LOBOS

Sou, na verdade, o Lobo da Estepe, como me digo tantas vezes – aquele animal extraviado que não encontra abrigo nem na alegria nem alimento num mundo que lhe é estranho e incompreensível

Herman Hesse

sexta-feira, 1 de março de 2019

LA ROUTE-MEMÓRIAS DIGITAIS



DO DIA SEGUINTE!
(narrativa DE UMA VIAGEM )

NÃO! MAIS UMA PERFORMANCE...
DOEU NOVAMENTE NA CARNE.
COMO NASCEM OS DESAFIOS?
COMO FICAMOS SURPREENDIDOS?
A ESCOLA É NECESSÁRIA HOJE?
FARÃO SENTIDO AS METODOLOGIAS ACTUAIS?

...
FUNDEM-SE (24 HORAS DEPOIS), INTERROGAÇÕES E CERTEZAS, falhas, distracções e ufff!!-poderia ter feito isto, e melhor...VISIONO TODAS AS FOTOS DO TIAGVSART. SEM A SUA SENSIBILIDADE (SABEDORIA), NÃO EXISTIRIAM  QUALIDADE E DESLUMBRAMENTO. O QUE TENHO EM FRENTE, É MUITO MAIS QUE UMA BRINCADEIRA NO TEMPO DOS CARNAVAIS. SEM OS ALUNOS E ESTE TIPO DE DESAFIOS, NADA FARIA SENTIDO.
09.00-CORREDOR VAZIO, ENTREI NA SALA DE AULA E ESCREVI UMA REFLEXÃO ESPONTÂNEA...(ENTROU A LINDA FRANCISCA).


PERFORMANCE = A DESEMPENHO
ISTO! NÃO É UMA BRINCADEIRA DE CARNAVAL. É ARTE!
COMO PICASSO DIRIA, A ARTE NÃO É PARA DECORAR PAREDES, NASCE DA ALMA DO ARTISTA, É FEITA PARA REVOLUÇÕES, APROVEITEM ! IRÁ PASSAR DEPRESSA. 


TIAGO chegou COM VESTIMENTA - REPÓRTER DE GUERRA...NO DESERTO.
SEMPRE A BONDADE, O PROFISSIONALISMO E NADA DE TRETAS EMPINOCADAS. 



CONTINUO A SOFRER NA PELE, AS DORES DA CONSTRUÇÃO, AS MESMAS, QUE SINTO DESDE O PRIMEIRO MOMENTO QUE INICIEI ESTA LONGA CAMINHADA PARA O ENSINO DAS ARTES. NÃO HÁ EXPERIÊNCIA QUE VALHA, QUANDO SE TRATA DE FAZER ALGO DE NOVO. VIAJO ENTRE O PARAÍSO E O INFERNO...CERTOS DIAS VOO, OUTROS SINTO-ME UM VELHO FEITICEIRO DECRÉPITO, REFUGIADO NUMA GRUTA NUM DESERTO DISTANTE.
QUANDO ME DESAFIAM,  OBRIGO-ME A RESPONDER POSITIVAMENTE, MESMO QUE, A PRIMEIRA REACÇÃO SEJA DE UM PESSIMISMO ESTRANHO AOS OLHOS DOS OUTROS, PARA -"MOI"-  CARACTERÍSTICA MUITO VINCADA DA IMAGEM QUE TENHO DE MIM.
DESISTO ALGUMAS VEZES, E FICO SURPREENDIDO, PORQUE NÃO SOU MUITO DE DEIXAR AS COISAS A MEIO.COERENTE E CASMURRO, COMO QUASE SEMPRE.
A MARCA FERIDA ABERTA DE ARMAZÉM 55, O DESRESPEITO, AS TRAIÇÕES, A INGRATIDÃO E A CRUELDADE . FERIDA QUE.PERMANECE ABERTA.
MENTALMENTE DESISTI, DEIXEI-ME LEVAR PELA INUTILIDADE DOS DIAS.

MAS, NUM OUTRO AMANHECER, NÃO RESISTO AO OLHAR SIMPÁTICO, AO DESAFIO MEIGO, SEDUTOR DOS SORRISOS  DE ALGUNS DESTES JOVENS. E HÁ OBRIGAÇÃO DE CONTINUAR A MUDAR ALGUMA COISA. DOS MEUS DIAS E DOS DIAS DOS OUTROS. DA ESCOLA. AFLIGE-ME,  FALTA DE TUDO NAQUELES CORREDORES.  DA FRIEZA DOS OLHARES, DOS TOQUES EM MÃOS DE PEDRA, QUE SE AFASTAM. E DO ISOLAMENTO DESEJADO. 
ELA PASSA EM FRENTE DA JANELA, SILHUETA INCLINADA PARA A FRENTE, DOENTE, NOS LIMITES DA DECADÊNCIA -ESFREGO OS OLHOS, SERÁ VERDADE, O FANTASMA DA MINHA MÃE NOS ÚLTIMOS TEMPOS DE VIDA.. ABANDONO-A AO MEU OLHAR. MAIS UMA E OUTRA VEZ. A MESMA PERSONAGEM, NINGUÉM DÁ POR ELA, PASSAM OS JOVENS DE BELEZA VESTIDA, PASSAM AS BOMBAS POLUIDORAS DE TODOS NÓS, E ELA INCLINADA TAL VITÓRIA DE "SAMOTRACIA" CAMINHA.

PBX, PELO CANTO DO OLHO SINTO-A NAS COSTAS, SOBE AS ESCADAS PARA O PRIMEIRO PISO. QUESTIONO A FUNCIONÁRIA.
-QUEM É ESTA SENHORA, QUE CAI AOS BOCADOS?
- É UMA PROFESSORA DE ELECTRICIDADE, VEIO DE LISBOA.
-HAM!!? MEU DEUS...
NINGUÉM VÊ QUE A MULHER ESTÁ NOS LIMITES, QUE NÃO PODE ESTAR A LECCIONAR...
TANTAS, GREVES, TANTAS GUERRAS, TANTOS MARIOLAS NO NOSSO SISTEMA DE ENSINO. E NÃO DIRIGEM OS SENTIDOS PARA IMAGENS DESTA NATUREZA.
A MÁQUINA DIABÓLICA.

