENSÍVEL E POSSUÍRES O DOM DA REINVENÇÃO. TU QUE RENASCES SEMPRE QUE A ÁGUA EXISTE E O SOL ILUMINA O CÉU COBALTO, QUE COBRE A TERRA DE FARTURA E ESPERANÇA.

LF

AO LER SARAMAGO, BRINDO-O COM UM PEQUENO TRECHO SEMPRE ACTUALIZADO-TAMBÉM SARAMAGO SE REVOLTAVA...E CONTINUOU A ESCREVER.

  
"... Os índios de Chiapas não são os únicos humilhados e ofendidos deste mundo: em todas as partes e épocas, com independência de raça, de cor, de costumes, de cultura, de crença religiosa, o ser humano que nos gabamos de ser soube sempre humilhar e ofender aqueles a quem, com triste ironia, continua a chamar seus semelhantes. Inventámos o que não existe na natureza, a crueldade, a tortura, o desprezo. Por um uso perverso da razão vivemos dividindo a humanidade em categorias irredutíveis entre si, os ricos e os pobres, os senhores e os escravos, os poderosos e os débeis, os sábios e os ignorantes, e em cada uma dessas divisões, fizemos divisões novas, de modo..."
É este poder que ALGUNS POUCOS têm de desprezar, humilhar e ofender que leva a que este mundo esteja um CAOS".

SARAMAGO
TÃO PERTO
DE
FRIDA
SERIA UMA ÍNDIA? MISTURADA DE SANGUE ALEMÃO??
BIANCA VALE, ESCREVEU O QUE MUITOS JÁ ESCREVERAM E TENTARAM-FRIDA FOI UMA VIDA-FOI A DOR. O DESENCANTO E A MORTE...ILUSTROU TODAS ELAS. CONGELOU-AS PARA SEMPRE NA SOLIDÃO  PRISIONEIRA DA SUA PINTURA.
FRIDA ENCAIXA COM SARAMAGO NA HIPERSENSIBILIDADE, DE QUEM VIAGEM PELA VIDA EM VELOCIDADE SUPERSÓNICA.
FRIDA ERA TB FLORES. 

FOI UMA FLOR. ACOMPANHADA SEMPRE PELA MORTE




 Muitos artistas deixaram sua marca no mundo das artes pelo trabalho que fizeram, pelos quadros que pintaram, pela música que tocaram ou pelo poema que escreveram. Mas alguns poucos foram além e, mais do que a marca deixada por sua obra, confundem-se com ela e ficam eternizados pela sua própria imagem. São esses que se tornam ícones. E foi esse o destino da mexicana Magdalena Carmen Frieda Kahlo y Calderón, ou simplesmente Frida Kahlo.
Simples é obviamente o adjectivo que menos combina com Frida. Sua complexidade tem origem na sua própria história: nascida em 1907, filha de um alemão e de uma mexicana, contraiu poliomielite aos seis anos, o que lhe deixou como sequela uma lesão no pé direito que lhe rendeu o apelido "Frida pata de palo" (Frida perna de pau). A partir daí começou a usar calças e saias longas estampadas, que vieram a se tornar uma de suas referências pessoais. Esse foi só o primeiro marco de como a construção do ícone Frida Kahlo partiu de sua própria dor. E era também só o primeiro de uma série de acontecimentos dolorosos de sua vida.


Aos 18 anos, Frida sofre um grave acidente: o bonde em que seguia colidiu com um trem, deixando-a meses entre a vida e a morte devido ao pára-choque que atravessou a sua pélvis. Foi durante a recuperação que começou a pintar, usando o material de seu pai, que tinha a pintura como passatempo. O acidente deixou severas marcas a Frida, que teve que viver a partir de então com fortes dores no corpo e coletes ortopédicos.

Porém, talvez nenhum destes dois acontecimentos tenham sido tão intensos na vida da artista como seu relacionamento com o pintor mexicano Diego Rivera. A própria Frida resume bem a relação no seu diário, "Diego, houve dois grandes acidentes na minha vida: o bonde e você. Você sem dúvida foi o pior deles."
A vida do casal foi marcada pela intensidade, tanto na paixão como nas calorosas brigas. Rivera e Kahlo dividiam a militância no partido comunista, o amor pelas artes e uma tendência a relacionamentos extra-conjugais. Frida era bissexual, mas Rivera dizia não se importar com seus casos com outras mulheres; apenas os casos com outros homens o incomodavam... Um dos mais famosos, mas já depois da separação, foi com o revolucionário russo Leon Trótski. 





