LOBOS

Sou, na verdade, o Lobo da Estepe, como me digo tantas vezes – aquele animal extraviado que não encontra abrigo nem na alegria nem alimento num mundo que lhe é estranho e incompreensível

Herman Hesse

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

MANIPULAR as MASSAS





Manipulação Mediática
Noam Chomsky desenvolveu a lista das "10 estratégias de manipulação” dos princípios sociais e económicos de forma a atrair o apoio inconsciente dos meios de comunicação para a manipulação.





1.- A estratégia da distracção:.

O elemento primordial do controlo  social é a estratégia da distracção  que consiste em desviar a atenção do  público dos problemas importantes e das  mudanças decididas pelas elites políticas  e económicas..



A técnica é a do dilúvio  ou inundação de contínuas distrações e  de informações sem importância. 
A estratégia da distração  é igualmente indispensável para impedir ao público interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. 

Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, atraída por temas sem importância real.
Manter o público ocupado, ocupado,  ocupado, sem nenhum tempo para pensar.
(Citação do texto “Armas silenciosas  para guerras tranquilas”). 
2. Criar problemas e depois  oferecer soluções:
Este método também é chamado: 
“problema--> reação--> solução”.

Cria-se um problema, uma “situação”  prevista para causar certa reação no  público, a fim de que este seja  o suplicante das medidas que se deseja  fazer aceitar.,

Por exemplo: deixar que se  desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o requerente de leis de segurança e políticas, em prejuízo da liberdade.
Ou também:
Criar uma crise económica para  que o povo  aceite como um mal  necessário o retrocesso dos direitos sociais  e o desmantelamento dos serviços públicos. 

3. A estratégia da gradualidade:
Para fazer que se aceite  uma medida inadmissível, basta a aplicá-la  gradualmente, a conta-gotas, num prazo alargado. 


Dessa forma, as novas condições  impostas, as mudanças radicais são aceites  sem provocar revoltas.
4. A estratégia do adiar  :
Outra maneira de provocar a  aceitação de uma decisão impopular é  a de apresentá-la como dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura.
É mais fácil aceitar um sacrifício  futuro que um sacrifício imediato.

 Primeiro, porque o esforço não é imediato.


 
- Segundo, porque a massa, ingenuamente crê que “amanhã tudo irá melhor” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado.
 Isto dá mais tempo ao cidadão para se acostumar à ideia da mudança e de a aceitar com resignação quando chegar o momento.
5. Dirigir-se ao público como  a criaturas de pouca idade:
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A maioria da publicidade dirigida  ao grande público utiliza discursos, argumentos,  personagens e entoações particularmente infantis,  muitas vezes a roçar a debilidade, como  se o espectador fosse uma criança ou  um deficiente mental.
Quanto mais se tente procurar  enganar o espectador, mais se tende a  adotar um tom infantil.
Porquê?
“Porque dirigir-se a uma pessoa como se tivesse 12 anos ou menos, tenderá, por sugestão, a provocar respostas ou reações mais infantis e desprovidas de sentido crítico”.
6. Utilizar o aspecto emocional  muito mais que a reflexão:.
Fazer uso do aspecto emocional  é uma técnica clássica para curto-circuitar  a análise racional, e neutralizar o sentido  crítico dos indivíduos. 

Por outro lado, a utilização  do registro emocional permite abrir a  porta de acesso ao inconsciente para implantar  ou injetar ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir determinados comportamentos.
7. Manter o povo na ignorância  e na mediocridade:
Fazer com que o público  seja incapaz de compreender a tecnologia  e métodos utilizados para seu controlo  e  escravidão. 

“A qualidade da  educação dada às classes sociais inferiores  deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distancia entre estas e as classes altas permaneça inalterada no tempo e seja impossível alcançar uma autêntica igualdade de oportunidades para todos.”
8. Estimular o público a ser complacente com a mediocridade
Fazer crer ao povo que está  na moda a vulgaridade, a incultura, o  ser mal falado ou admirar personagens  sem talento ou mérito algum, o desprezo  pelo intelectual, o exagero do culto ao  corpo e a desvalorização do espírito  de sacrifício e do esforço pessoal. 
9. Reforçar o sentimento de culpa pessoal:
Fazer crer ao individuo que  ele é o  único culpado de sua  própria desgraça, por insuficiência de inteligência,  de capacidade, de preparação ou de esforço. 

Assim, em lugar de se revoltar  contra o sistema económico e social,  o indivíduo desvaloriza-se, culpa-se, gerando  em si um estado depressivo, que inibe  a sua capacidade de reagir 

E sem reacção, não haverá  revolução.
10. Conhecer os indivíduos melhor  do que eles mesmos se conhecem: 
Nos últimos 50 anos, os  avanços da ciência geraram uma crescente  brecha entre os conhecimentos do público  e aqueles utilizados pelas elites dominantes. 
Graças à biologia, à neurobiologia  e à psicologia aplicada, o Sistema tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicológica.

Sistema conseguiu conhecer melhor o indivíduo comum do que ele se conhece.  
Isto significa que, na maioria  dos casos, o sistema exerce um  maior  controlo e poder sobre os indivíduos,  superior ao que pensam que realmente tem.
Noam Chomsky 

Visões Alternativas 

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