PORQUE TÊM ELES TANTO MEDO DAS PALAVRAS?
DA OPINIÃO DE QUEM DISCORDA? E NÃO ALINHA EM ESTRATÉGIAS DE ORIGEM DUVIDOSA...


É ESTA ESCOLA QUE QUE NOS HABITA AS CONSCIÊNCIAS HOJE, , QUASE EM TODOS OS ROSTOS COM QUE ME CRUZO NO CORREDOR. HÁ UM DIFERENTE, (OUTROS REPLECTOS DE BELEZA, SÃO SEMPRE MULHERES JOVENS). AQUELA PROFESSORA DE HISTÓRIA QUE VEIO SUBSTITUIR A (A). É A PRIMAVERA. HÁ MUITO MUITO TEMPO!  MUITO TEMPO ATRÁS, ESTA ESCOLA E TODAS AS OUTRAS, FORAM HABITADAS POR PROFESSORAS E PROFESSORES PRIMAVERA, COMO ESTA MULHER COLORIDA, MONTADA NUM SORRISO QUE APETECE ABRAÇAR E NÃO DEIXAR,,,, PARA SEMPRE. 

É ESTA ESCOLA DE VERDADE, QUE OS ALUNOS PRECISAM-QUENTE, ENÉRGICA E BONDOSA.EXIGENTE!! RESPONSÁVEL!!! E HUMANA.


3 VEZES QUE A VI E "APAIXONEI-ME",É UMA PAIXÃO DEMOLIDORA, CONVENTUAL, NADA DE SEXUAL LIBIDINOSA.

É UMA PAIXÃO "PROFESSORAL. PORQUE REPRESENTA A ESPERANÇA NA (TAL) NOVA ESCOLA. QUE PODERÁ NASCER E RECOMEÇAR TUDO DE NOVO, DE NOVAS FORMAS E AGARRANDO A MOTIVAÇÃO DOS ALUNOS.  O QUE ELES CONSEGUEM FAZER, O QUE ELES FIZERAM COM ESTE DESAFIO. É A PROVA QUE NÓS LÍDERES, ADULTOS, EDUCADORES, POLÍTICOS...É QUE ESTAMOS ENGANADOS.

DESBLOQUEAR!
DESBLOQUEAR!
POR MÉRITO!...

DESBLOQUEAR...9 ANOS .? DIAS E 24 HORAS-PARA PROFESSORES JOVENS COM ESTE SORRISO.
AFINAL A ESCOLA E O MUNDO, O QUE NECESSITAM É DE SORRISOS. GRÁTIS E GENEROSOS. FELIZES!



ESTE É UM LUGAR DE CRIATIVIDADE.DE PAIXÕES E DE CONQUISTAS, ONDE NÃO SE PODERÁ FALAR (SÓ)DE NÚMEROS,ESTATÍSTICAS E POSES PARA FOTOS DA IMPORTÂNCIA INSTITUCIONALIZADA.  SOMAR GUERRAS E TOCAR EM CORPOS GELADOS DE  INSENSIBILIDADE E VIOLÊNCIA. 

COM MENOS MILHÕES E MAIS CORAÇÕES A BOMBAREM(!...)


Lembro-me de acordar e ouvir novamente o som dos violinos. Mas como se chega assim? As pessoas bem-sucedidas são muito focadas. Trabalham muito para conseguirem o que querem. (PINTO)




FORAM CHEGANDO, ENTRANDO...O CORREDOR MUDOU DE COR, BOAS VIBRAÇÕES, SORRISOS...MALTA DO 11º QUE ALINHARAM COM O ESPADANAL. TODOS FANTÁSTICOS E MERECEDORES DE VOAREM PARA O MUNDO DA ALICE. OS VETERANOS DO 12ºANO , NENHUM À VISTA.
SAÍMOS À HORA MARCADA 10 HORAS...AGITAÇÃO, OLHARES E ADMIRAÇÃO. BOM INÍCIO, CONSEGUIMOS A PRIMEIRA VITÓRIA, COM QUE A MULTIDÃO LARGASSE OS TELEMÓVEIS. DE FRENTE com  A GRAÇA- ATÉ QUENFIM CÁ QUALQUER COISA DE NOVO!...(UMA PALAVRA HONESTA, NO MOMENTO CERTO MOVE MONTANHAS)
EGO CHEIO, SUBIMOS AS ESCADAS.. AGITAÇÃO, HALL DA ENTRADA A TRANSBORDAR... OS DO 12ºANO, ELAS E ELES, BELOS COMO SEMPRE E DESTA VEZ A REBENTAREM DE CRIATIVIDADE. DIA GANHO! MAS AINDA FALTAVA QUASE TUDO.

A PROVA DESTE MILAGRE, AS FOTOS QUE SE SEGUEM, AS PALAVRAS DELES E AS MINHAS FRAQUEZAS ENQUANTO PESSOA. PODERIA TER FEITO AINDA MAIS...ELA PEDIU-ME UMA FOTO...NÃO PERCEBI.  E TODOS AQUELES ALUNOS MAIS JOVENS FORAM LÁ PORQUE NÓS ESTÁVAMOS  NAQUELE SÍTIO. O CENTRO DE CULTURA.

PRIMAVERA, NÃO NECESSITOU DE AUTORIZAÇÕES DOS PAIS,, PEDIDOS AO DIRECTOR OU GRANDE PAPELADA PARA PENSAR RAPIDAMENTE E ACTUAR. SIMPLESMENTE TEM O MAIS IMPORTANTE NUM EDUCADOR:- O IMEDIATISMO, TEMPERADO COM A LUZ DO ENTUSIASMO E DA PROCURA DA CRIATIVIDADE...PARA MUDAR TODA AQUELES JOVENS, TIRAR O MELHOR DELES, NUM SEGUNDO E, VAMOS EM FRENTE.
NÃO PERCEBI, AFINAL FALTOU UMA FOTOGRAFIA COM ELA. A PROFESSORA DE (H), QUE É, PRIMAVERA ESCOLA E QUE VEIO SUBSTITUIR A (A), ESTA!MAIS UMA DAS PERDIDAS DO DESENCANTO E NA INSENSIBILIDADE PELO PRÓXIMO - TRITURADA PELA   "MÁQUINA", DAS GUERRAS INVENTADAS PELOS  "NOGUEIRAS", E POR PERSONAGENS CRUÉIS QUE DESTRUÍRAM A PAZ NAS ESCOLAS, QUE HÁ MUITO VIVEM EM CRISES EXISTENCIAIS .
...NÃO SEI O NOME  DA JOVEM FELIZ, FICA ENTÃO PROFESSORA PRIMAVERA. QUE PENA, FALTOU UMA FOTOGRAFIA COM ELA...ELA "HABITA"OS DIAS COM UM SORRISO.PARECE-ME MAIS UMA ESTRELA BRILHANTE NO FIRMAMENTO.
FICA A MINHA PAIXÃO RECONHECIDA, E AS DESCULPAS DE NÃO ME TER ENTREGUE, POR MOMENTOS. MAS VIRÁ A OPORTUNIDADE, PARA A COLORIDA  E OS MEUS ANTIGOS ALUNOS DA JR.

