LOBOS

Sou, na verdade, o Lobo da Estepe, como me digo tantas vezes – aquele animal extraviado que não encontra abrigo nem na alegria nem alimento num mundo que lhe é estranho e incompreensível

Herman Hesse

sábado, 27 de março de 2010

E.I.C.E-Vai ser sempre a minha Escola...a minha QUERIDA ESCOLA...


A ESCOLA


O Lugar

Notícias  do BRANDÃO LOPES

(por António Fidalgo)
--
AQUI ESTÃO OS FINALISTAS DE 1969 DE ELETROMECÂNICOS COM O PROFESSOR BRANDÃO LOPES.
Era um dos professores que nos calhou a dar aulas, ás disciplinas de Desenho Esquemático e Desenho de Máquinas. Este Senhor era natural de Braga. Era descendente de famílias com algum poder económico, Ele e o irmão, ambos Engenheiros, por sinal não deixaram descendentes, certamente aqui com os seus cinquenta e dois anos era um Senhor simpático e com imensas histórias de vida pois andou por Moçambique onde foi responsável por um serviço de central hidroelectrico. Claro que quando soube que eu estava mobilizado para Moçambique, muitas vezes falou comigo, o que era viver por lá, abordava com muita naturalidade temas como a alimentação, que por lá se praticava, bem como a vida de namoros que lá teve. Dizia o Senhor, que vivendo num clima quente era normal encontros amorosos, com imensa facilidade. Agora vejam o que passava pela cabeça de um jovem, que vivia numa cidade do interior, onde havia jovem giras, mas sendo uma cidade respeitadora que defendia determinados valores, de modo que por aqui não havia grandes venturas amorosas. Embora um ó outro aluno fosse mais aventureiro e namorasse com alguma facilidade. Alguns confirmaram o namoro, contraindo matrimónio. Nesta época era expressamente proibido a qualquer aluno fumar dentro das instalações escolares. Nestes anos apareceu, a moda da mini saia, claro que as jovens gostavam da moda, mas a Bata branca que todas tinham de usar estava normalizada, não permitia tais devaneios. Algumas tentavam tornear a norma, mas as contínuas corriam logo a repreende-las. Quando tínhamos aulas, estas duravam duas horas, o professor Brandão Lopes, saía da sala para fumar o seu cigarro, no corredor junto à sala de desenho, pois os alunos não podiam ter maus exemplos, em matéria de fumar. O Senhor depois de fumar o seu cigarro, com um passo cadenciado fazia algum barulho, nos ladrilhos do corredor, quase como se fosse militar, numa parada em desfile. De seguida ia observar os desenhos, que estávamos a fazer, se os mesmos estivessem dentro dos parâmetros determinados, dizia continua que está a ficar bom, mas se não estava como gostava, pegava na sua lapiseira, traçava o desenho em cruz, e mandava fazer de novo o trabalho. Quando por qualquer motivo, já tinha amizade com o aluno, e este não conrespondia ás suas espectativas, metia as mãos por baixo da folha A4, gritava isto está uma droga, e rasgava o desenho, usava uma carteira, de bolso pequena, com moedas, dava um escudo ao aluno, para este ir comprar outra folha, há cantina. No fim da Aula fazia a chamada á turma, e de seguida o sumário. Certo dia ao fazer a chamada, que começava António Boto Lima presente, António Fidalgo pronto Cabeça dos reia presunto, fica irritado e grita vai comê-lo com batatas lá para fora. Gritava, adoro marcar estas faltas, o aluno trabalhou as duas horas, e leva com uma falta pela espinha. Havia um outro aluno que foi para bombeiro o Senhor Ourelo, este colega manifestou junto do Engenheiro Brandão Lopes, que certamente teria de se ausentar das aulas, quando ocorresse algum problema, de convocatória dos bombeiros o Senhor Engenheiro diz ao amigo Ourelo, que o regulamento escolar não permitia a sua ausência das aulas, por esse motivo, mas talvez condescendesse alguma vez. As aulas passavam-se no 2º piso, eis que em determinado dia toca a sirene dos Bombeiros O Engenheiro Brandão Lopes grita Aurélio sai já pela janela, claro que nos partimos a rir, e o pobre do Ourelo sem saber o que fazer. Por vezes era uma aventura, ter aulas com este professor, marcou-nos a todos. assim que os antigos alunos falam no nome DELE, ainda hoje todos desatam a contar histórias DELE infelizmente já não está junto de nós deixou-nos há muitos anos que descanse em PAZ.



Longe deste lugar existe um outro.
Misturam-se as distâncias e os tempos relativos.
Que pode o pensamento reflectir para além de pigmentos e formas ?
Números e direcções ligam uma vida, as coordenadas históricas são grelhas onde nos perdemos e reencontramos.
Estamos sempre lá, escondidos no espelho, ampliados pela vida, atravessados pelo fio de um corpo.
As histórias de que somos feitos esperam por nós ao longo de todo o dia.
Naturalmente...nos encontraremos.
METAMORFOSES da ALMA
Esta é a ESCOLA...o LUGAR na ponta do dedo, é o EDIFÍCIO...são as PESSOAS. É um TODO Pluralista onde cabem todas as GERAÇÕES.
ESTE É o nosso LUGAR, serve-te e PARTICIPA!!
BEM-VINDOS ao SONHO


Desporto e Paixão misturados
Belica,Felismina, Palmira, Mila, Maria José Alexandre, Filomena, Albertina, Melrinho, Cremilde


Uma foto Fantástica que ilustra a organização que envolvia o DESPORTO
na EICE (Foto cedida pela Felismina Xarepe)


Emblema pertencente a GRACIETE PEDROSO




Em memória do Engenheiro Brandão Lopes, Professor Peres, João Barbas, Mimi Leal, Maria Gonçalves Ramalho, Mestre Coelho e do Padre Martins. Dos meus colegas Alexandre Cavaco Santos e Espadanal Pinto



Alexandre Marçal Cavaco Santos
25/03/1958 - 15/10/2000



José António Espadanal Pinto
13/05/1957 - 01/06/2008

 


 
(Autoria da foto-Cristina Mestre) 


...vamos lá acrescentar muitos pontos ao CONTO.
História da E.I.C.E.
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A escola Secundária de Estremoz teve o seu nascimento corria o ano de 1924, adoptando o nome de: Escola de Artes e Ofícios de Estremoz. Localizada no primeiro andar do edifício onde se encontra actualmente o Museu Municipal Prof. Joaquim Vermelho. Os seus professores à altura, exerciam gratuitamente.
Nos anos trinta adquiriu o estatuto de Escola Industrial e mudou de instalações para a Rua da Pena, onde se situa hoje em dia o Centro Paroquial de Santa Maria, sendo atribuído como designação à escola o nome de: Escola Industrial António Augusto Gonçalves.
Nos finais dos anos quarenta início dos anos 50, eis que se muda de novo para o largo do castelo, agora para a antiga sala de armas de D. João V, ai ficando até 1964 tendo nesta altura cerca de 500 alunos.
O actual edifício foi inaugurado no dia 13 de Abril de 1964, embora estivesse concluído desde 1962, adoptou o nome de Escola Industrial e Comercial de Estremoz.
Com os anos setenta muda de nome para Escola Secundária de Estremoz, após a anexação da Secção Liceal de Estremoz do Liceu Nacional de Évora.

Em 1987 volta a mudar de nome para o que hoje ostenta e passa a chamar-se Escola Secundária Rainha Santa Isabel. (este texto foi baseado na história da escola)
(Documento do Blogue-Estremoz em debate)

Estremoz 1969-1975 

 
O Ramos doZARCOS


...como curiosidade de arranque, este foi um tempo de inocência, felicidade e PAIXÃO por pequenos prazeres. 
Esta blusa amarela e verde"viveu" no meu corpo 9 anos, e terminou na pessoa  minha mãe 10 longos anos depois, foi acrescentada, passajada até cair aos bocados...amávamos esta blusa como se ama um tesouro do coração... 9+10=19. Faz-me rir pensar que hoje temos tudo aos montes e só oiço falar em crise...desconfio que andamos há muito enganados pelo "SISTEMA"sem rosto, que nos tritura a massa cinzenta.


