LOBOS

Sou, na verdade, o Lobo da Estepe, como me digo tantas vezes – aquele animal extraviado que não encontra abrigo nem na alegria nem alimento num mundo que lhe é estranho e incompreensível

Herman Hesse

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

DESUMANIZAÇÃO







AVÉ NOGUEIRA!!!PRETO E BRANCO

 

 

 

JURO!
QUE
NÃO
FUI
EU
QUE
DISSE
(PENSEI ?!?SIM PENSEI)
OU
ESCREVI.




COMPARAR O INCOMPARÁVEL
O PODER NUMA ÚNICA PESSOA

...SE PERGUNTASSEM (!). ANTES, DA GRANDE ASNEIRA, QUE, FOI VOLTAR AO PASSADO, um passado mais "passado".

 COMO SE PUDÉSSEMOS VOLTAR ATRÁS - os processos e a VIDA NUNCA SE REPETEM DA MESMA FORMA. MAS JÁ QUE FALEI DO PASSADO, FAZENDO UM EXERCÍCIO DE MEMÓRIA,  OS DIRECTORES (...e os PRESIDENTES DAS MAIS RECENTES) DAS ESCOLAS DO ANTIGAMENTE, E OS DE HOJE NUMA COLAGEM DESCONSOLADA.

 FORAM PESSOAS COMO ESTAS DO PRESENTE. COM UMA DIFERENÇA, UMA SUBTIL DIFERENÇA. SÓ LHES RESTAVA UMA OPÇÃO:-CONCORDASSEM OU NÃO TINHAM QUE SEREM FIÉIS ÀS REGRAS E CUMPRIR AS LEIS.
CUMPRIR!
FAZEREM CUMPRIR...E(?)



 SEM FUGAS NEM ESTRATÉGIAS.

(TALVEZ PORQUE AS LEIS E AS NORMAS, OS DECRETOS DURASSEM MAIS TEMPO, NÃO MUDASSEM COM AS CORES PARTIDÁRIAS (HOJE.)- NUM SISTEMA DE PARTIDO ÚNICO,  TUDO ERA FEITO PARA DURAR.
ACTUALMENTE, vivemos numa época de experimentalismo, nada dura por muito tempo, e torna-se motivo de facilitismo e do desenrasca.) 

 AS "TRAIÇÕES" NÃO FORAM NORMA E  QUEM HIERARQUICAMENTE ESTAVA NUM PATAMAR SUPERIOR (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, MANDAVA.
 EXISTIA UMA DISCIPLINA.

HOJE EXISTEM E ESTÃO IMPLANTADOS COMPLÔS , QUE VISAM SIMPLESMENTE INTERESSES INDIVIDUAIS E ENFERRUJAR A ENGRENAGEM DO PODER (ME). 

EXISTE UMA MISTURADA DE INTERESSES E LUTAS QUE PREJUDICAM A PAZ NAS NOSSAS ESCOLAS.
Directrizes, DEVERES E DIREITOS, TODA A COMUNIDADE SABIA COM O QUE CONTAR E COMO ACTUAR- GENTE DE PRIMEIRA E SEGUNDA, NÃO FAZIAM PARTE DESTA MINI SOCIEDADE QUE FORAM AS ESCOLAS DO ESTADO-NOVO. E A  Actual ATÉ FINAIS DE 90 (O NOME DE DIRECTOR FOI SUBSTITUÍDO POR PRESIDENTE), ONDE OS PROFESSORES ORGANIZAVAM VERDADEIRAMENTE OS ACONTECIMENTOS NAS ESCOLAS NACIONAIS.
 VIVIA-SE NUM SONHO DO IR E ESTAR NA ESCOLA, EXECUTAR PROJECTOS QUE SE PROLONGAVAM NOS DIAS, NINGUÉM SE PREOCUPAVA  EM TRABALHAR FORA DO HORÁRIO.

SONHADORES

AS NOVAS GERAÇÕES DE DOCENTES ENTRAVAM COM ENERGIA E PROJECTOS AMBICIOSOS. HOJE OS POUCOS QUE ENTRAM, TAPAM BURACOS E PERCORREM OS CORREDORES COM UM AR ENVERGONHADO E SEM ESPAÇO PARA GRANDES REVOLUÇÕES.