FALTOU TAMBÉM UMA COM O TIAGVSART.PÔRRA!!!


...
NO MUNDO DE ALICE E DE REMBRANDT-A RONDA DO DIA E A PERDA DA INOCÊNCIA.



E O MUNDO DE TIAGVSART. E TODOS OS ALUNOS DE ARTES DA AMATO LUSITANO-10º-11º E 12ºANOS.






 ..
A VIAGEM INÍCIO. 


















ALEXIA E ANDREA

PERSONAGENS DE OUTRO HEMISFÉRIO-TALENTO E PERSONALIDADE.
ELAS FORAM A "PROA" DO NAVIO.









 AS TURMAS








 IMAGENS ARTE 




















INTERACÇÕES EM LA ROUTE 








PALAVRAS DELES!

MUNDO DE ALICEE REMBRANDT, LA ROUTE
A VIAGEM DO OBJECTO




No passado dia 27 de fevereiro de 2019 as turmas de artes da Escola Amato Lusitano foram convidadas a participar numa atividade de performance. A performance para as turmas de 10º de 11º ano (que inicialmente não entrava no projeto mas quis participar por iniciativa própria) consistia em criarem uma personagem que pudesse fazer parte do País das Maravilhas. Para a minha personagem decidi criar uma espécie de dona/rainha dos jardins, -Flora- visto que todo aquele lugar magico, místico e fantástico está repleto de um cenário verde e floral.
Para contrastar com este tema colorido e animado a turma de 12º estava com um tema mais escuro/sombrio, o que deu a toda a actividade um carácter “multi-cultural”, pois o mundo em que a Alice vive e o que o Rembrandt representa nos seus quadros são… digamos… opostos.


A princípio, quando confrontada com a actividade, admito que fiquei ligeiramente reticente. Ir mascarada para a escola e andar pela cidade num dia completamente normal? É de loucos! No entanto, quando o dia finalmente chegou, percebi que, o que era de nós sem um pouco de loucura? Já dizia Proust Para tornar a realidade suportável, todos temos de cultivar em nós certas pequenas loucuras.”, e não podia estar mais certo…

Ter ideias para o fato nunca foi o mais difícil, pois para qualquer aluno de artes ideias nunca devem ser um problema, na execução tive a sorte de ter uma mãe com um grande jeito para a costura e, assim, consegui tornar real uma ideia, tornar real o imaginável.


No dia 27, enquanto esperávamos na sala, sentia-se no ar um certo nervosismo de ir lá para fora e ao mesmo tempo entusiasmo. Tínhamos a vergonha e a coragem a combater uma com a outra, no entanto, o facto de estarmos ali com os nossos colegas dava-nos a confiança necessária para o entusiasmo ganhar.

À medida que o tempo passava sentiamo-nos casa vez mais os normais e que os outros é que eram os “estranhos”, como o professor dizia. Olhávamos para os que estavam vestidos convencionalmente e quase sentíamos pena, coitados, não se estavam a divertir como nós.
No Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco estávamos no lugar certo, éramos arte e estávamos no sítio onde a mesma é destinada. Aí, tiramos várias fotos incluindo fotos a pares e a três com uma moldura e um fotógrafo levados pelo professor. 

Quando chegou a hora de irmos para o Fórum e enquanto lá estávamos foi a grande experiência, pois e não estávamos no lugar de segurança que é a escola nem no espaço fechado do CCCCB, estávamos “à solta”.
 

As pessoas olhavam, faziam comentários, riam e faziam perguntas, nunca senti vergonha ou desconforto, sentia que estava na minha forma mais natural , que era finalmente eu mesma, um pouco de extravagância com originalidade, tudo na medida certa.

Já depois de um tempo no Fórum realizámos (a turma de 10º e 11º) uma “homenagem de despedida” à turma do 12º ano. Tínhamos violinos a tocar e, no fim, lançámos foguetes e peluches (objeto obrigatório em todos os disfarces), foi um momento muito bonito e acolhedor.
Assim que acabámos fomos almoçar, visto que a fome já apertava depois de tanta caminhada, aí, aproveitámos para descansar e, mais tarde, voltámos para a escola para ter aula.


 

Em conclusão, posso dizer que foi uma experiência nova cheia de boa disposição. Falo por mim, mas acho que se aplica a todos os alunos o facto de devermos um “obrigada” ao professor por nos proporcionar esta perfomance que vamos para sempre recordar com muito carinho e saudade. 

                                                               PATRICIA
...


LA ROUTE
A viagem do objecto
Para a criação desta personagem criei uma história para o homem de vermelho no quadro “A Ronda Da Noite” de Rembrant. Este homem era um nobre, da mais alta sociedade, que foi condenado à morte por um crime  que não cometeu. O acusado foi enforcado à frente da população, especificamente, com correntes e futuramente  reencarnou o papel de uma mulher demoníaca que pretende vingar toda a cidade, a sua arma são as correntes que o levaram a asfixia. 