(Autoria da foto-Cristina Mestre)

                                                                 O Aluno 105-Turma E
...Naquele tempo o referente-Escola foi"MODELADO" pelo número que cada um de nós tinha na turma, como bons Alentejanos...  baptizados com alcunhas na inserção na grande sub-tribo da turma, recordo que,,, ainda hoje, quando vejo o "109"mais precisamente o Celestino José Morgado da Silva. De  imediato esboço nos lábios  o eterno "109" ou alterado pelos tempos "69". O ferro"Coxo" foi o 125 e ainda hoje responde por "Bintxinco", apetece sorrir, quando recordo a importância que os números tinham na hierarquia social daqueles tempos. Mas de que pessoas estou a falar?! - Quem foram esses miúdos que aspirações (??) e que imaginário envolviam estes seres inocentes nascidos em cinquenta e sessenta. O que queríamos realmente da vida?!
-Primeiro, crescer. Ser (...mos) grandes como os "Grandes" (...estes os de vinte e poucos anos), a referência que tínhamos na mira,   até aqui nada de novo em relação às gerações de hoje.
Em segundo lugar, queríamos ser aceites nos grupos dos mais velhos, onde teríamos que passar por patamares  para usufruirmos deste estatuto. 
Queríamos ser notados e saber das suas histórias, participar nas suas" movimentações", o que era muito difícil . Estas as sensações que nos ocupavam a mente para além de muitas brincadeiras e datas do calendário que tínhamos com espaço-tempo Sagradas.
Deixar a Escola primária e partir para novos horizontes seria a grande aventura de quem vivia nas terras em redor da grande cidade-Estremoz  a grande "CIDADE" vila, naquele tempo, tão grande e importante como o centro de um "Alvo" todas as terras em redor direccionavam os seus jovens para a vila com o castelo. Vila viçosa, Borba, Sousel, Arcos, Glória, Santiago Rio de Moinhos, Nora, Cano, São bento do Cortiço, Santa Vitória do Ameixial, São bento do Ameixial, Évoramonte, S,Domingos, Orada e Vimieiro (...recordo os irmãos Donzílio e Virgílio grandes jogadores de futebol) etc. etc. Todos os jovens estudavam na E.I.C.E.
É importante deixar claro que nós fomos a geração de ruptura com o passado-pobre de cultura e ensino.Os primeiros privilegiados a ter acesso em massa ao ensino e à Escola, organizada e estruturada pelo rigor e a qualidade. As gerações anteriores não tiveram esse privilégio, foi uma minoria que seguiu para o Ensino secundário nestas "bandas" do Alentejo. Consigo visualizar na mente quatro ou cinco personagens da minha terra que estudaram para além da primária.
De Arcos cabem-me em duas mãos e sei o nome de alguns apesar de serem gerações anteriores à minha: Os filhos do Pisca, o José Joaquim Bravo (filho do Rato), as filhas do Aníbal, a Clarinha do Bótalume, a Fátima do João Pécuxinho, a filha do Mestre Lúcio, a Hilária filha do Arrobas e a Marinácia filha do Pecuré. Mas penso que estas personagens estudaram em outro local, a E.I.C.E. ainda não estava construída. Tenho também que fazer referência ao Manguinhas, este levado para o seminário por algum Padre, era considerado uma pessoa muito inteligente. Tudo o resto era "PAISAGEM". Poder-se-ia pensar que seriam filhos de gente rica... nada disto!!Não existiam ricos nos Arcos, não havia ricos como há agora na política e na classe gestora dominante.  FAMÍLIAS trabalhadoras e mais abastadas, mais esclarecidas(... e também respeitadas por todos nós).


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No artigo E.I.C.E.
Quando te referes às gerações anteriores à tua e de acordo com o que me lembro, o Zé Amaro e o Zé Maideia foram os primeiros. O Zé Amaro chegou a médico e o Zé Maideia ficou pelo caminho - não chegou a engenheiro como ele queria, a doença que o foi minando e a incapacidade de o tratarem levou-o aquilo que hoje vemos. Depois vêm os que tu mencionas a acrescentar a Bia do Silvério. A seguir venho eu, a Mariana Hilária, A Paulina do Mélguinhas, a Antónia Baineta, A Madalena Borralho, filha do Sr.Viriato, a Adilia, a Rosária e o Leca do Parente o Armindo e o Germano. Esta geração a que pertenço fez o ciclo preparatório no Castelo e o resto na Escola Nova.
A minha prima já fez o curso como adulta e à noite. O meu tio tinha uma mentalidade muito mais fechada. Chegou a criticar o meu pai pelo facto de ele me mandar estudar.
Só tu para me fazeres tirar do baú estas recordações!
(Fátima Borralho)

Todos os outros jovens "Viajaram" para o Barreiro CUF, Lisnave, Setenave ou para o mundo da Hotelaria que começava a dar os primeiros passos. Muitos ficaram pela terra.
A minha geração inaugurou um tempo resplendoroso, cheio de horizontes e de sonhos possíveis.



A ESCOLA GRANDE
Lembro-me com precisão da Escola, o primeiro dia e todos os que se seguiram. Quando lá entrei tinha poucos anos. Cheirava a novo como se diz agora, desafiava-nos a descobrir os múltiplos espaços e um sem número de sensações que eles emanavam. Assim como a Vila de Estremoz.
Quais OS SONHOS , DESEJOS E AMBIÇÕES  mais marcantes no imaginário destas inocentes crianças?!
Naturalmente e com toda a certeza :- A primeira,,E grande RESPONSABILIDADE com que nos deparávamos fora das "Saias" das nossas Mães - OBRIGAÇÃO de enfrentarmos o novo DESAFIO. 
-E não FALHARMOS.


Sentíamos o peso DA CONFIANÇA QUE OS PAIS E A POPULAÇÃO, DEPOSITAVAM EM NÓS-  pais e a própria comunidade ESTAVAM SEMPRE PRESENTES NA NOSSA NOVA REALIDADE. 
Era tudo novo até mesmo para a nossa família, tudo funcionava por conselhos e experiências vividas pelos mais velhos. Um desafio fantástico.
Entrar para a Escola GRANDE, tinha regras e rituais. Havia hierarquias e figurões que se destacavam para além das normas oficiais.

 LENDAS (3)

 


 Chefe dos funcionários João Modas

PÊRA de BORBA

Saramago

 

 
Alunos "os GRANDES", lembro-me dos nomes e do seu poder. Saramago, Pêra de Borba, O caracol também de Borba, o Pazadas de Bencatel, o Valente do Cano, lembro-me também das "imagens" do Rui Barradas e do Grave Costa sempre com os macacos azuis vestidos e os seus longos cabelos sobre as costas e outros mais. Eram grandes no tamanho e poderosos, temidos e admirados pela gaiatagem. A primeira prova de fogo FOI o primeiro dia de aulas e o Ritual, a" humilhação" da COROA no alto da cabeça. Este "Baptismo", fatalmente aceite por todos e não havia forma de o evitar.


...se resistires, eles fazem-te uma coroa enorme...
...se a fizeres em casa eles vão saber e sofrerás as consequências...
Naturalmente lá estavam eles de plantão no PRIMEIRO DE OUTUBRO, com as tesouras estrategicamente encobertas pelas pernas...nós, os pequenos," dirigíamo-nos" ao corte fatal sem queixumes e até com uma dose de orgulho.
Fui um privilegiado nessa longínqua entrada no Ciclo Preparatório. O meu primo Ramos tratou de me encontrar um protector, logo o mais poderoso de todos eles:-O Saramago...
Foi uma entrada em grande, divinal, o medo serenou. Agora chamam BULLYING e parece que é uma fatalidade...naquele tempo existia e servia de organização dentro da tribo escolar, todos sabiam as regras que tinham que seguir e não transpiravam  para os órgãos de gestão. Mais tarde SENTIMOS ORGULHO, porque sabíamos que participámos em algo importante. Irrepetível.




