os somos.
Temos fases como a lua. Momentos menos bons no decorrer de um tempo que nem sempre corre perfeito.
E nesse compasso, entre o que verdadeiramente somos e o que estamos a sentir naquele mesmo instante, aprendemos a erguer-nos sozinhos. Percebemos que não somos só aquilo. Somos sempre muito mais do que apenas aquilo. Que os nossos medos não nos definem. Que maus momentos não passam disso mesmo, de meros espaços de tempo. Aprendemos que os braços que nunca nos podem falhar são os nossos. E que a nossa força e o nosso caráter se revelam aí.
Quando estamos fracos, os outros parecem fortes. Quando estamos fracos, depositamos nos outros expectativas de heróis. Quando estamos fracos, esquecemos o nosso valor e passamos a avaliar-nos aos olhos dos outros.
Um dia, do nada, depois de uma noite bem dormida ou de um passeio à beira mar, desbloqueamos e voltamos a nós. Voltamos a sentir força, a agarrar a nossa vida com determinação, a priorizar os nossos sentimentos, a colorir os dias que ontem eram tão cinzentos.
E esta é a melhor parte. O melhor reencontro. Vivemos para nos perdermos e para nos reencontrarmos. E não importa quanto tempo dura cada viagem. O que importa, mesmo, é saber que, mais cedo ou mais tarde, voltamos a casa."
CATARINA RAMOS
(Setembro, 2014)
(Setembro, 2014)
Sem comentários:
Enviar um comentário