Para a minha transformação acordei ainda era de noite, ouvi música para entrar na personagem. Comecei a caracterização colocando as lentes, as próteses (para ficarem mais realistas coloquei sangue) e fiz a minha maquilhagem. Também fiz a maquilhagem dos meus colegas. Para finalizar a personagem, coloquei as correntes e fiz alguns ajustes na roupa. Após eu e os meus colegas termos saído da minha casa, caminhamos até à escola, onde nos encontramos com o professor. Confraternizamos com os nossos amigos e vimos as caracterizações de cada um. Tiramos algumas fotos e dirigimo-nos até ao CCCB. Lá, apreciamos as obras e também tiramos algumas fotos. De seguida, fomos até ao Fórum, onde realizamos a nossa performance e fomos homenageados pelos mais novos. Acabamos a nossa manhã a comer grande pitéu (que foi merecido após tanto caminharmos).





                                    MY NAME IS MATILDE.

24 NO MUNDO DE REMBRANDT,
LA ROUTE

 
 


A VIAGEM DO OBJETO

  O tema escolhido para esta performance  foi a obra “Ronda da Noite”, da autoria do pintor barroco Rembrandt. Ao deparar-me com este tema, o meu primeiro pensamento foi caracterizar-me de acordo com as normas habituais do século XVII, época em que viveu Rembrandt. Ia ser, provavelmente, a minha última performance  no ensino secundário, não podia nem queria desapontar. Assim, recuei no tempo e encarnei uma personagem que facilmente se inseria na nobreza da época.
   Chegou, então o grande dia, 27 de fevereiro de 2019, o dia em que a obra de Rembrandt se transformou em realidade. As expectativas estavam muito elevadas. Queria que fosse um dia “em cheio”. Toda esta expectativa não só estava completamente correta, como foi superada. Estava à espera que fosse uma grande performance, mas nunca pensei que fosse tão incrível quanto foi.
    No decorrer de toda a actividade performativa todos os momentos foram óptimos, mas a cena final, no Fórum, foi algo extraordinário.
    Para efeito geral, o objectivo foi mais do que cumprido, tive muito a sensação de que tinha recuado no tempo e estava no século XVII mas, ao mesmo tempo que era uma personagem da obra “Ronda da Noite”  que tinha avançado no tempo e já estava numa época muito futurista.




 
    Para concluir, esta performance  foi um misto de sensações positivas, tanto me senti muito antiquado devido ao tema e a minha própria caracterização como, por vezes, olhava ao meu redor e sentia que estava no futuro já.
 
HENRIQUE

Dia da performance foi uma mistura de emoções. A ansiedade até o dia chegar, o entusiasmo e nervosismo no próprio dia e a tristeza e cansaço de ter acabado.
Com a minha personagem quis mostrar o lado negro da religião, o lado que não é falado, usando a cruz como arma do crime representando todos os males e mortes que acontecem devido a ISTO que as pessoas tanto veneram, a igreja. Na caracterização usei um corte em forma de cruz de maneira a representar uma aversão a todas as ideologias e crenças cristãs. No peito bem destacado tinha um pentagrama invertido que é a ascensão do diabo.
Esta personagem foi algo que não foi difícil de criar pois eu pessoalmente não sou religiosa e é um assunto que de certo modo me revolta pois criam esta fachada do que é a igreja e a religião mas é aqui que as piores coisas e por isso quis representar este assunto de modo exagerado e um pouco chocante. O processo de criar esta personagem foi interessante, trabalhoso, cansativo visto que acordei às 5h da manhã mas bastante gratificante ver que consegui fazer o que queria. 
INÊS
 
24 NO MUNDO DE REMBRANDT
 A VIAGEM DO OBJETO
Parte superior do formulário
Parte inferior do formulário
Parte superior do formulário

A inteligência artificial e as máquinas dotadas com recursos tecnologicamente avançados -  robôs, bots, drones, veículos autónomos, membros artificiais e até mesmo o nosso smartphone — convidam-nos a questionar a própria essência do que constitui a vida.

Assim nasce um Cyborg que  é um organismo dotado de partes orgânicas e cibernéticas, geralmente com a finalidade de melhorar suas capacidades utilizando tecnologia artificial é toda pessoa que tem sua existência constituída pela tecnologia digital. É o hibridismo entre o ser humano e a máquina, a incorporação das tecnologias em seus modos de existência, uma criatura de realidade social e também uma criatura de ficção. Neste hipotético cenário de rivalidade, humanos X robôs, é criado o exterminador do futuro no seguimento de uma a performance “desempenho ou uma exibição” ou “evento geralmente improvisado em que o(s) artista(s) se apresenta(m) por conta própria”. Porem tudo exige esforço e dedicação, que dá que pensar de uma forma criativa e sempre dinâmica. Logo após o lançamento do tema houve logo surgimento de ideias, umas com mais significado que outras. Mas o futurismo sempre me chamou a atenção e de certa forma também se relaciona com algo da mentalidade antiga dos anos da industrialização. Assim trabalhei arduamente durante 15 dias, desde a montagem da armadura, com pneus a uma mochila agregada ao meu corpo como forma de sistema e fontes de vida, um coração digital e um coração de um ser humano verdadeiro. Esses elementos como forma de aproveitamento e uso a desperdícios restantes em contentores de lixo e a famosa “tralha” que todos temos por casa. Após dias de construção chegou o tão grande dia, acordei as 5 da manhã, consegui ainda ir a casa da Matilde ajudá-la a pôr as lentes de contacto e voltei novamente ao meu trabalho. Após 4h30min de caracterização estava pronto não fiquei somente no sonho. Parti para a acção. Lembro-me de acordar e ouvir novamente o som dos violinos. Mas como se chega assim? As pessoas bem-sucedidas são muito focadas. Trabalham muito para conseguirem o que querem. E consegui realizar o que já idealizava na minha cabeça, uma viagem de um sonho para a concretização do mesmo, provocar emoções as pessoas e provocar as próprias pessoas. Fizemos arte, somos grandes artistas e sempre com um sorriso rasgado na cara quando alcançamos a “ilha” após uma grande a Viagem.



“Nem um elevado grau de inteligência, nem imaginação, nem ambos juntos fazem um génio. Amor, amor e amor, essa é a alma do génio.”

Essas são virtudes que vão nos deixar sempre um passo à frente das máquinas em quaisquer circunstâncias.

