À BEIRA do COLAPSO
OCEANOS
Relatório do grupo ambientalista WWF aponta que a quantidade de peixes
nos oceanos caiu pela metade desde 1970; redução teria sido causada pela
pesca excessiva e outras ameaças, que deixa o volume de peixes "à beira
do colapso”; "Há uma diminuição enorme de espécies que são essenciais,
tanto para o ecossistema dos oceanos quanto para a segurança alimentar
de biliões de pessoas".
O aumento da temperatura dos oceanos e a poluição marítima exigem intervenção urgente dos governos para proteger o alto mar, sujeito a mudanças cada vez mais rápidas e imprevisíveis, alertaram hoje cientistas da Universidade de Oxford.
Por exemplo, na baía de Bengala, o resultado de alterações climáticas
e de descargas de fertilizantes agrícolas estão a acabar com o oxigénio
na água, o que terá um impacto mundial e provoca perturbações nos
ecossistemas dos quais as populações dependem para pescar.
O
aumento de temperatura provocado pela actividade humana é um problema
global que significa que o mar fica mais ácido porque absorve dióxido de
carbono, além de levar ao aumento de bactérias responsáveis por doenças
como a cólera, gastroenterite ou septicémia.
"As mudanças climáticas afectam todos os aspectos do oceano, incluindo temperatura, circulação e nutrientes", lê-se no relatório.
A
coordenadora da Aliança do Alto Mar, Peggy Kalas, afirmou que "os
impactos da actividade humana estão a sentir-se nos oceanos, não apenas
em cada Zona Económica Exclusiva."
"Precisamos urgentemente de
estruturas de governo para gerir o alto mar e aplicar o princípio de
garantir a sustentabilidade da atividade humana", defendeu.
Na
terça-feira, reuniu-se nas Nações Unidas um comité preparatório para
tentar chegar a uma conferência entre governos de onde saia um novo
tratado internacional para proteger os oceanos.
A conseguir-se,
seria o primeiro tratado dedicado à protecção da vida marinha no mar
alto, que cobre quase metade da superfície do planeta, sem jurisdições
nacionais.
O impacto da quantidade cada vez maior de lixo plástico
nos mares ainda está por avaliar completamente, mas não restam dúvidas
aos cientistas de que é inevitável.
Ao fim de décadas, sentem-se
também os impactos da extracção de minerais, o que salienta a necessidade
de se estudar antecipadamente onde se vai perfurar.
A maior barreira de corais do planeta vive uma crise ambiental sem precedentes. Relatório recente mostra que a Grande Barreira de Corais Australiana já perdeu mais da metade de sua cobertura (50,7%) nos últimos 27 anos.
E, se nada for feito na próxima década, podem restar apenas 5% da formação no ano de 2022, diz o documento do Instituto Australiano de Ciência Marinha, que sintetizou mais de 2 mil trabalhos científicos sobre o assunto. Estendendo-se por mais de 2.000 quilômetros ao longo da costa do estado de Queensland, a Grande Barreira de Corais é composta por quase três mil pequenos recifes e mais de 900 ilhas no oceano Pacífico. Atualmente, é lar de 400 espécies de corais, 1.500 espécies de peixes, 4.000 espécies de moluscos eanimais em risco de extinção, como o peixe-boi e a tartaruga verde.
Green farm
(Mundo ao minuto)
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