JOGADAS, ESTRATÉGIAS PARA UMA 2MONARQUIA" DO PODER. NINGUÉM SABIA O QUE ISSO ERA.  NA ESCOLA EM QUE TODOS FOMOS FORMADOS, NATURALMENTE OS LÍDERES TERIAM QUE POSSUIR FIDELIDADE À PÁTRIA, AO REGIME E À PALAVRA DE HONRA QUE DAVAM QUANDO RECEBIAM O CARGO.
 PESSOAS EDUCADAS E FRONTAIS. NÃO ESTAVAM PREOCUPADOS EM PERPETUAR OS LUGARES, NEM A PREPARAREM O NINHO PARA PASSARÕES DA MESMA COR.


ONTEM E HOJE




OS DIRECTORES
E A FRAGMENTAÇÃO DAS RELAÇÕES


1- O DIRECTORES USAVAM FATO, GRAVATA E SAPATO BRILHANTE.

A- OS DIRECTORES NORMALMENTE USAM  CAMISA SEM GRAVATA ( TIPO MARQUES MENDES QUANDO ESTÁ DE FÉRIAS NO ALGARVE E NÃO SE LIVRA DE SOMAR MAIS UNS MILHARES À CONTA BANCÁRIA PARA DIZER UMAS PARVOÍCES, FAZER-SE DE SANTINHO E MUITO SÁBIO). A NÃO SER QUE TENHA ASSUNTO IMPORTANTE PARA COMUNGAR COM OUTROS LÍDERES LOCAIS OU VISITAS DE GENTE IMPORTANTE.



2- NENHUM ALUNO, AMBICIONAVA OU EQUACIONAVA UMA VISITA AO GABINETE DO DIRECTOR. NÃO ERA MEDO, MAS RESPEITO. E SE LÁ IA ERA COISA SÉRIA E IRIA COM TODA A CERTEZA SER PENALIZADO. REGRESSAVA À SALA DE AULA,  DE CABEÇA BAIXA E EM SILÊNCIO. O PROFESSOR SEM MORALISMOS DAR-LHE-IA UMA PALMADINHA NO OMBRO.

B- OS ALUNOS NÃO SE IMPORTAM  DE SEREM CHAMADOS AO GABINETE DO DIRECTOR, ALGUNS FALTAM À CHAMADA, COM ORGULHO DISPARAM:-NÃO ME APETECE IR LÁ, E O QUE VOU LÁ FAZER(?). 
OU IRÃO,PARA RECEBEREM DIPLOMA, REBUÇADOS OU PALMADINHAS NAS COSTAS. MESMO QUE TENHAM FEITO "COISA DA BOA", NÃO SAEM BELISCADOS DESTA PROVA DE CRESCIMENTO. ELES SÃO OS DONOS DO SEU PRESENTE.  
ENTRARÃO NA SALA DE AULA COM A CABEÇA ERGUIDA E A GABAREM-SE NUM ENCOLHER DE OMBROS.

...

3-MUITAS VEZES  OS PROFESSORES, NECESSITAVAM DE RESOLVER ALGUM PROBLEMA FORA DO ÂMBITO DA SUA PRÁTICA ESCOLAR. DIRIGIAM-SE RESPEITOSAMENTE AO DIRECTOR OU AO PRESIDENTE DO CONSELHO DIRECTIVO, ONDE ERAM SEMPRE RECEBIDOS DE UMA FORMA EDUCADA E FORMAL. SAINDO COM A CERTEZA QUE O PROBLEMA SERIA RESOLVIDO.
PORQUE A ESCOLA TINHA QUE SER UM LUGAR SEGURO E JUSTO.

C- OS PROFESSORES QUE SE CONFRONTAM COM MUITOS PROBLEMAS DISCIPLINARES, FAMILIARES E DE SAÚDE NO DOMÍNIO PSICOLÓGICO. PROCURAM  (COM ALGUMA CORAGEM ENVERGONHADA) O APOIO DOS DIRECTORES. 
SENÃO FOREM DAS SIMPATIAS DESTES, RECEBERÃO UMA RESPOSTA RÁPIDA QUE VAI ENTRE O ... METE ATESTADO E (!).-QUANTOS ANOS TE FALTAM PARA A REFORMA?
NÃO SERÁ MELHOR PEDIRES PARA TE FAZEREM AS CONTAS NA SECRETARIA, PARA VERES O QUE TE TIRAM DO SALÁRIO ACTUAL.

 -SECALHAR SERÁ MELHOR REFORMARES-TE.
(NESTE CASO O PROFESSOR/A SAI DE LÁ PIOR DO QUE ENTROU)NÃO HÁ SAFA POSSÍVEL-VAI ENDOIDECER PARA LONGE, PORQUE HÁ CINCO CÃES A UM (1) OSSO PARA O TEU LUGAR.E NÃO PASSA DE UM NÚMERO NO CC.