 ANDRÉ
...
 24 NO MUNDO DE REMBRANDT, LA ROUTE
A VIAGEM DO OBJETO

5:15 da manhã, o relógio desperta. A ansiedade começa, aquele nervoso miúdo saudável de entusiasmo. Começa todo o processo. Desde andar de pijama na rua para ir ter com colegas até ao fim da performance, o dia foi inesquecível, no mínimo.
Não sou religiosa mas este mundo sempre me fascinou, toda a mistura do sagrado com o profano sempre me intrigou e despertou em mim uma enorme curiosidade.
No quadro “Ronda da Noite” há uma personagem que quase se assemelha com um anjo, e aí soube exactamente o que era por este caminho que queria seguir.
Comecei pela coroa, tradicionalmente presente nas figuras da igreja católica, bem como as lágrimas, e acrescentei ainda um terço.
Depois, foi hora de acrescentar o lado mais obscuro e misterioso da minha personagem. Escolhi serpentes. Simbolicamente estas são a dualidade, a tentação, a sedução, o mistério. De acordo com a Bíblia, Eva provou o fruto proibido porque a serpente a convenceu. No Budismo as cobras representam o poder divino. Quis pegar nessa ideia e usar estes seres como as armas do crime, através do seu veneno. Achei que representavam tudo aquilo que a igreja representa na minha perspectiva, silenciosa mas mortífera.
Para completar esta ideia usei ainda uma lente (que credo, foi tortura!!) com um pentagrama invertido, um símbolo do satanismo.


Adorei o processo de criação da personagem, de ver as minhas ideias ganhar vida. Melhor que isso só mesmo ver a reacção das pessoas. Umas em choque, outras tentando não olhar e, as mais raras, enchendo-nos de elogios! Penso que todo o secundário este terá sido dos dias que mais me marcará. A família que se construiu na 23A reuniu-se e demonstrou do que é capaz, criando no público as mais diversas sensações. E isso é muito gratificante, deixar as pessoas a pensar, fazê-las ver o dia de forma diferente (para bem ou para mal). Criar actividade com a nossa criatividade.
Obrigada por nos dar a oportunidade de sermos diferentes sem nos sentirmos mal com isso. Foi épico, inesquecível, memorável. 
MINÊS!
...
O tema escolhido para esta Performance foi a obra de Rembrandt – A Ronda
Noturna, datada do século XVII é uma das pinturas mais conhecidas do Barroco.
O que me surgiu logo ao saber do tema apresentado foi vestir-me de guerreiro,
mas pensei melhor e vi isso como uma ideia muito simples. Depois de pensar uns
dias e ver alternativas devido ao apertado tempo para me poder preparar
devidamente, surge uma das personagens que sempre quis encarnar, sempre que via
aquelas fardas achava o quão perturbantes são só de olhar pelo seu aspecto único e
assustador, mas elegante ao mesmo tempo. Lá bem atrás, nessa época no século
XVII, existiam médicos que eram especializados nas pestes, os médicos das pestes,
têm o significado de morte na sua presença e eram chamados ás cidades quando
nas mesmas havia casos de propagação de alguma peste, brutal.
Ao tomar esta decisão e após ter visto do material necessário comecei a tratar
disso o mais rápido possível. Foi stressante por medo de as coisas não chegarem a
tempo por virem de tão longe, mas correu tudo bem. Tive de encomendar do
Aliexpress : a máscara ( característica base da personagem, usada para ser
colocado lá dentro ervas aromáticas para disfarçar os odores das pestes e de morte e
servia de protecção ) ; um par de luvas de couro ( servem de protecção para evitar
propagação do vírus ) e a máscara de protecção da cabeça preta para proteger de
contágios também ( roupa toda ela preta para disfarçar as nódoas de sangue e
vómitos das vitimas ).


 Já o resto consegui arranjar cá, o casaco pedi emprestado a um familiar, ficou
perfeito no conjunto ; o lenço do pescoço para dar um ar mais formal pedi
emprestado também, assim como o cinto e as botas visto que não uso nada deste
tipo de coisas ; a bolsa médica fiz umas alterações e coloquei o símbolo da
medicina que tem incluído as serpentes características, essas que por sorte

encontrei numa loja o bastão com uma serpente, tive a sorte do meu lado e poupou-
me trabalho; por fim reutilizei o chapéu e as calças e fiz também um suporte para

um frasco de poção que serve para o uso e tratamento da vitima.
Com tudo organizado, chegou o dia (27-02-19), estava muito ansioso para a
Performance, durante o espectáculo todo tive algumas dificuldades com a máscara, o
que fez pensar que essa profissão deve ter sido difícil, devido ao calor e estar em
movimento as lentes embaciavam-se e para alem de não poder usar os óculos para
ver bem ao longe, foi difícil mas consegui até ao fim, não queria desiludir
ninguém.
Por fim, houve momentos engraçados como comentários de medo em relação á
minha personagem e umas “buzinadelas” para nós, gostei do inicio ao fim, o
convívio, tudo. Em baixo estão as duas fotografias que tirei que adoro e retrata
exactamente o ambiente pretendido para a minha personagem.
Agradecimentos ao Stor Álvaro por nos proporcionar experiências como estas.


Duarte

...


NO MUNDO DE REMBRANDT, LA ROUTE
A VIAGEM DO OBJECTO

A minha personagem seria de carácter de classe mais baixa no quadro, como uma camponesa, ou melhor dizendo, povo; mas mesmo sendo uma personagem “fraca”, honestamente nunca pensei que fosse tão divertido caracterizá-la.




Tentei ao máximo caracterizar-me com o quadro do Rembrandt, pois não tencionava comprar um disfarce, estou em artes, parte tudo da criatividade, e assim me desenrasquei e me diverti com o meu capote.
O dia da performance foi certamente um momento único para mim, começando pelo fim, onde se fez uma homenagem à minha turma de 12º por concluir o secundário e em como o Índio se demonstra orgulhoso com a nossa determinação e desempenho. Os violinos tornaram o ambiente muito melhor, fiquei bastante impressionada por ver alunas em artes que ainda tocam instrumentos pois infelizmente é raro, mas foi das coisas mais lindas que já vi e ouvi também porque não pareciam amadoras nem por um segundo, foi a coisa que mais gostei do dia, sem dúvida, o toque dos violinos que o Índio quis acrescentar.
Todas as fotos, poses, a arte pintada na cara ,a comunhão com outras turmas e os disfarces foi uma coisa rara de ser ver, 3 turmas de artes unidas para fazer tudo num só.

