CROMOS
BARBARIDADES
BARBARIDADES
VIVÊNCIAS...
ENGOLINDO EM SECO...o tempo
Junto à TORRE de MENAGEM do Castelo de Estremoz.-(Páscoa de 1985)-4 gaiatos de S. Tiago com o meu Júlio.
os ciganos da minha terra
...........
Naquele tempo falavas muito de perfeição,
da prosa dos versos irregulares
onde cantam os sentimentos irregulares.
Envelhecemos todos, tu, eu e a discussão,
agora lês Saramago e coisas assim
e eu já não fico a ouvir-te como antigamente
olhando as tuas pernas que subiam lentamente
até um sítio escuro dentro de mim.
O café agora é um banco, tu professora de liceu;
Bob Dylan encheu-se de dinheiro, o Che morreu.
Agora as tuas pernas são coisas úteis, andantes,
e não caminhos por andar como dantes.
...........
ESPLANADA
Naquele tempo falavas muito de perfeição,
da prosa dos versos irregulares
onde cantam os sentimentos irregulares.
Envelhecemos todos, tu, eu e a discussão,
agora lês Saramago e coisas assim
e eu já não fico a ouvir-te como antigamente
olhando as tuas pernas que subiam lentamente
até um sítio escuro dentro de mim.
O café agora é um banco, tu professora de liceu;
Bob Dylan encheu-se de dinheiro, o Che morreu.
Agora as tuas pernas são coisas úteis, andantes,
e não caminhos por andar como dantes.
Nasceu a 18 Novembro 1943
(Sabugal)
(Sabugal)
Morreu em 19 Outubro 2012
Manuel António Pina foi um jornalista e escritor português, premiado em 2011 com o Prémio Camões.
...
As fotografias e os objectos são matéria
embrulhada por SENSAÇÕES de GRANDEZA.
MEMÓRIAS do TEMPO
UM DIA no ALENTEJO
Cada foto (...e tenho centenas), cada objecto (centenas tenho, cada 1 com a sua história para contar) falam sobre momentos de
um tempo. Recordo muito bem o dia que trouxe o Júlio ao Alentejo sem a mãe
Maria do Carmo.
Estão gravadas na mente as imagens da partida do Campo Pequeno, os conselhos recebidos e um tal M. Luís Goucha que viria a ser celebridade do SÉC.XXI,vendendo banha da cobra.
Passou ao lado do autocarro da Turilis pendurado de uma bigode negro farfalhudo e vestindo uma gabardina tipo inglês que quase lhe tocava nos sapatos. Muito conhecido na época por programas de culinária que debitava no canal (1?) da TV NACIONAL.
Estão gravadas na mente as imagens da partida do Campo Pequeno, os conselhos recebidos e um tal M. Luís Goucha que viria a ser celebridade do SÉC.XXI,vendendo banha da cobra.
Passou ao lado do autocarro da Turilis pendurado de uma bigode negro farfalhudo e vestindo uma gabardina tipo inglês que quase lhe tocava nos sapatos. Muito conhecido na época por programas de culinária que debitava no canal (1?) da TV NACIONAL.
Mas é esta
foto do grupo dos gaiatos, que estrutura a minha reflexão
neste dia 12 de Julho. Quando se levava alguém importante às
terras do Alentejo, o Castelo de Estremoz era sitio de visita obrigatória. O
Júlio somará este mês 37 Julhos, e os gaiatos de Santiago estarão
perto dos 50. Penso que dois deles são ciganos, existe na zona
antiga ou existia nestes tempos uma comunidade de ciganos urbanos. Estes estavam sempre alerta perto da entrada da Pousada, pela chegada
dos TURISTAS, chamados de "ESTRANGêROS". E como nós de
certa forma também éramos visitantes, cravaram-nos (felizmente) esta foto. Júlio o
segundo a contar da esquerda sentindo-se um PRÍNCIPE.
Existia um MUNDO, uma HARMONIA, um DESEJO de "SUPLANTAÇÃO"-tudo
isto existia nestes tempos de oitenta do século vinte.
Hoje pelo contrário são demasiadas as experiências, contactos, comunicação, encontros e reencontros que são só isso.
Não existem palavras ou afectos que perdurem por umas semanas. Tudo acontece como água na concha da mão, diluindo-se pelos espaços entre dedos. Nada perdura, só a consciência da rapidez dos tempos na passagem desenfreada dos dias, das semanas e dos meses.
Ontem estava como tele-espectador a assistir a um programa sobre a HISTÓRIA dos XUTOS...(veiu-me á memória)o tal concerto (primeiro) nas Belas Artes-aqueles gajos magricelas que só faziam barulho com os instrumentos. E as fotografias do Álvaro Rosendo que ia fixando o nascimento dos fenómenos das décadas de oitenta e noventa com a sua inseparável máquina fotográfica.