Quando pela primeira vez entrei no edifício, fiquei deslumbrado com o hall da entrada-decorado com um enorme painel de azulejos (nunca tinha visto nenhum) de qualidade superior. Do lado esquerdo estava o gabinete do Director, o qual nenhum de nós queria visitar. Seguindo em frente e do lado esquerdo ficava o enorme vestiário dos números em chapinha de cobre. Era ÓPTIMO para nós, miúdos de fora. No lado direito, à esquina do corredor, o BAR dos alunos, também um local importante e novo para nós.
No segundo "HALL", logo a seguir ao Bar, existia uma estrutura com prateleiras (ARMÁRIO)...este local era carregado de um simbolismo extremo, o sítio dos troféus ganhos pela Escola em provas desportivas, decorado por fotografias das equipas ganhadoras (Qualquer coisa parecida mas com uma dimensão menor, aquela que aparece no inicio do filme, O Clube dos Poetas Mortos). O Desporto Escolar estava vivo e aquela era a prova que nos saltava aos olhos. Assisti, anos depois, à barbaridade da destruição desses símbolos. Os troféus acabaram espezinhados e enfiados em sacos acabando os seus dias numa arrecadação do lado direito no Ginásio grande. Consegui salvar três taças que guardo com carinho em minha casa.
...estas são as benditas taças que salvei do vandalismo.



Mas a minha viagem continuou no deslumbramento das casas de banho, nos campos de jogos, nos Pátios e alpendres, nas salas de Desenho e Oficinas equipadas a rigor. Tudo ME PARECIA enorme e de uma beleza nunca vista.


De pé-Ramos com a dita blusa-Rosado-Ângelo-Coutinho-Bacalhau-Ramalho-Pires-Cóias-Serrano-Aldeagas-Serrano2-Grilo-Pinto e Neves.
Em baixo-Ameixa-Marcolino-Pazadas-Cagaita-Papança-Felício-Faragaita-Ratinho-Cavaco-Daniel-Ralheta-Espada-Vivas e Coelho
(Último dia de aulas do 2ºPeriodo-Aula de Inglês-1971)
 
Os banhos nos balneários do ginásio (...ninguém da minha geração tinha tomado banho de Chuveiro...Ha...Ha!!!). TORNARAM-SE banhos obrigatórios estivesse frio ou calor. Lembro-me de uma situação que não posso deixar de dar o destaque  e aqui entra a figura mais importante na minha vida depois de meus Pais- o Professor Barbas...a ele devo muito do que sou hoje, como pessoa e como Professor. A ele e à sua espontaneidade, devo, ter escolhido esta profissão (Também a outros que não me esquecerei de citar mais à frente , A GRATIDÃO...igualmente um agradecimento eterno).
Hoje 1 de Junho de 2010, tive uma ÓPTIMA SURPRESA, a Fátima Borralho dos Arcos, tirou vários "coelhos da cartola" eis a magia das personagens, para nosso contentamento e, também para completar o "CASTELO ENCANTADO", com mais estas pedras PRECIOSAS.
Eis o Grande Professor Barbas com uma equipa de Voleibol feminino onde se destaca a Fátima Borralho (segunda em baixo).




(Equipa de voleibol -foi tirada no Colégio das Doroteias em Évora por ocasião de um torneio regional. Infelizmente já não me recordo de alguns nomes;
Na outra fotografia consigo identificá-los todos e já percebi que alguns deles também foram teus professores.)
princípio dos anos 60

Em cima(Esq. Dta.)Dr. Dinis Pacheco,Dr.Peres, Dr. Augusto Gamboa (Director), Conceição Palhais (aluna), D. Romana, D. Joana e Dona Maria Gonçalves Ramalho.
Baixo, Dr. Simões, Dr. Osório de Barros e Professor Neri.



No momento dos banhos  a brincadeira cerrada, as partidas com água fria deitada sobre a divisória do vizinho. SAGRADO E obrigatório o Banho, mas o Cesário Boto Martins da Nora conseguiu furtar-se a esse Ritual por muitas e longas semanas. Ninguém soube quem informou o GRANDE BARBAS de tal "Crime". Mas nesse fim de aula, quando estávamos todos cantarolando, gritando debaixo dos chuveiros, isto em Novembro de 1970, o dia não consigo especificar, surge, no meio da "Neblina" provocada pelo vapor da Água a ferver,.Don.Se...bastião
Barbas, o "GRANDE" com o Cesário preso pelo pescoço...enfiaram-se os dois vestidos debaixo do chuveiro, tomando então o Cesário o primeiro banho de chuveiro da sua vida. A partir daqui, o Cesário Boto Martins tomou a alcunha honrosa de "CAGÃO"



 

(João Barbas, Irene Barbas, muitos estarão recordados destes dois nomes, professores da Escola Industrial e Comercial de Estremoz, na disciplina de Educação Física. Quando da inauguração desta escola, tiveram a honra de ser os primeiros a utilizar um espaço completamente novo, com janelas amplas (na altura não eram perigosas), espaldares, cordas, redes de Voleibol e Badminton, tabelas de Basquetebol em madeira, pulimetros e respectivos acessórios em madeira, estava-me a esquecer existia um ginásio para rapazes e outro para raparigas, este, de menores dimensões e balneários. À época, serviam principalmente para criar hábitos de higiene pessoal, para "uma vida sã, em corpo são" penso que era o que estava escrito no acesso ao ginásio maior. Estes balneários, obrigavam a que os alunos pelo menos duas vezes por semana, tomassem o seu duche, poucos alunos tinham em casa chuveiros, ao contrario de hoje em dia. Tendência esta, que só se deu depois do 25 de Abril, com a feitura de muitas casas de banho no exterior de montes e residências).

OBS.Este pequeno trecho de um artigo sobre as Actividades Desportivas da E.I.C.E. que tirei do Blogue "Estremoz em Debate", não resisti a anexar ao que escrevi, veio na realidade no momento certo acrescentar algo de positivo. São dois pontos de vista de pessoas que viveram o mesmo tempo e recordam estes dois grandes vultos da nossa Escola. O Professor Barbas "maltratado" nos últimos anos do seu "reinado" por algumas pessoas que tinham o poder na Escola Secundária Rainha Santa Isabel. Não sei, na realidade o que aconteceu, mas penso que uma figura COMO ELE QUE NUNCA FUGIU ao diálogo e merecia mais respeito na fase problemática do fiNAL da sua vida. "O HOMEM é Sempre um LOBO para o HOMEM" Horácio-Poeta Latino, SécI




FOTO TIRADA PELO DR. PERES, NA QUINTA DE D. MARIA, DURANTE UMA AULA DE CIÊNCIAS. Alunos do 1.º Ano do Curso Geral de Electricidade, ano Lectivo 1973/74. — com Marangas, Pardal Nunes, Caixote, Mariano Buinho ( falecido), Fernando Banha /Falecido), Gilberto Becau, Zé espanhol, correia, ze catela, festas, Catita, Patricio, Valdemar, Coimbra, Paulo Borda d' água, Sadio e Zé Redondo.

Fonte-Face Book dos Antigos alunos.

Quinta de D. Maria onde habitualmente íamos em visita de Estudo e de trabalho
nas várias disciplinas. Era sempre um passeio repleto de boas sensações.
Lembro muito bem o jardim com o seu lago e a Escultura de Neptuno se não estou em erro.


... Homo homini lupusA autoridade do meu QUERIDO Professor também ficou perpetuada no meu rosto com um estalo que levei depois de pontapear uma bola de voleibol. Obrigado Professor, aprendi a lição.

UMA AULA

 



(FOTO NOSTALGIA-BRADOS DO ALENTEJO/10 DE MAIO 2018) 

 

PROFESSOR-MESTRE ROSA

AMÁVEL GAVIÃO,VULTOS, (?), JOSÉ LUÍS, GUERLIXA, SARAMAGO,  E GEADAS.

UMA EXPOSIÇÃO FINAL DE TRABALHOS

O SARAMAGO-O MEU GUARDA-COSTAS




A CANTINA (...agora refeitório), seria sem dúvida, outros dos locais, de culto e de "socialização"da tribo escolar. Longas filas todos os dias simbolizavam o prazer enorme de comer na cantina, "-temos segundo prato!", esta seria a resposta de qualquer jovem da minha geração, à pergunta, -porque gostas de comer na cantina?!

Estavam lá as nossas segundas MÃES. Fomos sempre tratados com amor pelas cozinheiras. As mesas eram de quatro lugares, a sopa  servida em terrinas de alumínio e o "BELO" segundo prato em travessas brancas. Neste  local, poderíamos olhar as raparigas de um ângulo mais descontraído. Elas comiam pouco e deixavam os restos nas travessas, as quais ia-mos buscar para as nossas mesas. Nas quintas-feiras, arroz com polvo ; nas terças, feijoada. Nestes dias tínhamos orgulho no monte de travessas brancas (quatro e cinco) que em sobreposição, decoravam o centro das  mesas da rapaziada. Em nossas casas só nos Domingos havia segundo prato-completo. este paraíso Paraíso chamado cantina para o grande aglomerado de jovens das "Terrinhas". O meu respeito e saudade por estas senhoras que nos deram tanto carinho e as quais não poderia esquecer nesta reflexão.