CAROLINA TRIKAZ
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24 NO MUNDO DE REMBRANDT, LA ROUTE
A VIAGEM DO OBJETO

Confesso que ao início, quando o tema foi apresentado, não me chamou muito à atenção. Era algo que não que não estava à espera e não fazia ideia de como poderia fazer a transformação de acordo com os meus gostos pessoais. Durante muito tempo andei em pânico pois via os meus colegas com as suas personagens pensadas e já com bastantes ideias e eu sem ter uma única ideia que me pudesse "abrir caminho".



Comecei a falar com a turma e a tentar perceber como poderia formar a minha personagem. Finalmente encontrei vestido, falei com o professor, pedi ideias e opiniões e escolhi a roupa. Faltava o resto, faltava saber o que queria transmitir com a minha personagem, algo que chocasse, algo que fosse uma realidade do antigamente mas também uma realidade do presente.
Violência contra as mulheres. Após falar com os algumas pessoas cheguei, finalmente, a uma conclusão. Queria falar sobre a violência praticada sobre as mulheres, uma realidade que já existe há vários séculos e algo que desperta em mim raiva. Queria chocar, mostrar a realidade que se faz sentir, a dor psicológica que as mulheres sentem, a tristeza no olhar delas, as marcas no corpo.
Chegou o dia. Foi caótico. A preparação foi difícil, os preparativos, toda a maquilhagem, demorei algum tempo. Cada vez mais sentia que era aquilo que eu queria mostrar, ao longo da transformação tive a certeza disso. Todos os pormenores da maquilhagem demoraram o seu tempo, esforcei me muito para conseguir o resultado final. Fiquei muito orgulhosa da minha personagem e espero ter conseguido transmitir a tristeza e a dor que estas mulheres sofrem na mão de muitos homens.



MARIANA 

...

 ✖  Com dúvidas, dificuldades e inseguranças arrisquei, embarquei nesta ronda do dia, vivendo intensamente 24 horas num mundo muito distinto do habitual, O MUNDO DE REMBRANDT__Mesmo sem expectativas muito elevadas, acordei sorrindo para um novo desafio colocado com o intuito de o superar, pois para se poder fazer uma obra de arte não basta apenas ter talento, não basta ter força mas sim é preciso também viver um grande amor pelos desafios que nos são colocados na nossa grande escolha de vida.
 ✖  Este percurso fez me perceber o que é esforço e lutar pelo nosso sonho, pois arte não é um caminho fácil de percorrer, para mim  a arte diz o indizível; exprime o inexprimível e  traduz o intraduzível .




✖  Este curso foi uma decisão complicada de tomar, mas agora que já estou a concluir, percebi que foi uma excelente oportunidade, pois somente pela arte é que  podemos sair de nós mesmos, saber o que os outros vêem para além da realidade, permite nos  ver para além de um único mundo, vemo-lo multiplicar-se.


MÁRCIA



Ø Estava muito nervoso pois não sabia se o meu fato estava à altura do dos outros e tinha vergonha, mas quando cheguei à sala onde nos reunimos essa vergonha e esse pensamento passaram, pois estávamos todos diferentes mas bonitos.
Ø Esta atividade começou na escola Amato Lusitano com o intuito de nos organizarmo-nos e planear como seria feita a performance. De seguida prosseguirmos para o CCCB para ver e interagir com a exposição. Depois de interagir com a exposição fomos para o fórum onde foi feita a performance em homenagem ao 12º ano.
Ø Apesar do final ficar bem diferente daquilo que imaginava foi um homenagem muito bonita e acho que passamos a mensagem.
Ø No dia seguinte apercebi me que às vezes ser diferente é bom e só quero voltar a ter uma experiência como esta.


GONÇALO

...

De manhã acordei muito entusiasmada e comecei a vestir-me. Escolhi um vestido branco e preto, uma vez que simbolizava a cor das cartas, depois recortei um pau e coloquei da parte branca do meu vestido, também desenhei inúmeros paus ao longo das meias brancas, arranjei um adereço pra colocar na cabeça que era um pequeno chapeuzinho preto e por fim utilizei uma maquilhagem adequada a essa personagem.

Fui para a escola já preparada mas confesso que tive alguma vergonha de aparecer assim da rua vestida, mas rapidamente esse medo foi desaparecendo.
No decorrer da actividade, estive sempre muito animada e no CCB tiramos muitas fotos que demonstraram isso mesmo:

Adorei ter participado nesta actividade, pois acho que permitiu que houvesse uma melhor interacção entre todos os alunos.
JÉSSICA



Os preparativos tratam-se com alguma antecedência e ansiedade pois o tema é muito vasto e tento ser o mais original possível. Pesquiso, abro o roupeiro e penso: que posso fazer?
Daí começam a surgir ideias e mais ideias… pego dali, compro ali, faço aqui… e voilà… o vestido começa a tomar vida e a brilhar.
Fico satisfeita com o resultado… falta a maquilhagem… os brilhos não podiam faltar… penas fofinhas a voar… e no cabelo a ressaltar …
E está feito.
Nasceu a toalete das maravilhas…
O dia chegou… bem cedo acordei… precisei de bastante tempo para a perfeição realçar J Vesti a roupa, de seguida as meias com algum cuidado para não fazer disparate e estragar logo tudo e a maquilhagem foi o que demorou mais…
Confesso que no início a vergonha acompanhava-me, mas com companhia foi passando e quando cheguei á escola terminou … parecia que estávamos dentro de um mundo maravilhado de maravilhas… tão diferente, mas no fundo tão interessante e criativo.
Ás 9.45 chegou o professor de preto,
branco e vermelho… quem era o personagem?

Toca a música… soava uma melodia de violino… era o sinal, todos para as suas posições.
Subimos em filinha para o primeiro andar e colocamo-nos no varandim á espera do “apito final” para avançarmos… e aí surgiu… foguetes a estalar e peluches a voar sobre os colegas de 12º AVIS




OBJETIVO


O objectivo deste dia tão diferente, é mostrar que ser diferente faz diferença mas que isso não tem que ser um problema, pois a diferença deve ser encarada como algo banal e o mais importante é que cada um se sinta bem consigo mesmo.