Fotografia de Álvaro Rosendo-xutos antes de um concerto, Março de 1986
Prefiro duas horas a olhar para o céu estrelado, mas,,,ontem a caminhar para a tarimba, olhei de soslaio para o grande écran e !!!! (entusiasmado fiquei + uma hora) assisti à TERTÚLIA com os XUTOS e os seus admiradores. Vasco Palmeirim nas suas 7 QUINTAS divertia-se à grande. Mostrando MESTRIA no comando dos "HOMENS do LEME".
Hoje pelo contrário são demasiadas as experiências, contactos, comunicação, encontros e reencontros que são só isso.
Não existem palavras ou afectos que perdurem por umas semanas. Tudo acontece como água na concha da mão, diluindo-se pelos espaços entre dedos. Nada perdura, só a consciência da rapidez dos tempos na passagem desenfreada dos dias, das semanas e dos meses.
Ontem estava como tele-espectador a assistir a um programa sobre a HISTÓRIA dos XUTOS...(veiu-me á memória)o tal concerto (primeiro) nas Belas Artes-aqueles gajos magricelas que só faziam barulho com os instrumentos. E as fotografias do Álvaro Rosendo que ia fixando o nascimento dos fenómenos das décadas de oitenta e noventa com a sua inseparável máquina fotográfica.
Fotografia de Álvaro Rosendo-xutos antes de um concerto, Março de 1986
Prefiro duas horas a olhar para o céu estrelado, mas,,,ontem a caminhar para a tarimba, olhei de soslaio para o grande écran e !!!! (entusiasmado fiquei + uma hora) assisti à TERTÚLIA com os XUTOS e os seus admiradores. Vasco Palmeirim nas suas 7 QUINTAS divertia-se à grande. Mostrando MESTRIA no comando dos "HOMENS do LEME".
Atento ao que se passava naquela sala e
sentindo que de certa forma fiz parte daquele espaço, onde emergia
uma nova tribo da cultura, na Lisboa do chiado, do Rossio, das idas ao cinema
e aos restaurantes no passeio dos Restauradores. Para os mais evoluídos,
existia o Frágil, o Trumps, o Zé da Guiné
o Kremlin. Era o mundo por onde a seu de lado caminhava sem ter acesso nem
interesse por ele. Pertencia à grande MULTIDÃO dos cinemas . No Animatógrafo
das FITAS PORNO (uma novidade sensacional), Capitólio,Cinebolso, Olímpia, muito frequentados e com sessões contínuas, tornaram-se moda para solteirões , jovens e casais .
Outros mais sérios... Apolo 70 -Londres- Condes onde fui ver o "URSO" com o Júlio- Monumental-Éden-Quarteto ou Nimas. Muitas viagens e estadias na Gulbenkian e no Centro de Arte Moderna. Lisboa tinha vida para todos os bolsos e todas as mentes.
E o INTERRAIL, viagens para o praíso onde se bebia conhecimento.
Outros mais sérios... Apolo 70 -Londres- Condes onde fui ver o "URSO" com o Júlio- Monumental-Éden-Quarteto ou Nimas. Muitas viagens e estadias na Gulbenkian e no Centro de Arte Moderna. Lisboa tinha vida para todos os bolsos e todas as mentes.
E o INTERRAIL, viagens para o praíso onde se bebia conhecimento.
Perdurava uma sólida vivência
entre estas TRIBOS. Nós procurávamos a notícia,
hoje somos cilindrados por milhares delas que nos destroem a esperança.
5 meses! produtos
e gentes de estatuto
carregados de bolor
679 Eur-Bolsa de couro com bolor de 3 meses
679 EUROS repetir para não esquecermos
5 meses! produtos
e gentes de estatuto
carregados de bolor
679 Eur-Bolsa de couro com bolor de 3 meses
679 EUROS repetir para não esquecermos
Existem hoje dois MUNDOS « o dos
caos e da ameaça da nossa CONTINUIDADE enquanto espécie dominante».
E um outro paralelo, Os macabros negócios do Futebol, dos comentadores milionários reformados da política , da destruição planeada da fauna e flora nacional, poluição dos rios, da ECONOMIA DEPENDENTE dos empréstimos e do turismo de massas . Das CARREIRAS POLÍTICAS e das falcatruas de um PRESENTE sem futuro. Este mais vivo do que nunca.
E um outro paralelo, Os macabros negócios do Futebol, dos comentadores milionários reformados da política , da destruição planeada da fauna e flora nacional, poluição dos rios, da ECONOMIA DEPENDENTE dos empréstimos e do turismo de massas . Das CARREIRAS POLÍTICAS e das falcatruas de um PRESENTE sem futuro. Este mais vivo do que nunca.