A Biblioteca, outro dos locais onde reinava o silêncio e a Harmonia. A senhora que encontraria mais tarde no PBX, quando regressei à Escola,  muito competente e rigorosa. Uma SENHORA!em todas as suas vertentes, nunca me esquecerei da sua silhueta primorosamente bem vestida e elegante. 

 

 

 ESCELSA MARIA VIEIRA

Acontecimentos sentidos e vividos.

A entrega e a motivação - enormes no que diz respeito ao desporto Escolar, tínhamos os Campeonatos Distritais em Évora, treinavam todas as turmas com afinco para estas provas anuais e os resultados da Escola eram muito bons.

 
Jogo com o Colégio S.Joaquim 1969
Cabaço, Alabaça, Caracol, Ourelo, Zé Eduardo e Valente
Árbitro-Joaquim Ramos

 
Jogo com o Colégio S.Joaquim
Cabaço, Valente, Alabaça, Xico Coimbra, Simeão, Saramago e Gato
1969
 
Campeonatos Distritais- Évora
Barbas e o meu primo Ramos ao fundo


Equipa do Colégio São Joaquim-Conheço o meu primo Ramos e o Crujo


 
O Desporto e a Cultura Escolar eram a grande revelação desta nova fase da minha vida.
-As Actividades Gimnodesportivas das Quartas-Feiras
-A Dinâmica Humanista do Professor Barbas, sempre insatisfeito e respingão.
- A paciência sem limites da Professora Irene Barbas que trabalhava no ginásio das raparigas.
 

Professora Irene Barbas com Aluno e aluna 
 
 
-Os confrontos de Basquetebol e Andebol com o Colégio São Joaquim juntavam centenas de estudantes em redor dos campos de jogos.
-A Simpatia e educação da Professora Maria Gonçalves Ramalho
-As aulas de seis horas na oficina de mecânica com o Mestre Coelho onde as faces das peças a acertar com bastardas e murças nunca mais chegavam a "bom-porto.
- As aulas RIGOROSAS de electricidade, Engenheiro Fidalgo Marques (O CERTINHO) e a sua dureza perante alunos desatentos (levas um estalo que sais pela janela fora). Apesar de nunca ter tido uma positiva num teste, admirava o Rigor deste meu Professor que reencontrei com carinho anos mais tarde quando regressei à Escola como Professor.
-O Mestre Sertório de Évora que nos transmitiu muitos ensinamentos na OFICINA de Electricidade..
- O "Educadíssimo" António Simões, o TEACHER da bata impecavelmente branca e passadinha a ferro. Adorávamos a simpatia e humanismo deste nosso amigo, assim como da sua mulher que, se não me engano, se chama Alda Simões.
-O Professor Peres e os suas cábulas em cartões de cartolina, as aulas eram na sala central da Escola, a única do 3ºandar. Aprendi esse método de trabalho, ainda hoje o sigo na minha prática escolar.
 
Professor Peres com uma turma

Professor Peres e Ilda Peres (tb Professora de Inglês)
 
- As aulas de Moral do Padre Martins e as jogatanas de futebol que nelas fazíamos.Outro dos grandes Humanistas que passou nas nossas vidas.
-A "VELHA" Glória não fazia Jus à alcunha, já que tinha mais energia que nós todos juntos. Dedicada a nós e transmitindo-nos o melhor da Matemática da forma mais fácil possível. Acho que ainda hoje permanece uma rocha recusando-se a mudar de Planeta. Penso que ainda é viva, felizmente.
-O grande Professor Orlando de Filosofia, também sempre vestido com a sua bata branca. Muito bom Professor .
-A Olívia Viana de História, fabulosa de SIMPATIA.
- A "bela" Professora de Matemática, Natália Póvoas, vestia sempre de negro e tinha umas pernas magníficas decoradas com meias de vidro cintadas na parte superior , também estas negras que nos faziam "sonhar".
-A "Velha Olívia Paulolencastre" com a sua bata branca sempre aberta, difícil a Física e Química naquele tempo, também era muito difícil de atingir a positiva.
- As FESTAS de Finalistas com grandes conjuntos de música Moderna. O único momento do ano em que o "Caos" organizado se instalava na Escola Industrial. Nós, os da Indústria, tínhamos em mãos a decoração do ginásio. Foi sempre uma noite mágica, gostaria muito de ter acesso a fotos destas festas para completar este artigo.

 
Aqui está a primeira jóia duma festa de Finalistas 

 
1967
"Agência dos 3 noves"
Autoria- Padre Martins
Ensaiadores- Padre Martins e D. Lúzia Margalho
Actores- Fátima Borralho-(Funcionária)
João Pedro (Craque de Futebol)
Amaro (Negociante) 

 
Outra foto que ilustra uma festa dos finalistas do ano de 1968

 

-As Aulas confusas, mas engraçadas do Engenheiro Brandão Lopes, quase sempre alcoolizado e um grande fumador. O seu conflito de estalos de parte a parte com o Hermínio da Silva Babau...irmão da linda Estrela Babau. Ainda estou a ver o Engenheiro a correr em volta dos estiradores atrás do meu colega depois de ter sido agredido por este. Foi um assunto que não "transpirou para fora da sala de aula. As notas pedidas por nós e o Brandão ficava de acordo.
-O Escândalo do Chefe dos Contínuos com a mãe do "PULGA" deu bronca e penso que foram despedidos ou transferidos para outras escolas. Também nestes tempos Havia o "apelo da carne" nos locais de trabalho.
-A professora de Inglês quase da nossa idade. Maria Elvira Louro. Sempre apaixonada por alguém.
-O Director Fernando Martinho, muito competente e educado a resolver as situações mais complexas.
Muitos mais Professores e Professoras recordo mas os nomes esfumaram-se no tempo. Estes foram, na realidade, as memórias mais marcantes deste tempo mágico.
Tudo era novidade nesses tempos de DESCOBERTA.
Começava bem cedo (pela manhã) a AVENTURA, com o apanhar do Autocarro no largo dos Arcos. (É altura de especificar que dois autocarros não chegavam para o pessoal de S.Tiago Rio de Moinhos, Nora, Glória e Arcos). Muita gente todas as manhãs à espera do primeiro (7.30 que vinha de S.Tiago, de seguida, às 7.45 vinha um de Elvas e era perigoso ficar esperando lugar no que ia para Lisboa. Muitas lutas e empurrões demarcavam os espaços para um lugar nos autocarros. Chegar atrasado às aulas era um enorme pesadelo para cada um de nós. Os anos foram passando cheios de acontecimentos que recordo com saudade. Os primeiros estudantes a chegar à Escola - os de Borba e Vila Viçosa.Vinham de Automotora,  um grupo especial, as raparigas mais bonitas e atrevidas nestes tempos eram destes locais. No Inverno com frio extremo estes e todos os alunos dirigiam-se às salas de convívio que tinham um aquecimento a lenha. Não resisto a contar um episódio trágico que a minha memória ainda retém (...como foi possível acontecer naqueles tempos de controlo absoluto). O pessoal de Vila Viçosa e Borba, quando chegaram à sala de convívio num inverno distante, não tinham lenha para queimar na Cassete. Alguém se lembrou que o mobiliário seria um óptimo combustível. Assim aconteceu, foram queimando cadeiras e bancos em dias sucessivos.Lembro-me vagamente que o resultado dessa atitude foi uma expulsão por um ano e os pais tiveram que pagar o prejuízo. Também nas casas de banho, assisti, muitas vezes, ao dobrar das torneiras,  neste local que os fortes mediam forças, conseguiam enrolar o cano da água dando várias voltas às torneiras, acho que por este feito ninguém foi castigado. Vistas à distância, foram situações divertidas, mas na altura o medo estava instaurado e a desordem nunca dava grandes resultados. Esta Escola disciplinada e amada por todos. É importante dizer que os grandes alunos não abundavam nas turmas, hoje tornaram-se banais notas de 18-19 e 20, não existindo competição nem atropelos desnecessários. Ter um 16 em qualquer disciplina seria um grande feito conseguido por um número reduzido de sortudos. Estes alunos foram admirados pelo restante grupo sem invejas nem "Piropos"...nós sabíamos muito bem que não trabalhávamos o suficiente ou mesmo nada para atingirmos resultados relevantes. As nossas prioridades dirigidas na generalidade, a brincadeira, o futebol., os matraquilhos, as feiras anuais com os carrosséis.O divertimento envolvia-nos, o lema até ao fim da Adolescência, momento que coincidiu com a ruptura do Sistema Político. O 25 de Abril.
 