MARIA CANDEIAS


No dia anterior a esta actividade eu estava muito nervosa pois enquanto fazia os últimos retoques do fato só pensava no que as pessoas iriam dizer e se iria correr tudo bem. Nesse dia só dormi 5 horas, a ansiedade era tanta que não consegui dormir mais.

   No dia da actividade estava deserta por chegar a escola para ver os meus colegas. A sensação quando cheguei a sala e vi todos os meus colegas foi maravilhosa, estávamos todos diferentes e muito bonitos. Antes de irmos para o museu tivemos que ensaiar a performance que foi feita no fórum. A performance foi muito bonita, pois juntamos-nos todos para homenagear o 12 ano , foi um momento de felicidade.

  No dia a seguir quando acordei só queria voltar ao dias 27 porque senti-me bem em ser diferente e o mais importante foi sentir-me diferente com todos os meu colegas.

 Para concluir posso dizer que esta performance foi muito importante para todos nós não só pelo convívio uns com os outros mas também por nós ter “soltado” da nossa zona de conforto. 


 CONSTANÇA

Esta grande aventura começou há uns tempos, quando o professor de desenho, nos disse que tínhamos de criar uma personagem inspirada no mundo de Alice no pais das maravilhas. Eu fiquei logo muito entusiasmada com a ideia e comecei logo a pensar qual seria a minha personagem, pensei em muitas coisas, mas no fundo sabia que tinha de ser algo relacionado com o chapeleiro, visto que ele é uma das minhas personagens favoritas no mundo de Alice. Os dias foram passando e eu estava com mil ideias na cabeça, mas acabei por decidir que o meu personagem se chamaria  Sr. Incógnito, que usaria uma capa preta, mas assim como o chapeleiro vestia uma camisa, um laçarote e um colete.  Sr.Incógnito é o lado sombra do chapeleiro, apaziguava os seus comportamentos mais sombrios, dava-lhe mais estabilidade.

Finalmente o tão esperado dia chegou e  eu estava uma pilha de nervos, curiosa para saber que personagem os outros haviam inventado e que trajes usariam. A primeira pessoa que vi nesse dia foi a Raquel, a qual se auto denominava de Mikel . No caminho para a escolha muitas pessoas olhavam para nos, com um ar surpreendido, algumas riam-se para nos e outras ficavam chocadas , e penso que tanto eu como a Raquel nos sentíamos bem, sentimo-nos diferentes, mas ao mesmo tempo importantes e iguais.

Durante o dia, eu senti-me feliz, por  fazer parte desta tão grande actividade, que partilhei com os meus amigos e com um  professor Incrível!!! Na manhã seguinte quando acordei, sentia-me feliz e triste ao mesmo tempo. Triste porque aquele dia maravilhoso já tinha acabado, mas feliz, porque tive oportunidade de o viver. Este dia vai ficar para sempre na minha memória .




JOANA




24 NO MUNDO DE ALICE, LA ROUTE
A viagem do objecto
27 de Fevereiro de 2019. Não só o dia no qual completei 17 anos de existência mas também o dia no qual tive a oportunidade de participar no melhor evento relacionado com o meu curso.
Após a proposta, por parte do professor, do tema "Alice no país das maravilhas", foi nos dito que deveríamos criar uma personagem que se integrasse no mundo de Alice e estava, desde já, proibido imitar qualquer personagem existente.
Foi um desafio para todos nós, desde a ânsia com que ficámos assim que percebemos o que iria acontecer, ao momento em que saímos de casa numa nova personagem, na nossa personagem.
Um turbilhão de sentimentos apoderou-se de mim, curiosidade, entusiasmo e um certo medo de não corresponder às expectativas (alheias e minhas).
Após todos os nervos ultrapassados do "que roupa levo?" "que personagem vou criar?", de demasiado sono acumulado derivado à criação da roupa à ultima da hora, não podia estar mais satisfeita com o resultado. Criei uma personagem que superou as minhas próprias expectativas.
9:30h. Sala 23A. Eu, irmã renegada das rainhas de copas e rainha branca, super entusiasmada tendo o meu corpo sido mais uma vez apoderado pelo turbilhão de emoções. Olhei à volta. Senti que todos sofriam do mesmo que eu, entusiasmo e medo.
Por volta das 10h, tendo já todos os alunos chegado, o professor inicia a explicação do que iria acontecer. "Isto não é uma brincadeira de Carnaval, isto é Arte".  Apesar de banais, foram provavelmente as melhores palavras que ouvi nesse dia. É verdade. O que fizemos foi Arte, nós somos Arte com A maiúsculo.
Reformulo.
O que fizemos foi ARTE, nós somos ARTE, tudo em maiúscula.
Saímos do recinto escolar por volta das 10:30h. Subimos a avenida cientes de outra frase que o professor nos havia dito "nós somos os normais, os outros não". Com isto, fomos em pequenos grupos dirigindo-nos para o CCCCB e dou por mim à gargalhada com as minhas amigas ao perceber que a reação das pessoas que passavam era essencialmente olhares de reprovação (tendo recebido também bastantes elogios) porque esta é a mente da sociedade onde vivemos. Não aceitam o diferente.
Visitámos o museu, tirámos fotos, sorrimos, elogiámos as criações dos outros, barafustámos por estarmos esfomeados, mas, principalmente, aproveitámos o momento.
Algures entre as 11:30h e as 12h dirigimo-nos para o Fórum onde, mais uma vez, nós éramos os normais, não os outros. Um pouco antes das 13h, realizámos então uma performance em homenagem à turma de 12°ano, que irá embora no fim deste ano letivo.
Fim da performance, hora de almoço. A divisão total. Cada um de nós se separa e foca-se na fome que tinha.
Neste momento, estou sentada num banco do café a tentar encontrar uma forma de concluir a minha exposição sobre um dia que claramente ficará marcado, não só a mim, mas a todas as pessoas que tiveram a oportunidade de presenciar este momento.


