LOBOS

Sou, na verdade, o Lobo da Estepe, como me digo tantas vezes – aquele animal extraviado que não encontra abrigo nem na alegria nem alimento num mundo que lhe é estranho e incompreensível

Herman Hesse

sábado, 2 de maio de 2015

WOLF





                                 
A Terra está a entrar num novo período de extinção em massa, alerta um estudo desenvolvido por cientistas do México e dos Estados Unidos, no qual se conclui que no último século os vertebrados têm estado a desaparecer a um ritmo 114 vezes superior ao que aconteceu no passado.
“Podemos concluir com elevado grau de certeza que as taxas de extinção modernas são excepcionalmente altas, que estão a aumentar e que sugerem que está em marcha uma extinção em massa”, dizem os autores da equipa liderada por Gerardo Ceballos, no estudo publicado na Science Advances. Esta será, lembram, a sexta extinção do género nos 4,5 mil milhões de anos de história do planeta Terra.
“São incontestáveis as provas de que as taxas de extinção recentes não têm precedente na história do homem e são altamente incomuns na história da Terra”, afirmam os autores, acrescentando que a sua análise permite concluir que “a nossa sociedade global começou a destruir outras espécies a um ritmo acelerado, iniciando um episódio de extinção em massa nunca visto em 65 milhões de anos”.
Face a isto, os cientistas alertam que se esta situação se mantiver “o homem vai em breve ficar privado de muitos dos benefícios da biodiversidade”. “Evitar uma verdadeira sexta extinção em massa implicará esforços rápidos e intensos para conservar espécies já hoje ameaçadas e para aliviar as pressões sobre as suas populações”, dizem, apontando entre os problemas com maior expressão a perda de habitats, a sobreexploração para obter ganhos económicos e as alterações climáticas.

 
O estudo pode ser o prenúncio dos efeitos da mudança climática na Terra, afirma Ruhl. O aumento do dióxido de carbono na atmosfera proveniente do uso de combustíveis fósseis pode aquecer o planeta o bastante para liberar metano do leito dos oceanos, afirma ele.
“O metano é um gás de efeito estufa bem mais forte do que o CO2, por isso há a possibilidade dessa liberação resultar em um aumento grande da temperatura e mudança climática”, afirma.