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4- AS FESTAS EXISTENTES NAS ESCOLAS DO ESTADO-NOVO, FORAM AS FESTAS DE NATAL,E FINAIS DE ANO ESCOLAR, ESTAS COM EXPOSIÇÕES DE TRABALHOS DOS VÁRIOS CURSOS TÉCNICOS E ACTIVIDADES DESPORTIVAS. REUNIAM TODA A COMUNIDADE ESCOLAR, FAMÍLIAS E CONVIDADOS. O DIRECTOR

 BOTAVA DISCURSO. NÃO HAVIA BANQUETE.

AS FESTAS DOS FINALISTAS, ERAM A  EXCEPÇÃO À REGRA-REUNIAM FAMILIARES, AMIGOS E GENTE DAS CIDADES. OS PORTÕES ESTAVAM ABERTOS,  PODIAM ESTACIONAR OS CARROS NOS CAMPOS DE JOGOS.  
OS NAMORADOS MAIS AFOITOS JÁ PELA MADRUGADA E COM AS HORMONAS AOS PULOS. PODIAM TAMBÉM DENTRO  DOS CARROS OU NO ESCURO ENTRE ESTES DEDICAREM-SE À MARMELADA E AQUELES MAIS EVOLUÍDOS E CRESCIDINHOS,,, PODERIAM EXERCITAR UMAS QUECAS, QUE ERA UM DOCE FEITO A QUATRO MÃOS E MUITA ENERGIA DE CORPOS.
 A ÚNICA FESTA ONDE SE INSTALAVA UM PEQUENO CAOS FORA DAS REGRAS E DAS VISTAS DOS DIRECTORES.
NA NOITE ANTERIOR À DO  BAILE, A ÚNICA NOITE EM QUE OS ALUNOS SE METAMORFOSEAVAM E SE TRANSFORMAVAM EM DONOS DA ESCOLA-ALUNOS DOS CURSOS INDUSTRIAIS QUE FICAVAM A ORNAMENTAR E ILUMINAR O GINÁSIO PARA O GRANDE BAILE DE FINALISTAS ABRILHANTADO POR GRANDES BANDAS DE LISBOA.




TIVE O PRAZER DE PARTICIPAR EM TODAS ESTAS "MINI REVOLUÇÕES",,, AS DO GINÁSIO GRANDE, AS OUTRAS ERAM DESTINADAS AOS SORTUDOS ENDINHEIRADOS. QUE SE FAZIAM TRANSPORTAR EM MINIS OU OS CARROS DOS PAPÁS.

Arte e Ofício, os Xarhanga, Os Perspectiva, e os                         Tantra

 
ENTRE OUTROS, OS QUE PASSARAM PELO GINÁSIO GRANDE DA EICE

OS ALUNOS E OS PROFESSORES AMAVAM E MIMAVAM, AS SUAS ESCOLAS PELO TODO E NÃO PELO PARTICULAR.
D- AS FESTAS NAS NOSSAS ESCOLAS (HOJE), ACONTECEM QUASE TODO O ANO. COMEM-SE PORCOS,FEBRAS, SARDINHAS E MUITOS PASTÉIS. NEM TODA A COMUNIDADE ESCOLAR ESTÁ PRESENTE.PORQUE NÃO EXISTE UM OBJECTIVO COMUM E AS PESSOAS ANDAM TODAS OU QUASE TODAS, FARTAS DE TANTAS FESTAS, DE  SARDINHAS E PASTÉIS DE CARNE ASSIM COMO DE RISSÓIS DE CAMARÃO.

SÃO MUITO BARULHENTAS E ESTÁ TODA A GENTE MUITO FELIZ .

CONFRONTAM-SE TAMBÉM OS PROFESSORES EM TEMPO DE AULAS, COM UMA TRADICIONAL FESTA... NO DIA DA ELEIÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE ESTUDANTES.
E ESTA É TERRIVELMENTE PERTURBADORA , NÃO SERVINDO PARA NADA,A NÃO SER PARA UMAS BALDAS ÀS AULAS E É UM ENSAIO PARA FUTUROS ASPIRANTES AO PODER PARTIDÁRIO.
IGUALMENTE, SE REALIZAM FESTIVIDADES, QUANDO AS CHEFIAS SÃO EMPOSSADAS.