Leonor Conceição

Eu era Mora Plimpers, uma rapariga dois anos mais velha que Alice.
Cuidava dela sempre que o seu pai saia...
Era dificil mantê-la em casa pois era uma menina muito ativa, por isso iamos sempre brincar para o jardim e eu ensinava-lhe os nomes de todas as flores que lá haviam, Alice mostrava-se muito intetessada e nos momentos mais complicados (antes de ser internada), para se acalmar começava a soletrar o nome de cada flor que lhe tinha ensinado.
A minha personagem tinha por detrás dela toda esta historia por isso a peça-chave da roupa que usei foi um casaco coberto de inúmeras flores. Escolhi as tartarugas como o meu peluche pois eram os animais de estimação da Mora.
Criar esta personagem foi bastante fácil e todas as minhas ideias se encaixaram muito bem.
No dia antes da performance a Maria Balbina foi dormir a minha casa e nem dormimos! Ficamos a pensar com seria , a testar maquilhagens e a ver uma série.
Quando eram 7:30 começamo -nos  a arranjar: fizemos as maquilhagem, penteamos os cabelos, vestimo-nos e fomos para a escola com um mix de emoções.
Durante o caminho deparámo-nos com imensas atitudes diversas por parte das pessoas que passavam... umas elogiavam outras criticavam e olhavam-nos de lado e ainda havia as indiferentes.
Ao chegar à escola sentimo-nos "em casa" pois ja não estávamos sozinhas, estavam lá todos os nossos colegas e alguns amigos.
Quando vi o professor ,que naquele dia não era o Álvaro Espadanal mas sim uma personagem, senti felicidade, não sei explicar porquê...
Quando estávamos as quatro(eu,Maria Balbina, leonor, mariana louro) a ir para o ccccb estávamos felizes, era o aniversário da Leonor e estávamos com good vibes.
Ao chegarmos fomos ver a exposição e tirar fotos mas penso que la ficamos muito tempo e ja estávamos a ficar com fome.
Depois fomos para o Fórum, onde homenageamos a turma do décimo segundo ( foi um momento bonito, apesar de os violinos não se ouvirem muito bem pois a musica do fórum continuou a tocar); a melhor parte foi da performance foi quando atiramos os peluches e os confétis aos finalistas, eles pareceram ficar felizes.
A performance foi "bruutalll", mas para o ano espero que seja muuuuito melhooor, pois como o professor diz as últimas são as melhores.



MARIANA MILHEIRO


   Vou fazer este relatório, não espera isto não vai ser um relatório mas sim uma exposição quase como um conto sobre a experiência que nos foi dada através desta performance, que o stor Espadanal nos proporcionou. Tudo começou pela notícia de que teríamos uma performance de carnaval por parte da disciplina de Desenho A, onde todos ficamos curiosos mas o professor era sem dúvida o mais contente e feliz com a ideia, alguns disseram de imediato que participariam, outros ficaram confusos sobre qual decisão tomar, mas alguns simplesmente decidiram não participar (o que na minha opinião foi um erro). Todos queríamos impressionar com as nossas ideias para personagens ou pela maneira como nos iriamos maquilhar e vestir, mas a espera parecia esgotante, na última semana não parávamos de falar disso, fazendo as últimas compras para que os nossos personagens fossem perfeitos. Ate que terça chegou, o dia antes de tudo acontecer, estava tao empolgada, desejosa que quarta chegasse logo, mas mais uma vez esperar era agoniante. A noite foi passada acordada, a ver uma serie qualquer que eu esperava que conseguisse fazer com que eu ficasse acordada ou pelo menos que fizesse o tempo passar mais depressa. Fui acordada por volta das sete, pela UVA, que me perguntava se nos começávamos já a arranjar ou se apenas voltávamos a dormir, que depois de uma boas voltas na cama foi decidido começar pela maquilhagem, estava um pouco cansada confesso mas depois de um bocado, a vontade de estar perfeita para aquele dia encheu-me de energia, depois de alguns minutos estava-mos vestidas e maquilhadas devidamente como as nossas personagens. A ida de casa da Mariana para a escola foi, como posso dizer, peculiar, todos olhavam para nós dizendo “ainda não é carnaval” ou então “estão muito bonitas” ou ate mesmo “o que é que vai acontecer hoje”. Chegámos finalmente a escola vendo os incríveis personagens que os nossos colegas tinham criado, esperávamos o professor, finalmente, dizer o que iriamos fazer e por fim explicou-nos a homenagem que faríamos aos alunos do 12º ano. Depois de tudo explicado colocamo-nos por grupos e fomos andando para o CCCB, onde tirámos fotos incríveis com os nossos disfarces, mas com toda a gente cansada e com fome fomos finalmente andando para o fórum. Chegando lá o professor disse-nos as horas a que deveríamos estar prontos para começar a performance e disse que fossemos passear, assim fiz, o que resultou no olhar admirado de várias pessoas. Finalmente fomos para ao pé dos outros que se estavam a preparar para fazer o seu melhor. Começou aquilo que para mim no começo foi dececionante, mas em seguida tornou-se em algo que quero recordar para sempre. Porque mesmo não tendo saído da maneira que eu imaginava foi divertido, podendo ate dizer que foi um dia “BRUTAL”. Na manha seguinte estava ainda muito cansada, e com os pés em ferida, mas nada tirava da minha cabeça tudo o que tinha acontecido no dia anterior, como se aquela experiência tivesse tido algum significado na minha vida, e finalmente eu consegui perceber, tem a ver com todos os que eu conheci aqui, comecei a ter um amor enorme por este curso, e esta performance fez-me olhar para os alunos do 12º ano que agora têm de deixar esses anos de aprendizado para trás e ir a procura daquilo que sempre sonharam. Então eu só quero aproveitar estes três anos que eu tenho pela frente da melhor maneira possível, e que possa aprender tudo aquilo que o professor me puder ensinar.
 
MARIA BORREGO
..

E TERMINOU O TRABALHO ARTE EM SORRISOS E CARETAS




VEJAM! QUANTO GRANDE E LUMINOSA, PODERÁ SER UMA ESCOLA, QUANDO ENTRAMOS NO MUNDO DAS EMOÇÕES E DO MELHOR QUE O SER HUMANO TEM DENTRO DE SI...A FELICIDADE E O AMOR.A ENTREGA ÀS CAUSAS  PARA PARTILHAR E CONSTRUIR NOVOS MUNDOS.

OBRIGADO
TIAGUSART
TURMAS DAS ARTES
ALEXIA-ANDREA
MARIA DO 11º

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