Viagem de Finalistas



Março de 1973-Mansinho,Cremilde, Felismina, Tiago Pimentão,Teresa Laranjeira(lado esq a olhar de frente, 
Grupo do Cabacinho
Manuel Cabacinho dos Arcos, ?, ?, ?, ?, ?, ?,?, ?, ?, Cremilde baixo e Felismina


Grupo TURMA
Joana, Adelina, Mariana, Mestre NerY, Felismina Xarepe (photos), Aline, Cremilde, Dr. Martinho, Inácia, Prof.Dordio, Domingas, , Drª Luzia Margalho, Henriqueta
 
 5 de Abril de 2012
RETALHOS e ACRESCENTOS
Recebi mais um conjunto de PRECIOSIDADES, recordações transportadas de um TEMPO DISTANTE. 
O AMOR vai sendo maior quando acorda do SONO dos TEMPOS.
Eis o CORAÇÃO do ANTÓNIO BONIFÁCIO-ELECTROMECÂNICO o PRIMEIRO.



Isto da idade tem destas coisas.

 Se o BI nos diz uma coisa, a memória teima em dizer outra e até parece que foi "ontem".


Contacto-te, além de outras coisas, pelo facto de teres mencionado nos posts Professores que também foram meus... O Barbas, o Brandão Lopes, o Padre Martins, etc.

Tenho algumas fotos desse tempo. Eu fazia parte dos "primeiros" Electromecânicos e terminarem na EICE, no ano de 1967/68.
As fotos que tenho foram tiradas com o Mestre de Oficina Mecânica (que não relembro o nome; Lacão, parece), com a Profa Aurea (Português), com o Barbas.

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Então aqui vão algumas coisas que podes utilizar conforme "bem" quiseres.
As fotos (das quais, provavelmente, não conhecerás ninguém, excepto os Prof's) e a Pasta de Finalista... Aí, talvez, possas conhecer
ainda alguém... Destaque os votos do prof.Barbas, do Pe Martins, Mestre Vermelho (Electricidade), João Modas, etc...







Um Abraço
António Bonifácio





A Escola Política
...de boas intenções...

 


15-Julho de 1975
Fiz uma pausa para reflectir e encontrar recordações com algum interesse sobre esta nova fase da Escola. Após o 25 de ABRIL de 1974, tudo ficou virado das avessas, foi tudo muito confuso e caótico na E.I.C.E.-tenho muito pouco para contar, lembro-me das célebres "Passagens Administrativas", o lema deste novo sistema político"TODOS SOMOS IGUAIS"...hoje, a uma longa distância, sinto que foram momentos de Anarquia e destruição de valores sagrados: Rigor, Organização e RESPEITO. Tudo isso foi enterrado e continua muito tremido no actual modelo de ESCOLA.
Recordo duas situações que ilustram esta opinião. Uma delas, a que falei no início, a destruição dos troféus e fotografias dos feitos desportivos da Escola. Outra mais grave, a do partir dos vidros do edifício. Os alunos posicionavam bolas de BASQUETEBOL nos campos de jogos e faziam apostas para ver quem partia mais vidros. Foram tristes estes tempos, continuamos a sofrer um pouco e a procurar a paz e tranquilidade na escola actual e na própria Sociedade. Tenho uma opinião muito firme sobre toda esta questão.  


A POLÍTICA deveria ficar fora dos muros (GRADES) da Escola...lugar sagrado e de procura da Harmonia e da Paz, as leias boas ou más dos MINISTÉRIOS deveriam ser respeitadas e cumpridas. O voto serve para mudar as políticas quando não estamos de acordo com elas, mas o que se assiste deste 1974 é um boicote permanente a quem legisla ou tenta mudar alguma coisa. Não me quero alongar sobre essa tristeza profunda que me perturba diariamente. A Democracia foi e é aproveitada por oportunistas engravatados para, em bem próprio, se encherem de imediato, de fortunas colossais. O individualismo egoísta sobrepõe-se aos interesses do PLURALISMO e da LEALDADE. Quem nos dirige tem a vida complicada, mas quando passam à oposição complicam da mesma forma aos que estão a dirigir o País. Os Partidos políticos e organizações Sindicais controlam tudo e são acarinhadas pelos meios de comunicação... estes alimentam-se de anormalidades, semeando desgraças e instabilidade. Não se respeita quem é escolhido pelo voto dos eleitores nem as leis dos governos, a sociedade está caótica, assim como a organização escolar, apesar de termos uma Escola cientificamente mais evoluída, melhores professores e melhores (MUITO MELHORES...)condições de trabalho.A instabilidade é permanente. E assim continuará por muitos anos.



O Vil METAL destruiu todas as estruturas sociais. Estamos numa época sem valores . Respeito, solidariedade e espírito de grupo estão ultrapassados, esses exemplos são apreendidos pelas novas gerações já no seio das famílias, o que não facilita em nada a tarefa das escolas e dos docentes. A Democracia, no seu rosto actual é uma FRAUDE e UM NEGÓCIO de bandidos sem solução à vista.








É só uma opinião profundamente sentida. Desde a REVOLUÇÃO dos CRAVOS que as situações se repetem da mesma forma e com os mesmos intervenientes, o Humor Português tem sido a voz das "maiorias" que assistem serenas e pactuam, por vezes, na porcaria que nos dificulta a respiração. O povo tem a memória curta, satisfaz-se com pouco...umas T-shirts e uns bonés, umas promessas polidas com verniz brasileiro...e aí está o voto na urna e o aplauso na rua. Os Dantas estão seguros nos seus poleiros perpétuos.
 


C


Eu com a Matilde , grande atleta de fundo
Eu Manuel Cabacino e Bia da Ana do Alvino

...Em Torremolinos-Finalistas e Homenzinhos.Abril de 1977

 
Fernando Armário e Álvaro Ramos-Custódio-zéca de Santiago e Ferro- Marques do Cano

1990
O Regresso à ESCOLA, (agora baptizada de RAINHA SANTA ISABEL) como Professor.
Uma das certezas que sempre tive foi a de regressar um dia à minha ESCOLA do CORAÇÃO. Antes de me tornar um cidadão do mundo, longe do  meu Alentejo, tinha que tomar este banho de NOSTALGIA. Devia isso aquele edifício e, também, aos meus pais antes da despedida. 
E assim foi...2 anos que voaram em segundos. Tenho um DIÁRIO de boas recordações que vou tentar resumir para completar este artigo. Cheguei a Estremoz com uma ilimitada reserva de energias, lancei-me de cabeça e sem qualquer instinto de defesa. Houve, durante estes dois anos lectivos, alguns contratempos e decepções, as quais ultrapassei sem ficar com ressentimentos. Hoje, recordo o bom que aí passei e o reencontro com algumas pessoas que fizeram parte da minha antiga vivência.Tenho presente  as turmas com ajuda do meu Diário e todas as situações vividas e amadas. Lembro-me de BOAS PESSOAS-Mestre Coelho, Moura, Elisabete Mourão, Teresa do Vale, Isabelinho, Moisés, Odete Gato,Barros de Carvalho, a Senhora simpática do PBX ESCELSA MARIA VIEIRA.


  Anabela, o Pessoal da Secretaria, o Senhor Mendes e a mulher, reencontrei o Professor Barbas e Irene Barbas, o Professor Simões e muita outra boa gente. Consegui juntar a minha antiga turma de Electricidade com alguns professores-Fidalgo Marques, Sertório, Olívia Lencastre, Coelho. Reencontrei colegas que não via há muitos anos.
 