OS DIRECTORES BOTAM DISCURSO. E HÁ NOVAMENTE BANQUETE 

   COMO NAS CAMPANHAS ELEITORAIS DA CAÇA AO VOTO. 
AQUI NÃO VÃO BUSCAR OS VELHINHOS AOS LARES MAS CONVIDAM-SE PROFESSORES REFORMADOS APOIANTES DOS DIRECTORES.
AQUELES QUE AINDA NÃO ESTÃO CAQUÉCTICOS OU SE LIVRARAM DE SEREM ATROPELADOS NUMA PASSADEIRA.
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5- OS DIRECTORES SORRIAM E BAIXAVAM AS CABEÇAS SEMPRE QUE PASSAVAM POR UM OU MAIS DOCENTES  NOS CORREDORES, OU NA RUA.
E-OS DIRECTORES OLHAM DESCONFIADOS SEMPRE QUE PASSAM NO CORREDOR E SE CRUZAM COM DOCENTES. OLHAM MEIO À DEFESA, PORQUE NÃO FIANDO... ESTE PODE NÃO SER DO GRUPO QUE ME APOIA.
HUMMM!!! PELO QUE ME CHEGOU, POR UM DOS MEUS INFORMADORES, ESTE, ANDOU A DIZER MAL DE MIM.
BEM TE CONHEÇO Ó MARIOLA !
DAQUI NÃO LEVAS MAIS NADA...


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6- O DIRECTOR MARTINHO E OS OUTROS DIRECTORES, POSSUÍAM COMO CARROS DE TRABALHO, FIAT´S, CITRÓEN´S DAQUELES QUE TINHAM MUDANÇA NO VOLANTE. 
EXISTIAM MERCEDES PRETOS E BOCAS DE SAPOS, MAS ESTES  TINHAM COMO DONOS, GENTE RICA E AS ELITES FASCISTAS DAS CIDADES.

GENTE DO NEGÓCIO , GRANDES PROPRIETÁRIOS RURAIS, TAMBÉM SE FAZIAM TRANSPORTAR EM CARROS GRANDES, MAS COMPRADOS EM SEGUNDA MÃO, AOS FASCISTAS.
F-OS DIRECTORES ACTUAIS, NÃO SÃO DIGNAMENTE  APRECIADOS SE NÃO  APRESENTAREM UMAS BOMBAS DOS ÚLTIMOS MODELOS DA MERCEDES-AUDIS OU BMW. CARROS GRANDES POTENTES E QUE DIGNIFIQUEM AS CHEFIAS.
SERÃO TROCADOS PELAS ÚLTIMAS NOVIDADES, AO FIM DE 3 OU 4 ANOS.

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E PARA TERMINAR.
7-NINGUÉM TINHA RECEIO DE ENCONTRAR NOS CORREDORES OU NA RUA OS DIRECTORES. OS ALUNOS E OS PROFESSORES FICAVAM MUITO FELIZES SE ESTE (O DIRECTOR, NÃO EXISTIAM DIRECTORAS) EM QUALQUER MOMENTO OU LUGAR LHES OFERTAVA UM SORRISO OU UM ACENO.
ESTA GLÓRIA SERVIA TAMBÉM  PARA OS ALUNOS QUANDO ENCONTRAVAM UM PROFESSOR NA RUA E ERAM CUMPRIMENTADOS. 
O RESTO DOS DIAS SERIAM RECHEADOS DE FELICIDADE. CONTAVAM A TODA A FAMÍLIA,E VIZINHOS QUE,  
 QUE TINHAM RECEBIDO UM SORRISO NA CURVA DAS QUINTINHAS DO PROFESSOR X, Y OU Z.

ESTA ESCOLA FOI UM LUGAR HUMANIZADO E NATURALMENTE ORGANIZADO POR HIERARQUIAS.

NINGUÉM DISCORDAVA PORQUE HAVIA MÚTUA CONFIANÇA E TODAS AS LEIS E DECRETOS ERAM PARA SEREM CUMPRIDOS.