Alguns dos XUTOS na António Arroio como estudantes-finais dos anos setenta.
Recuei 40 anos quando trabalhava no bar e refeitório da ESBAL, os rapazitos que sobre um estrado no pátio da cisterna fizeram um dos seus primeiros concertos. Estavam guardados com a sua persistência e talento para grandes feitos (80 ? ou 1981).
Já a absorverem a sensação que tudo passou rápido e não terão muitas mais histórias para contar-faltará pouco a eles e aos "STONES" para darem lugar a outros.
Uma carreira magnifíca, muitos grupos (dezenas) ficaram pelo caminho. Como se chamam ...(?) XUTOS e PONTAPÉS!. AAAAHamm(??) diz lá outra vez. Era desta forma que se assimilava o nome estrambólico , foram os únicos que não se afogaram.
TÁXIS-DELFINS-RÁDIO MACAU_TRABALHADORES DO COMÉRCIO-TROVANTE-GRUPO DE BAILE-MADREDEUS-RÁDIO MACAU E MUITOS MAIS TODOS FICARAM PELO CAMINHO E AQUELE NOME BIZARRO XUTOS,,,ESTÃO AÍ PARA AS CURVAS.
É esta macabra intermitência que faz a história dos HOMENS. Outrora Gaiatos ciganos que em todos os largos das grandes cidades procuravam a gorjeta dos poucos ESTRANGEIROS que afluíam às capitais de distrito ou cidades com alguma história para vender aos curiosos com poder de compra.
HOJE entre MORTES que não passam de números
e percentagens, existe um mundo de rostos na penumbra, gerações de
jovens e menos jovens que se cruzam numa espera difícil e
inglória sobre a desesperança do futuro.
O mundo da cultura e da representação com as suas personagens, caminham para o abismo-safam-se os nomes sonantes.
O mundo da cultura e da representação com as suas personagens, caminham para o abismo-safam-se os nomes sonantes.
XAVIER terá hoje quarenta e poucos anos, é Arquitecto
e enviou-me ontem uma mensagem:
«Mestre Álvaro deslocar-me-ei para a semana como representante da minha firma à zona de castelo branco para colocar uns painéis frigoríficos. Necessito de dois auxiliares para trabalho de 8 horas por dia e em dois dias. Consegue dar-me nota de alguém interessado?» .
«Mestre Álvaro deslocar-me-ei para a semana como representante da minha firma à zona de castelo branco para colocar uns painéis frigoríficos. Necessito de dois auxiliares para trabalho de 8 horas por dia e em dois dias. Consegue dar-me nota de alguém interessado?» .
- Não Xavier, não conheço ninguém de raça branca,
Português que esteja interessado em trabalhar dois dias, e o calor também
não ajuda a motivação desta raça de Lusitanos.
É esta sensação de
CROMO em leitura contínua, que sinto no sofá ,
"serão" entre família no fecho de mais um dia fragmentado por afazeres
meticulosamente organizados.
SOBREVIVENDO
Corte de ERVA, tratamento da horta...ontem novamente a ser brindada por uma chuva de granizo.
Curar as orelhas do "orelhudo" senão é comido pelas moscas. Alimentar dois gatos selvagens (mãe e filho), a raposa, e aos meus PRÍNCIPES mais Dona GALA.
SOBREVIVENDO
Corte de ERVA, tratamento da horta...ontem novamente a ser brindada por uma chuva de granizo.
Curar as orelhas do "orelhudo" senão é comido pelas moscas. Alimentar dois gatos selvagens (mãe e filho), a raposa, e aos meus PRÍNCIPES mais Dona GALA.
Mais um dia GANHO GUILHERME!
Abençoadamente repetem-se os gestos, aprendendo a lição...somos
exactamente iguais nas angústias, nos medos e REPETIÇÕES.
Iguais também aos nossos AVÓS - Bisavós- TRISAVÓS e
tetravós. Só que com mais PENEIRAS que o tempo e a partida , os tiros de PÓLVORA
SECA no ESCURO, nos vão fazendo encostar às BOXES.
OS ANIMAIS NOSSOS IRMÃOS ,
POR ELES MANTENHO-ME SEMPRE ATENTO E SUPORTANDO AS VERGASTADAS DO DESTINO.