Julho-1992 
 
Acontecimentos de Paixão-Coração 
Encontro de Antigos Alunos DE ELECTRICIDADE e Professores
MOREIRA-MESTRE COELHO-DASILVA-AGUARDENTE-GABRIEL-DAMASO ALFACE CARRILHO-DANIEL CARDOSO-ENG. FIDALGO MARQUES-ZÉ DO Ó
BAIXO-CANHOTO DE SÃO LOURENÇO-RALHETA COMPOETE- METRE SERTÓRIO

 
GALRITO - MESTRE COELHO-DANIEL CARDOSO-PAZADAS DE BENCATELGALRITO-ENG FIDALGO MARQUES-DAMASO-CELESTINO - FELÍCIO DE BENCATEL (ENCOBERTOS)-MESTRE SERTÓRIO-DA SILVA-RALHETA-BATISTA PINTO-AGUARDENTE-(GALRITO)-EU ÁLVARO RAMOS.

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Tive turmas com as quais trabalhei e me diverti imenso, foram os melhores anos da minha vida, os quais dei continuidade em Castelo Branco.
Cenários para o Teatro de Português

 

Instalação de Natal1990

 

Instalação no Rossio

 















7ºB
A turma da Nádia

 
linda e feliz!!algumas décadas depois a história-a saudade E o amor-o lugar mágico chamado escola!!valeu...como se tivesse sido ontem!
 ...do lado de cá do silêncio!!
 

 
 
Ana Serrano GomesOntem às 19:25//DIÁLOGOS ENTRE ALMAS!

Ana

Boa tarde Professor, fui sua aluna em Estremoz há mais de 30 anos. Curiosamente ainda na semana passada falei de si ao meu filho mais velho, que está agora no 6⁰ ano e descobriu que, apesar de não ter muito jeito para as artes livres, adora desenhar. E eu comentava como também eu aprendi consigo a gostar de desenhar natureza morta, ou copiar imagens. Hoje, quando visitei a minha avó Estrela Graciete Ramos, com 102 anos, ela pediu-me para que, através do Dr. Francisco Ramos (ex-presidente da camara municipal de Estremoz), que fiquei a saber ainda é meu "primo", tentar entregar um documento ao seu dono.Qual não é o meu espanto quando vi a assinatura e percebi que era o autor era o meu professor de educação visual do 7⁰ ano-Lembro-me muito bem de si 😉 Há professores que marcam, e o prof Álvaro tocou uma geração, isso sim, é surpreendente.




7ºCTurma do Nuno e do Pedro



7ºI-Turma Humberto


7ºG-Pequito


7ºJ-turma BartDiogo


8ºh-Cláudia e 7ºH



A viagem de trabalho à serra de Óssa


A turma da Fátima


A turma do Cunha e do Rosado


A turma do Vítor e do Sérgio
e o nosso teste no campo de Jogos...



A nossa equipa de futebol


O 7ºH



7ºI
Bizarra


7ºL e 7ºM
 

8ºB

...e os Cachorros das Quintas-feiras e o chouriço a chegar atrasado às aulas da manhã.



Da POEIRA dos TEMPOS para o Mundo VIRTUAL


Os Artistas e as Obras
Carlos Coelho-Diogo Mouta-Cláudia Secretário-Hugo Luz-Daniel Cabaço-Rui Patrício-Hugo Zacarias-Gonçalo branco-Pedro Ramos-Ana Faustino-Sílvia Barbeiro-Nádia Palrão-Pedro Padeiro-Vasco Salsinha-Sérgio Gonçalves-Vítor Semedo.
...fico à espera de + obras que estejam perdidas nas vossas ARCAS de Tesouros Encantados.
Termino olhando por cima de meus ombros... vejo as marcas no caminho em terras da CIDADE-GRANDE. Foi com AMOR sincero que organizei estes registos. Estão, assim, mais vivos que nos diários de papel. Este é mais um pedaço de mim do qual sinto saudades sem fim. Sou naturalmente uma pessoa cheia de CONTRADIÇÕES. A Saudade de tudo o que passei é a mais marcante, mas nunca me deixou ficar parado no tempo, deu-me forças para continuar -SEMPRE- com os olhos no futuro, transformando os meus dias e de quem me acompanha com criatividade e força de viver.
Obrigado Estremoz, nunca me esquecerei das minhas raízes.
Eternamente agradecido a todos os nomes, aromas cores, lugares e pessoas.
Obrigado Cravinho- "Harry Potter" do 7ºE . Ajudaste-me muito nesta tarefa que há muito vinha sendo adiada...a "KONTINUIDADE "está em tuas mãos...e nos da tua geração.





Chegou o Momento pelo qual tanto ansiava. Organizar, catalogar e juntar todos os pedaços do meu coração neste espaço de Amor (...os que faltavam).Escrever sobre a minha querida ESCOLA (vai demorar muito até encontrar a melhor forma de dizer tudo o que me vai na alma, é viver intensamente todos esses"PEDAÇOS" de sangue-VIDA que estruturam o melhor de mim. OBRIGADO SÃO CRAVO...OBRIGADO (CRAVINHO)...Professor (palavra rica de significados) Pedro de Sousa Cravo mais justo assim. São lágrimas intensas de AMOR e SAUDADE, são Lágrimas de FELICIDADE e energia para vos presentear com um Jardim de FLORES-sensações. AINDA sou hoje... o PROFESSOR de 1992, serei sempre o mesmo graças à energia positiva que recebo em troca da minha dedicação e ao dever de LEALDADE ao símbolo "ESCOLA" lugar mágico que TANTO de bom me tem oferecido ...o espírito da renovação que me envolve para todo o sempre!... em tua honra querido amigo.









Caro Professor,
Foi nada mais, nada menos do que há quatro horas que nos reencontrámos, ali em baixo, numa encosta desgovernada perto do castelo de Estremoz, perto da minha casa, depois de um "boa-tarde" anónimo, apressado e desconhecido. Passaram dezoito anos desde o nosso último encontro, e é natural que as rugas, a calvície, o crescimento nos possam ter toldado a familiaridade. Mas felizmente existem as mães, e é assustador pensar que, caso tivesse eu saído de casa sozinho, pouco mais teria passado desse "boa-tarde" cinzento, o nosso reencontro. Não teria tido o prazer desmedido de voltar a encontrar um Amigo, mais do que Professor, uma força viva, viva também na memória, na carne e no cérebro, viva, a marca no meu Ser deixada no longínquo ano de 1992. E foi um prazer sentir o amor e a alegria, a força de uma mensagem em tão escassos segundos: não ter medo de amar, não importa quanto tempo passou. Meu amigo Álvaro, também eu chorei um bocadinho. Disse, mais tarde, à minha mãe, que já não nos víamos há dezoito anos, mas não lhe disse que me lembrava de tudo, de todos os minutos, de todas as imagens, de todos os filmes, de todos os traços, de todos os conselhos, de todas as músicas, de todas as listas, de todos os sumários, de toda a alegria daquele ano. Eu lembro-me de tudo, e agora que também eu sou professor, penso que talvez tenha sido por influência, esta maneira de estar na aula, este modo de querer trabalhar com um sorriso no rosto, de transmitir aos miúdos que eles podem ser quem querem, mas que têm de trabalhar para isso, e ainda assim brincar e serem felizes.
Continuo a amar todas as formas de arte, mas confesso que posso ter ganhado algum medo ao lápis, ao pincel, ao "meter as mãos na merda". Talvez este reencontro seja um sinal para o vencer, para começar um novo dia. Então, meu amigo, este terá sido o mais extraordinário de todos os reencontros!
Um grande, grande abraço cheio de amizade e amor.
Pedro Cravo
Um dia de Emoções fortes.
(...Hoje, 27 de Março de 2010, um Duende... me fez dirigir a uma rua que nunca tinha passado na encosta do castelo. Ao fundo encontrei o caldeirão mágico e não estava lá o fim do Arco-Íris como diz a lenda. O caldeirão tinha dentro muito ouro e pedras preciosas, não eram de METAL nem de Cristal, também não se agarravam com as mãos, só os corações conseguiram descortinar a existência dessa riqueza sem cotação materialista. São Rosas meu Senhor...é simplesmente Amor meu Amor)