HOJE 





É BANAL O ENCONTRO  NA RUA OU NA ESCOLA COM ESTES SENHORES OU SENHORAS DO PODER, SE FOR PROFESSOR APOIANTE, LEVARÁ UM SORRISO OU UMA SAUDAÇÃO COM A MÃO. SE FOR DA "OPOSIÇÃO", SERÁ BRINDADO COM UM ESPECTRO QUE PASSA DE LARGO COM A CABEÇA BAIXA A DISFARÇAR QUE VAI DISTRAÍDO PENSANDO E FALANDO COM OS SEUS BOTÕES. SE AS PERSONAGENS ESTIVEREM à espera PARA serem atendidas NUMA INSTITUIÇÃO BANCÁRIA, ou na fila de uma grande superfície COMERCIAL,,, ESTE SUPERIOR POSICIONA-SE LIGEIRAMENTE DE LADO PARA NÃO FALAR AO POBRE E INDEFESO OPERÁRIO DA PEDAGOGIA DENOMINADO (TB) POR PROFESSOR, PROFFF OU STORIII!Ou aquele gajo ou gaja QUE ME ANDA A MORDER NOS CALCANHARES, NÃO ME LIVRO DELE. A DEMOCRACIA E A IGUALDADE TROUXE DESPROMOÇÃO ÀS RELAÇÕES E NIVELOU TUDO E TODOS PELA MESMA BITOLA.
A ESCOLA (hoje) tornou-se UM LUGAR HIPER-PLURALISTA, COM MUITOS PODERES, ALGUNS DESTES, MANDAM NELA APESAR DE ESTAREM FORA . INFLUENCIAM, MINIMIZAM E HUMILHAM OS DOCENTES. 
OS DIRECTORES SÃO  VERGADOS PERANTE OS PODERES SINDICAIS, PAIS DOS ALUNOS E DE ALGUNS ALUNOS. RESPEITAM-NOS E TÊM TEMOR DESTA GENTALHA, COM RECEIO DE PERDEREM O HONROSO LUGAR QUE OCUPAM. 
QUANDO SE CONFRONTAREM COM UMA SITUAÇÃO EXTREMA, E TENHAM QUE FAZER UMA ESCOLHA ENTRE ESTE GRUPO INFLUENTE E O CORPO DOCENTE QUE LIDERAM. O SEGUNDO FICARÁ SEMPRE A PERDER.
 MAS, NEM TUDO SÃO TRAGÉDIAS, MUITOS DESTES LÍDERES, 

 TAMBÉM TÊM DENTRO DE SI A PARTE SENSÍVEL-PESSOA HUMANA.  ESTA,, ESTÁ REPLETA DE RECEIOS, ALGUNS (MEDOS)COM FUNDAMENTO.  FICARÃO MUITAS DAS VEZES COM PROBLEMAS DE CONSCIÊNCIA.PERANTE A REALIDADE NÃO HAVENDO, NADA A FAZER- ALGUNS DOS PAIS ESTÃO NO SEU PLENO DIREITO DE FO(😡😼💣) OS PROFFFS QUE NÃO ATRIBUÍRAM 19 VALORES AOS SEUS FILHOS PARA ESTES ENTRAREM EM MEDICINA. 



...

OS ESFORÇADOS  DIRECTORES,  
 VIVEM DEFENDENDO OS SEUS CASTELOS DE MAUS OLHADOS E GENTE CRÍTICA COMO EU E OUTROS PELINTRAS QUE NÃO CONHECEM NADA DE GESTÃO E SÓ SABEM MANDAR BOCAS FOLEIRAS. POSSUEM NOS SEUS REINADOS, AS COSTAS AQUECIDAS POR UM GRUPO FIEL DE APOIANTES E UMA GRANDE PERCENTAGEM DE OUTROS PROFISSIONAIS, QUE SE DESINTERESSARAM, DESISTINDO DE EVOCAR RESPEITABILIDADE, POIS NÃO QUEREM ARRANJAR PROBLEMAS.
E ATÉ PERDEREM O EMPREGO OU SEREM HUMILHADOS POR COLEGAS OU DIRECÇÕES.

OS DOCENTES SITUAM-SE NOS ÚLTIMOS LUGARES NA FILA, DESTA HIERARQUIA. 






OS SENHORES DIRECTORES, POSSUEM O PODER COMO NOS GRANDES REGIMES ABSOLUTOS. HAVERÁ RARAS EXCEPÇÕES EM QUE ESTE PODER É DETERMINADO, PLANIFICADO E POSTO EM PRÁTICA PELO DIRECTOR E OS SEUS ASSESSORES.
E ESTA SERÁ CHAMADA UMA ESCOLA VERDADEIRAMENTE DEMOCRÁTICA, ONDE SE FAZEM FESTAS E TODA A COMUNIDADE ESCOLAR GOSTA DE RISSÓIS DE CAMARÃO.💘💙💚😍
TODOS ESTÃO PRESENTES NESTES ENCONTROS DE CONFRATERNIZAÇÃO, COMEM RISSÓIS DE CAMARÃO E DÃO ABRACINHOS APERTADINHOS AOS NOVOS PROFESSORES, QUE CHEGAM CHEIOS DE RECEIOS, E COM O CÉREBRO NUBLADO PELA LONGA ESPERA PARA ARRANJAREM UMAS HORAS PARA LECCIONAREM PERTO DE SUAS CASAS.