I love my dog as much as I love you
But you may fade, my dog will always come through
But you may fade, my dog will always come through
All he asks from me is the food to give him strength
All he ever needs is love and that he knows he'll get
All he ever needs is love and that he knows he'll get
So, I love my dog as much as I love you
But you may fade, my dog will always come through
But you may fade, my dog will always come through
All the pay I need comes a-shinin' through his eyes
I don't need no cold water to make me realize that
I don't need no cold water to make me realize that
I love my dog as much as I love you
But you may fade, my dog will always come through
But you may fade, my dog will always come through
Na, na, na, na, na, na, nana
Na, na, na, na, na, na, nana
Na, na, na, na, na, na, nana
I love my dog as much as I love you
But you may fade, my dog will always come through
But you may fade, my dog will always come through
Na, na, na, na, na, na, nana
Na, na, na, na, na, na, nana
Na, na, na, na, na, na, nana
I love my dog, baby, I love my dog
Na, na, na, na, na, na, na, na, na, na
I said, I love my dog, baby, I love my dog
Baby, I love my dog
Na, na, na, na, na, na, na, na, na, na
I said, I love my dog, baby, I love my dog
Baby, I love my dog
Amo meu cachorro tanto quanto amo você
Mas você pode desaparecer, meu cachorro sempre ficará
Tudo o que ele pede de mim é a comida para lhe dar força
Tudo o que ele precisa é de amor e que ele sabe que vai conseguir
Então, eu amo meu cachorro tanto quanto eu amo você...
Mas você pode desaparecer, meu cachorro sempre ficará
Tudo o que ele pede de mim é a comida para lhe dar força
Tudo o que ele precisa é de amor e que ele sabe que vai conseguir
Então, eu amo meu cachorro tanto quanto eu amo você...
Cat Stevens, encontrou
atado a uma árvore (abandonado) o seu futuro amigo peludo e amou-o para sempre.
São os animais que me preocupam , os animais e os jovens, as novas gerações de futuro incerto.
Caçadores furtivos abateram a última girafa branca fêmea e a sua cria
Estas mortes deixam apenas uma única girafa branca viva, um macho, também filho da girafa abatida.
https://nit.pt/fora-de-casa/viagens/ultima-girafa-branca-femea-foi-abatida-por-cacadores-furtivos
Esta chama ardente da DEMOCRACIA.
A PANDEMIA AUMENTOU nos HUMANOS, todas as características demoníacas.
Três mil milhões de animais mortos ou deslocados pelos fogos na Austrália
Quase três mil milhões de animais foram mortos ou deslocados pelos incêndios florestais que assolaram a Austrália em 2019 e 2020, segundo um estudo hoje divulgado, que fala numa das "piores catástrofes" para a fauna na história moderna.
Esta chama ardente da DEMOCRACIA.
Pinto da Costa celebra título do Porto e diz que para ter adeptos no estádio até “organizamos uma Tourada, mandamos vir os touros lá de baixo”
LIXO MEDIÁTICo
Chegou JESUS, o SALVADOR.
Os atentados, a destruição de valores continuam em todo o nosso respirar, segundo a segundo. Tempo a tempo mergulhados na escória social caminhamos para a demência e o consequente vazio. Estas barbaridades são a antítese da realidade. Esta gente e quem os publicita, quem lhes paga quantias astronómicas, (...a par do vírus que mudou a vida dos outros milhões),tornaram-se uma praga preocupante neste Portugal ameaçado pela miséria que há-de vir.
Existe uma desorientação generalizada nos meios de comunicação. Perdeu-se a sensatez e quase como o último folgo, vale tudo para entreter as famílias e relançar o consumismo feroz e destrutivo.
Os cães que arderam
Os gatos que arderam
...os cães e os gatos que continuam abandonados aos milhares nas ruas de um país pequenino, governado por grandes senhores com sorrisos e egos desmesurados. Que legislam e não põe em prática as leis que mandam cá para fora. Animais carbonizados no norte, outros milhares permanecem esperando mal alimentados e presos em muitos canis de Portugal.
Quem abandona um animal de companhia merece um pesadelo para toda a sua vida.
Quem legisla, neste caso sobre o célebre "chip" nos animais e não pune o abandono merece simplesmente ser enjaulado numa cela de um qualquer canil. Experimentando o isolamento e abandona destes seres inteligentes.
A PANDEMIA AUMENTOU nos HUMANOS, todas as características demoníacas.
Esta chama ardente de
DEMOCRACIA, apagada.
São os animais que me preocupam , os animais e os jovens, as novas gerações de futuro incerto.
também as famílias e a multidão dos precários que pelo túnel do tempo não vislumbram qualquer sentido, nem saída.
são todos os animais abandonados e os que ainda resistem nos campos. são eles que preocupam a minha existência.os dias repetidos mas abençoados. dias mergulhados de utilidade.E suficiente segurança material.
os ciganos da minha terra, esses são iguais a nós...obrigados a sobreviverem.
os ciganos da minha terra, esses são iguais a nós...obrigados a sobreviverem.
Pandemia já infectou mais de 13 milhões de pessoas no mundo
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