Mas talvez nenhum dos relacionamentos extra-conjugais de Frida a marcou tanto quanto a descoberta de que Diego tinha um caso com sua irmã Cristina há anos. Rivera teve 6 filhos com Cristina, e Kahlo nunca perdoou a irmã. Após saber desta traição, Frida separa-se de Diego, mas voltam a ficar juntos novamente em 1940, e assim permanecem até 1954, quando Frida é encontrada morta em sua casa devido a uma forte pneumonia. "Espero que minha partida seja feliz, e espero nunca mais regressar - Frida" foi a última frase escrita pela artista em seu diário.
Um ano antes de sua morte, Frida precisou amputar uns dos pés devido à gangrena, "Pés para que os quero, se tenho asas para voar?" escreveu Kahlo em seu diário, em mais uma demonstração de como era capaz de alterar sua própria percepção do sofrimento.
Em seus quadros, essa capacidade de transformar dor em belas imagens fica clara. É o caso de Columna Rota, de 1944, em que Frida se retrata com a coluna mutilada e o corpo coberto de pregos: a sua dor torna-se tão visível que é possível ao admirador senti-la. Em A árvore da esperança, de 1946, Kahlo pinta novamente sua dor, agora acrescida da esperança de um dia ver-se livre do sofrimento que as sequelas causaram, e para isso pinta duas Fridas: a que convalesce no leito e a que segura um colete agora já inútil. Frida pintou-se como duas em outro quadro, As duas Fridas, de 1939. Mostra-se aqui como uma mulher dividida pela dor lacerante do corpo e da instabilidade de seus relacionamentos, e que ao mesmo tempo é intensa, apaixonada e repleta de esperança. Em seu diário ela ainda acrescenta ''Pinto a mim mesmo porque sou sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor.''


COM DALI

 E COM DIEGO RIVERA

Mais de 50 anos após sua morte, Frida Kahlo ainda continua sendo influência para muitos artistas. A personalidade forte que é possível ser notada no modo como se vestia, nas telas que pintava, na intensidade com que vivia e na forma como se comprometia com a cultura de seu país tornaram-na modelo de originalidade. 



A casa em que viveu tornou-se um museu em sua homenagem, a Casa Azul. Sua vida foi retratada em dois filmes: em 1983, em Frida, natureza viva de Paul Leduc, e em 2002 em Frida, de Julie Taymor, onde foi interpretada por Salma Hayek.
Frida Kahlo teve na dor sua matéria; sua vida foi um turbilhão de sentimentos que a artista conseguiu canalizar em um só: paixão. Suas obras irradiam calor e vivacidade, mas não é só pelo seu trabalho que ela ainda encanta. Frida teve uma vida que faria muitas mulheres se vestirem de luto, mas ela preferiu vestir-se de flores.(OBVIUS).


...
FRIDA FOI UMA HIPERSENSÍVEL E UMA REVOLUCIONÁRIA. COM ESTA FORMA DE VIDA, VIVEU NOS LIMITES DA DOR EXISTENCIAL E FÍSICA.





Sentimentos exacerbados, dores amplificadas, mente borbulhante, angústia com o que não lhe diz respeito, intuição aguçada, espontaneidade inocente. Talvez você também seja um hipersensível.
 Mesmo com o passar do tempo, é difícil chegarmos a uma conclusão exacta de quanto da hipersensibilidade é “defeito” (negativo) e do quanto é “qualidade” (positiva). Mas, é o que os adjectiva, os compõe, os impulsiona. É inerente, irretocável e intransferível. Resta-nos aceitá-la.

Indiferenças  entristecem BAStANTE A ESTA RAÇA DE PESSOAS.

Também sÃO intuitivos e, não raro, captam emoções e sensações dos ambientes. SentEM quando não SÃO bem-vindos, quando a situação é forçada, quando a intenção não é tão boa assim.

Um dos pontos negativos, outrossim, é não esquecerEM facilmente as coisas.

 TÊM uma boa memória. LembraM pELO  tempo, TODAS humilhações, desfeitas, indelicadezas, desconsiderações.


SÃO pensadores profundos.
 
 A mente, efectivamente, borbulha (ainda que saibam que isso os consome). Procuram explicações, soluções, inovações. O comportamento humano fascina-OS . A dinâmica da vida – e da morte -, igualmente. Vivem tentando entender o mundo. Buscar o sentido das coisas.



 É trabalhoso. É sofrível. É, muitas vezes, exaustivo. Mas é gostoso. É encantador. Na verdade, essencial. Não saberIAM viver de outra forma, com outra intensidade. O TOM DELES é esTe. A hipersensibilidade. (SUSIANE CANAL) DE UM TEXTO HÁ MUITO ESCRITO E MUITO ACTUAL.

SOBRE A VIDA DA KALLO-SARAMAGO E TANTOS OUTROS QUE CHAFURDAM NESTE MUNDO "ENCANTADO".


Apreciam as subtilezas. Um céu estrelado. Um toque leve na  mão. Um aroma que surge inesperadamente no ar. Um pÔr do sol multicolorido. Um som que toca o  coração. Um poema que parece  traduzir A SUA ASSISTENCIAL. Um olhar que os desnuda. Tudo isso  fascina OS HIPERSENSÍVEIS.


FRIDA A NU!


Espero que a partida seja feliz e espero nunca mais voltar. FRIDA KAHLO

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