CONCLUSÃO


NINGUÉM PODE DISCORDAR EM PÚBLICO, ENFRENTAR ESTES SENHORES DIRECTORES, MAS TODA A GENTE PODERÁ NA ESCURIDÃO DAR FACADINHAS, MORDIDELAS, CANELADAS E PARTIR JOELHOS.
A ESCOLA DESUMANIZOU-SE E TORNOU-SE UMA MÁQUINA REGISTADORA DE CONTAS, NÚMEROS, PROMOÇÕES, EXCELÊNCIAS, CONDECORAÇÕES E GENTE BRILHANTE. 

QUASE TODAS AS DIRECÇÕES E ALGUNS DOS ALUNOS, SÃO GENTE IMPORTANTE COM UM QI MUITO ACIMA DA MÉDIA.

OS ALUNOS E OS PROFESSORES, NÃO AMAM A ESCOLA, NÃO A MIMAM NO  GERAL NEM NO PARTICULAR. 
...

 ESTES SENHORES SOFREM AS PASSAS DO ALGARVE, POIS ESTÃO EM  PERMANENTE LUTA  COM AS SUAS CONSCIÊNCIAS. A ETERNA LUTA ENTRE A RAZÃO, O CORAÇÃO E A NECESSIDADE DE SE MANTEREM À TONA DA "ÁGUA" DO PODER.
A DUREZA DOS PAPÉIS  QUE A SOCIEDADE LHES ATRIBUIU. TORNA-OS DESCONFIADOS E ABSOLUTOS. POR ESSE MOTIVO O GRANDE SOFRIMENTO QUE CARREGAM SOBRE OS OMBROS.
 A DESCONFIANÇA QUE NUTREM SOBRE OS SEUS PARES, MAIS DISTANTES AO NÍVEL DOS AFECTOS. FAZ DELES UNS MÁRTIRES NO PANORAMA DO ENSINO CONTEMPORÂNEO.

...





RECORDO O MARTINHO, VESTIDO PELO SEU FATO APRUMADO-ESCURO. 

O HOMEM ERA BONITO COMO O CARACO.  ALTO, IMPONENTE,,, VESTIA SOBRE O FATO E GRAVATA, UMA BATA BRANCA ABERTA. 
PASSEAVA PELOS CORREDORES E PÁTIOS  FISCALIZANDO A LIMPEZA E A ORGANIZAÇÃO DE TODA A ESCOLA. 
FOI O DIRECTOR MARTINHO DA  MINHA ESCOLA DE ESTREMOZ. NUM TEMPO EM QUE NÃO EXISTIAM PERSEGUIÇÕES-NO DICIONÁRIO NÃO EXISTIA A PALAVRA BULLING, E TODOS OS PROFESSORES (QUE NOME TÃO LINDO... PROFESSOR!). RETINHAM O SONHO E A RESPEITABILIDADE, ATÉ AO MOMENTO DA APOSENTAÇÃO.
OS ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO SABIAM A QUEM SE DIRIGIR, PARA SOLICITAREM INFORMAÇÕES DOS SEUS FILHOS. ERAM PESSOAS HUMILDES E RESPEITAVAM TODOS OS PROFESSORES A QUEM ENTREGAVAM OS SEUS REBENTOS, COM A MÁXIMA CONFIANÇA POSSÍVEL. NUNCA PASSAVAM A LINHA PARA A OFENSA E A HUMILHAÇÃO DOS DOCENTES. ESTA FOI A ESCOLA DO ANTIGAMENTE, DO FASCISMO. E A DOS INÍCIOS DA  REVOLUÇÃO DE ABRIL. FELICIDADE QUE SE PROLONGOU ATÉ INÍCIOS DESTE NOVO SÉCULO.
COM MUITO ORGULHO PASSEI, E VIVI NELAS. HOJE E EM TODOS OS MOMENTOS DO MEU RESPIRAR TENHO ORGULHO EM TODA ESTA GENTE QUE NÃO USAVAM FAUSTOSAS BANHEIRAS  PARA SE DESLOCAREM, NINGUÉM TINHA A AMBIÇÃO DE SE DESTACAR NO GRUPO DAS LIDERANÇAS E NÃO EXISTIAM PROJECTOS DE LIDERANÇA,  INDIVIDUAIS. 
O MOBILIÁRIO ERA DE BOA MADEIRA DE CASTANHO OU CEDRO E RETINHA UM ODOR QUE SE PROLONGAVA PELOS TEMPOS.DURAVA PARA SEMPRE.
A ESCOLA, FOI MESMO UM LUGAR ILUMINADA DE HUMANISMO E IGUALDADE. O PRIMEIRO DE TODOS... 
NÃO FUI EU QUE DISSE NEM ESCREVI, FOI A MINHA ALMA DESTITUÍDA DE NOBREZA.
AVÉ NOGUEIRA DO SINDICATO, CÁ ESTÁ UMA BOA CAUSA DA QUAL TIRO O CHAPÉU-DESTA VEZ ESTÁS NO CAMINHO CERTO. NÃO FALAS EM AUMENTO SALARIAL. PROGRESSÃO NAS CARREIRAS OU GREVE GERAL. FALAS DE UMA LUTA EM PROL DA VERDADEIRA ESCOLA, QUE HUMILHADA, CAMINHA PARA A SUA "DESTITUIÇÃO" ENQUANTO LUGAR DE INTERESSE NACIONAL.