Quando
Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta
Continuará o jardim, o céu e o mar,
E como hoje igualmente hão-de bailar
As quatro estações à minha porta.
Outros em Abril passarão no pomar
Em que eu tantas vezes passei,
Haverá longos poentes sobre o mar,
outros amarão as coisas que eu amei.
Será o mesmo brilho, a mesma festa,
Será o mesmo jardim à minha porta.
E os cabelos doirados da floresta,
Como se eu não estivesse morta.
Sophia de Mello Breyner Andresen


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É muito, muito bom reencontrarmo-nos neste mundo virtual! É com imensa felicidade e saudade que recordo as Aulas de Educação Visual com o nosso adorado Professor Álvaro! A originalidade, a genialidade, a opção que nos deu de podermos pensar, imaginar, criar. É bom saber que afinal o sentimento além de colectivo está presente nas nossas memórias.
Nunca o esqueceremos! Espero em breve revê-lo.
Lídia Martins (13/04/2010)
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O Professor foi realmente INESQUECÍVEL! Foi um marco no nosso percurso Escolar! E tenho a certeza K inspirou muita gente, K hj em dia são Arquitectos, Engenheiros e Professores de E.V.T.
Eu ainda guardo a pasta com os trabalhos desse ano! A cabeça de boi Africano, naturezas mortas com legumes e frutas, texturas com carapaça de tartaruga, B.D.
A própria pasta foi construída nas aulas.
Cristina Fernandes (14/04/10)

Olá professor Álvaro :) Bem que ideia magnifica!!! Mt bom reencontrá-lo e recordar com alegria as aulas de E.D.!! Que saudade daquele tempo...

Carla Abibes


Ana Margarida Faustino16 de Abril de 2010 às 1:56
Assunto: Olá!
E viva o Facebook, q nos permite encontrar quem já não vimos há muitos anos...17!Já várias vezes tinha pensado o que seria feito do único professor que conseguiu que eu fizesse alguma coisa de jeito :). Qdo a minha mãe me perguntava quem tinha feito aqueles trabalhos e eu dizia que tinha sido eu ela nunca acreditava e dizia-me que era muito feio mentir.Por isso aproveito aqui para lhe agradecer por tudo o que fazia por nós, pela maneira como dava as aulas e por ter guardado estas fotos fantásticas que me fizeram ficar com uma lagriminha no canto do olho. Tb continua sem saber nada da nossa madrinha Clarinda?Sim porque nós tínhamos, e temos, a mesma madrinha! Eu sou daquelas que voto a favor dum jantar! E não tenha medo de não nos reconhecer, estamos quase todos na mesma, só temos mais 17 anos em cima....Não estou muito diferente, pois não?? Um beijinho muito grande e fico à espera do jantar.

Nádia Raminhos Se hoje sou uma apreciadora das artes plásticas em geral, creio que se deve ao fenomenal Prof. Álvaro Espadanal! (Isto rima tudo!) Quero fazer-lhe aqui o meu elogio pela sua boa disposição constante, capacidade geradora de criatividade, por ensinar a olhar o mundo de uma outra forma - desenhámos natureza morta com vá...rias técnicas, lembram-se? E depois as belas das T-shirts! Primeiro com desenho à vista de heróis de BD e depois pintar com aquelas tintas magníficas! Aquilo é que foi!Um grande abraço a todos e parabéns ao Pedro e ao Fábio pela iniciativa!

:) Caro/ QUERIDO Álvaro... acredite que o prazer é meu... meu, nosso, de todos os que tivemos a oportunidade (Bênção!) de ser seus alunos. São tantas as lembranças: os cromos do bolicao, as aulas ao ar livre, a t-shirt... xiiiii a t-shirt, ainda tenho a t-shirt(!),... as cebolas e os alhos... as escapadelas ao campo em busca de crânios(!)... a genialidade e a loucura juntas e elevadas ao expoente máximo!!! Bons, muito bons tempos... OBRIGADO!! Até breve :)
Rui Cruz (17/04/2010)
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Carla Teixeira28 de Abril de 2010 às 0:53
Olá amigo e professor. É certo que com tantos alunos dificilmente se lembrara de mim...mas lhe garanto que talvez tenha sido o professor mais amigo e companheiro que tivemos...por isso não o esqueci...e com tanta alegria o encontro neste magnifico mundo da internet...Já me reconheceu? A n.º 5 deste 8ºH...Realmente o tempo passa...Um abraço
Escola NOVA
.................................e DEPOIS do ADEUS! ESCOLA NOVA, pois então. De acordo, a vida não pode estagnar. Frequentei a escola uns anos antes, entre 1961, ainda no Castelo, e 1966 já nas novas instalações. Mas todos os nomes de que falas me são familiares, pois mantive sempre o contacto com a escola. Dos professores quem se não recorda do Brandão Lopes e das suas bebedeiras não esquecendo nenhum dos outros que referes. E já agora dos alunos tens uma foto onde está o Pazadas, pois esse artista acabou por ser meu aluno, após sair de Estremoz, na escola industrial de Évora no ano de 1972/73. (entretanto tinha eu concluído o Instituto Industrial). Ao rever as fotos que tens no Blogue uma chamou-me particularmente a atenção. É uma foto das antigas oficinas da escola. E a propósito de oficinas aqui te envio em anexo três fotos da zona das oficinas para adicionares à que tens no Blogue. Quando tirei recentemente estas fotos foi como se uma machadada enorme me estivesse a atingir, e por muitas obras de renovação que façam, nada será como dantes. Temos que aceitar as mudanças, mas ver destruidas aquelas instalações é algo que não se consegue aceitar de ânimo leve.
António Mourato








 PELOS SONHOS VAMOS 
TODOSSSS!!!!

RE+++ENCONTRO em 

CORAÇÃO!

QUEM ÉS TU???!!
Quando o AMOR me CHAMA, eu sou tão FELIZ!!!




REGRESSO À ESCOLA PARTE III
NOBREZA de GESTOS-NOBREZA de SENSAÇÕES - Também NOBREZA na EXISTÊNCIA
E PORQUE tirei (HOJE) o dia para este GESTO NOBRE,SERÁ melhor começar pelo mais IMPORTANTE. O MAIS IMPORTANTE deste ACONTECIMENTO ÚNICO, pois naturalmente e como todos sabeis , a PRIMEIRA VEZ é sempre MARCANTE.
NO LUGAR de DESTAQUE e para iniciar este ARTIGO e EXACTAMENTE neste LOCAL e não no "CORAÇÃO SENTE a COR da TERRA", mais à frente explicarei o PORQUÊ da localização.
DESTACO esta GENTE de BOM CORAÇÃO e incansáveis para que tamanho PROJECTO chegasse ao FIM com tão estrondoso êxito.

PAULO D´ÁGUA 
JOSÉ CAPITÃO PARDAL
MANUEL GATO
LEONEL PAINHO 
HENRIQUE MOURATO
LUIS EUSTÁQUIO






Estes são os nomes a RETER que com esforço e SONHO levaram o BARCO a BOM-PORTO.
Que IMPORTÂNCIA tem um EVENTO desta NATUREZA?
Para as PESSOAS que estão ao CORRENTE deste meu MUNDO <ÁLVARO ESPADANAL o ÍNDIO>; e que ao longe conhecem ESTREMOZ, para esses deixo um pequeno esclarecimento. O EVENTO a que me REFIRO chamou-se de ALMOÇO CONVÍVIO dos ANTIGOS ALUNOS da ESCOLA INDUSTRIAL e COMERCIAL de ESTREMOZ.
Mas não foi um simples ALMOÇO onde meia dúzia de NOSTÁLGICOS se juntaram para beberem uns copos e depois num abraço de circunstância se despediram até um dia.
São ENCONTROS que se fazem por todo o LADO, aqui por CASTELO BRANCO são quase anuais e muito conhecidos e publicitados os que se efectuam no ANTIGO LICEU NUNO ÁLVARES, agora Escola Secundária.
Talvez esteja a dar muita importância ao que ontem tive oportunidade de VIVER, não sou muito dado a GRANDES CONVÍVIOS ou ajuntamentos. Poucas vezes ou nenhumas troco o SILÊNCIO do meu existir para aceder a convites de comemoração do que quer que seja, a VIDA é mesmo uma Bênção e motivo para comemoração, mas isso basta-me na reflexão DIÁRIA.
Este assunto era à PARTIDA DIFERENTE-tratava-se da minha ESCOLA, a MINHA QUERIDA ESCOLA de SEMPRE.