(BEM! BEM! TOMA JUÍZO, TANTA GRAXA AOS COMUNISTAS,,,QUE QUALQUER DIA ESTOU A VER-TE COM O CARTÃO DO PARTIDO E FILIADO NA FENPROF)
💋💋💗



DESCONFIO QUE,,, AS GENTES DA PLEBE ESTÃO A ACORDAR...OUVI E VI O POVO EM MONCHIQUE, A MORDER NOS CALCANHARES DOS POLÍTICOS. A MANDAREM CALAR OS POLÍTICOS, OLHOS NOS OLHOS. AI SE O POVO ACORDAR, ONDE ISTO IRÁ PARAR.
 NOGUEIRA-VAMOS NESSA , SE PRECISARES DE AJUDA-LEVO A MINHA FISGA. 

... 

Estudo abrangeu 2003 professores. Direcções das escolas são apontadas como a maior fonte de pressão, mas estas não se revêem no retrato traçado. Fenprof fala de “autoritarismo”

O agressor, por regra, não se interessa por pessoas serviçais, mas por pessoas com méritos e êxitos
António Portelada Investigador, Universidade de Évora
Da página 1 Relatam situações de intimidação, de crítica sistemática, ou em que são impedidos de falar. Só para dar exemplos. Em 2003 professores inquiridos, do ensino pré-escolar ao superior, do sector público e do privado, 75% (1504) dizem já ter sido vítimas de pelo menos uma situação de assédio moral ou psicológico no trabalho. Ou seja, três em cada quatro docentes. São os do ensino superior os que mais se queixam.






Estas são as primeiras conclusões de um estudo sobre mobbing (assédio moral ou psicológico em contexto laboral), do investigador António Portelada, do Centro de Investigação em Educação e Psicologia, da Universidade de Évora. O desequilíbrio de poder entre agressor e vítima é um cenário comum no assédio laboral, diz. E não é diferente nas escolas: 49% dos professores inquiridos que reportaram episódios de assédio moral identificaram a direcção do estabelecimento de ensino como a origem da agressão psicológica de que foram alvo.
Noutros casos o dedo é apontado a um colega em particular (34%) ou a vários colegas (28%). Alunos e encarregados de educação, mais os primeiros do que os segundos, são responsáveis por 37% das situações relatadas nos inquéritos.
O investigador António Portelada, autor do estudo realizado com uma bolsa da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, com base em inquéritos online, apoia-se na definição do académico sueco Heinz Leymann, pioneiro no estudo do mobbing, para descrever aquele que será muitas vezes o objectivo do agressor: “Exerce violência psicológica extrema, sistemática e recorrente, durante um tempo prolongado, para destruir as redes de comunicação da vítima, a sua reputação e perturbar o seu trabalho.”
Cerca de 47% dos professores assinalaram situações em que o assédio se traduziu em críticas o seu trabalho. E cerca de 40% identificaram interrupções constantes. Estes bloqueios de comunicação podem não ser evidentes. “A própria vítima chega a questionar-se se é ela que está a proceder mal”, diz António Portelada.
É por isso que apesar de cada professor ter identificado, em média, nove “tipos” de assédio de que foi vítima, alguma vez na vida, a maioria não tem consciência de estar a ser vítima de mobbing. O estudo fala da “existência de uma cultura organizacional que não reconhece ou sanciona os comportamentos de assédio”.
As situações de mobbing são particularmente relevantes entre os professores de ensino superior, diz ainda o investigador. São estes que reportam mais episódios de difamação e isolamento e também (tal como os docentes do secundário) de “desprestígio laboral”.
António Fontainhas Fernandes garante que nunca se deparou com tal fenómeno, nem nas reuniões do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, a que preside, nem tão-pouco ao longo dos cinco anos em que é reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. “Nunca me foi feito qualquer comentário por parte dos professores.”
Ansiedade, insónias...
A amostra deste estudo de 2003 docentes é maioritariamente (75%) feminina e diversa na idade. Inclui professores dos quatro níveis de ensino, do pré-escolar ao superior, sendo a maior parte (46%) de ensino básico. A maioria dá aulas em escolas públicas, perto de casa (a menos de 30 quilómetros), com horário completo e está nos quadros. Até Dezembro, serão publicados os resultados finais.
Situações como as descritas repetem-se várias vezes ao ano, segundo a maioria dos 1504 professores que dizem já ter sido assediados. E para cerca de 30%, repetem-se há mais de cinco anos. O impacto pode ser “devastador”, pode reduzir a autoestima e ter implicações no sentido de compromisso com o trabalho, exemplifica Portelada.
Cerca de 83% dos professores relatam consequências na saúde. Ansiedade e insónias são as mais comuns (71% e 67%, respectivamente). Mas também frustração, sentimento de fracasso e de impotência, de insegurança e de irritabilidade. Um
quarto deles já recorreu ao atestado médico.
O que motivou o comportamento daqueles que são vistos como agressores? Para quase 60% das vítimas, as situações de assédio devem-se ao facto de eles “não cederem a pressões”. Cerca de 42% denunciam uma “gestão autoritária” e quase 40% dizem-se “reprimidos” por proporem “novas formas e perspectivas de trabalho”.
Diz a experiência académica, segundo António Portelada, que muitas das situações surgem quando há mudanças súbitas nas escolas. Ou explicam-se com relações insatisfatórias entre professores e chefias, motivadas por exigências excessivas de trabalho, falta de uma cultura organizacional e stress.
“Há uma continuada desvalorização da condição do docente, fomentada por sucessivos governos. Isso cria um caldo que facilita este tipo de reacções”, entende João Louceiro, dirigente da Federação Nacional de Professores (Fenprof ), que reage, no entanto, com “surpresa e muita apreensão” à dimensão ilustrada neste estudo (a que não teve acesso).
A maioria das queixas não chegará a ser formalizada, diz, por serem situações fragilizantes e “em que as pessoas podem sentir algum, injustificado mas existente, sentimento de vergonha”.
Admitindo que não são situações generalizadas, o dirigente sindical fica menos surpreendido com a participação das direcções neste fenómeno. “O modelo [de gestão escolar] perdeu por completo dimensões de democracia e foi substituído por uma retórica da liderança forte que muitas vezes se traduz em autoritarismo”, afirma.
A necessidade de rever esse modelo de gestão das escolas é uma das reivindicações da Fenprof que, em Julho, participou na divulgação pública dos primeiros resultados de um estudo que envolveu quase 16 mil professores.
Feito a pedido da Fenprof, precisamente, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa, o trabalho coordenado por Raquel Varela mostrou que quase metade dos docentes dá sinais de “exaustão emocional” — 20,6% mostram sinais “preocupantes”, 15,6% “sinais críticos” e 11,6% têm já “sinais extremos” de esgotamento. Mais de 40% não se sentem realizados profissionalmente. João Louceiro diz que a investigação da Universidade de Évora sobre assédio vem, de algum modo, complementar este mal-estar revelado.
Uns contra os outros
Também na relação entre colegas diz que temos vindo a assistir a mudanças prejudiciais. “O exercício da docência tem uma grande exigência ao nível do trabalho cooperativo, da discussão em conjunto, que tem vindo a ser substituído por lógicas de competição”, entende Louceiro, em linha com António Portelada. “Os professores tendem a virar-se uns contra os outros na tentativa de sobreviverem num clima de competição. O que é completamente contrário àquilo que se espera de uma educação democrática com um forte pendor humanista.”
Já Filinto Lima, presidente da Associação Nacional Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (Andaep), não vê “as direcções deste país como agentes agressores”. As direcções das escolas “funcionam como um órgão colegial”, diz: “Ouvimos as pessoas, consultamos o conselho pedagógico e somos controlados por um conselho geral.”
Acredita, ainda assim, que a pressão e agressão psicológicas possam ser mais frequentes no ensino superior e nas escolas privadas, mas diz ser necessário “tomar consciência” de que podem existir em qualquer ciclo de ensino, com consequências na degradação do ambiente de trabalho. “Os directores preocupam-se bastante (muitos deles têm até formação) com as relações humanas. É uma das áreas em que nos devemos actualizar permanentemente.”

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