JÁ não te CONHEÇO!!!


Esta é a QUESTÃO pertinente e MOTIVADORA para o ARRANQUE deste artigo do Coração. Não foi um SIMPLES RE-encontro. FOI uma VISITA a uma ESCOLA Nova de RAIZ, uma ESCOLA que já não é aquela onde semeamos desejos, tomámos banho no SUOR de AFECTOS e desempenhos. Onde demos o primeiro BEIJO e andámos de mão dada com a primeira/o namorada/o de verdade. A ESCOLA dos muitos PROFESSORES, nunca até aqui tínhamos tantos PROFESSORES juntos no mesmo ano e na mesma ESCOLA. 

Mas mais que tudo isto, este já não é o LOCAL onde nos organizámos em GRUPOS coesos de FELICIDADES DURADOURAS que permanecem até hoje no melhor de todos nós. 
Não é a ESCOLA onde nos FIZEMOS PESSOAS com aspirações, não é outra é a MESMA...é de uma FORMA ACTUAL a NOSSA ESCOLA vestida toda de NOVO, PERFUMADA pelos mais belos ODORES da ACTUALIDADE; DESLUMBRANTE nos seus FOLHOS e VESTIMENTAS de VERDES da NATUREZA. 


Toda ela AIROSA, sem mácula. ADOLESCENTE, enérgica e alindada pela EVOLUÇÃO dos TEMPOS. Nós apesar de todo o DESLUMBRAMENTO inicial, de forma nenhuma nos sentimos deslocados; melhor dizendo :-ESTA é a NOSSA CASA, uma das nossas casas de ELEIÇÃO. INGÉNUA, VAIDOSA e ADOLESCENTE. QUIS SURPREENDER-NOS no seu DISFARCE de coisa NOVA, embruxar-nos com seus olhos sedutores e suas CURVAS RECTILÍNEAS. Quis tornar-se independente, BRILHANTE...Nós no nosso CAMINHAR dos ANOS pelos seus corredores disfarçados os seus RECANTOS TRANSFORMADOS sorrimos com a EXPERIÊNCIA que o GASTAR do TEMPO nos DEU. Nós não nos deixámos enganar por este DISFARCE VOLUPTUOSO. Sorrimos, senti-mo-nos simplesmente e de uma FORMA-NATURAL ainda DONOS de "SER" tão mudado mas tão IGUAL à NOSSA ESCOLA de SEMPRE.
Esta MULTIDÃO de corações RITMADOS, de várias GERAÇÕES. desconhecidos em GRANDE PARTE uns dos outros olharam-se à CHEGADA com um ABRAÇO PROFUNDO de SAUDADE . Saudade de nós , dos TEMPOS..e como a SAUDADE dói no PEITO do PORTUGUÊS, para quê falar em Idades, a IDADE não pesa no RE-ENCONTRO da SAUDADE. Não houve tempo para pensar na BANALIDADE do passar das HORAS ou dos ANOS, também não foi importante saber :- O TEU NOME, os VOSSOS NOMES. 
O Passar das ESTAÇÕES vai apagando o supérfluo da VIDA. Importante mesmo é a HERANÇA transmitida na afectividade dos olhares, no calor dos ABRAÇOS num APERTO de Mão sincero.
Os ROSTOS MUDARAM sem possibilidades de retoques ou VIAGENS de RETORNO. 
Nestas SITUAÇÕES pouco VULGARES o nosso melhor vem ao de cimo, olhando em volta , fazendo as CONTAS nem seríamos assim tantos, faltavam tantos , tantos nesta MULTIDÃO de resistentes. Faltavam tantos nomes , tantos ROSTOS tantas ALMAS perdidas. Faltaram outros e muitos que já nos deixaram Há MUITO. Faltaram SAUDADES partilhadas, mesmo não estando PRESENTES recordei tanta GENTE que gostaria de estar CÁ, pisarem o mesmo Chão de Antigamente. Não vou FALAR de NOMES, mas senti um desejo imenso de os "REENCONTRAR" muitos PROFESSORES de outrora, e os milhares de ALUNOS que por AQUI PASSARAM.


Um OBRIGADO ESPECIAL À DONA GLÓRIA SIMEÃO
A "VELHA-GLÓRIA" como nós CARINHOSAMENTE apelidávamos. 
A PROFESSORA INTENSA, SÁBIA DEDICADA. COMO TENHO CERTEZAS no que ESCREVO ;;;;;"A VELHA-GLÓRIA", PROFESSORA de MATEMÁTICA, toda a GENTE aprendia MATEMÁTICA com esta MULHER de bata BRANCA encurvada pelo passar dos ANOS.
Até EU APRENDI MATEMÁTICA de VERDADE, eu já tinha costela de ARTISTA e nenhum talento para o cálculo. Invariavelmente conseguia obter 15 ou 16 nesses testes de NÚMEROS feitos.




GLÓRIA " A RESISTENTE" , a COMBATENTE e EXIGENTE...a SÁBIA e "RESPINGONA" GLÓRIA esteve PRESENTE.FIRME e QUASE HIRTA, sem IDADE.

GLÓRIA a ETERNA!!!

Numa Manhã de CHUVA INTENSA-ABRIL ÁGUAS MIL, muitos outros estiveram PRESENTES de CORPO e ALMA. AQUI FICAM os TESTEMUNHOS FOTOGRÁFICOS para a POSTERIDADE.



  NÓS VAIDOSOS!!!
ORGULHOSOS


Antigamente a preto e branco

Turma de ELECTROMECÂNICOS 
Felismina Xarepe e amiga de Borba


ANTES e DURANTE









AGORA ela mais VAIDOSA do que nunca!!
ESCOLA SECUNDÁRIA RAINHA SANTA ISABEL!

"AMANTE...GALDÉRIA, BANDIDA, MAGANA que não te conheço!!!!"






E depois ALMOÇO...
O CÉLEBRE JOÃO MODAS, Contínuo...o TERROR da MALTA


(Fotos EstremozNet e do meu espólio)


Estes alguns "Flashes "do exterior da ESCOLA REVISITADA.


Uma HOMENAGEM ao MESTRE COELHO.
GRANDE  COELHO.
Antes de me alongar em palavras simples como o HOMEM que recordo e depois de mentalmente organizar imagens factuais sobre esta personagem querida. Penso nas frases do POETA. O GRANDE POETA SEBASTIÃO da GAMA.

Pelo sonho é que vamos


Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma ALEGRIA
ao que desconhecemos
e ao que é do dia a dia.
Chegamos? Não chegamos?
- Partimos. Vamos. Somos.
(Sebastião da Gama)

 Coelho foi o meu MESTRE de OFICINAS de Mecânica no longínquo ano de 1973, já tinha feito referências neste cantinho sobre as longas tardes de quinta-feira, tardes essas de calor abrasador e nós... com corpos e mentes dormentes, abrasadas pelo calor abafado das OFICINAS a limar pedaços de metal numa organização exigente.
Mestre coelho continuava na ESCOLA quando lá voltei como PROFESSOR. Continuava a ser exactamente a mesma PESSOA-transmitindo a mesma calma, com a mesma serenidade na voz e sempre com a sua "Ritual-idade" de vida, comer no refeitório às horas certas, dizer o BOM-DIA com um sorriso amável, com as piadas habituais a pedirem afectos. 
Os RE-ENCONTROS de PROFESSORES  com antigos alunos que agora adultos se sentem de certa forma embaraçados com o tratamento amistoso dos velhos MESTRES é um dos grandes presentes da vida adulta. O RECONHECIMENTO do ESFORÇO  e do CAMINHO percorrido. CONTINUIDADE, a continuidade da VIDA.
Este HOMEM de poucas palavras, mas, de uma cordialidade sem limites viveu o SEU SONHO, cumpriu a sua VIDA. ESTEVE presente em muitos de nós. CONTINUARÁ a ser assim até que esta fornada desapareça.
Cumpriu-se VIDA e SONHO. Por esse motivo quem melhor que Sebastião para glorificar o MESTRE.
OBRIGADO MESTRE COELHO


E também um abraço apertado ao BARROS de CARVALHO seu AMIGO. GRANDE CORAÇÃO este BARROS de CARVALHO.

Pelo SONHOS vamos todos... e se lhe misturarmos um "pózinhos" de GRATIDÃO toda a caminhada será mais fácil.



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