LOBOS

Sou, na verdade, o Lobo da Estepe, como me digo tantas vezes – aquele animal extraviado que não encontra abrigo nem na alegria nem alimento num mundo que lhe é estranho e incompreensível

Herman Hesse

sexta-feira, 19 de maio de 2023

TEMPO sem TEMPO

 A  FRONTEIRA-IMAGENS SAGRADAS

O OUTRO JOSÉ SOMOS NÓS TODOS//FELIZMENTE



Hoje dia 18 de Maio de 2023, arrisco proferir aos sete ventos o que me vai na ALMA.

 Tenho mais dúvidas que CERTEZAS, foi dia de leituras da ENVOLVÊNCIA, primeiro nas dinâmicas da aula (os alunos estão a ficar rebentados ), aproxima-se o final de mais um ano escolar.

 Depois nas estradas e rotundas da cidade, OBSERVEI atentamente os rostos, as buzinadelas e os aceleramentos. Senti-me na ÚLTIMA FRONTEIRA, tenho a certeza que depois desta não haverá outra para os da minha geração. Existirá este mundo até quando? 

   GLOBALIZAÇÃO!!

   Dizem-nos que chegámos ao tempo da GLOBALIZAÇÃO, onde tudo é possível, os acontecimentos, a aquisição de objectos e bens de outra natureza estão à distância de um CLIC. A COMUNICAÇÃO!!!

 COMUNICAÇÃO, e aqui aparece-nos o elo de ligação com estas fotos e a outra realidade que todos vivemos.

  SÓ OS FILHOS DOS RICOS TINHAM ACESSO   A FOTOS> FICAREM na "XAPA".

 Estas imagens comprovam-no assim como as da Maria Luísa gaiata e do Cabaço rapazola.

  Claro que mexer no passado, como um contador de histórias o faz, não é pera-doce.  Pois paga-se caro, de todas as formas saem lágrimas molhadas. Estas imagens são uma relíquia com um valor inimaginável pelo ESPAÇO-TEMPO que representam e pela descrição que sugerem para desta forma conhecermos  a personagem numa outra vertente. A REAL!

Aquela que todos nós vivenciámos para construirmos o FUTURO  e as nossas vidas.

 Continuo falando contigo Natividade, és uma inspiração. Irei  utilizar como referência simbólica  (novamente ) o a tela de grandes dimensões de Paul Gauguin-ela reflete  a verdade intemporal-a nossa existência (HOJE) no  tempo da Globalização  e as vivências dos anos 30-40 -50 do século passado.

 Recorro a 2 comentários que ajudam de certa forma a identificarmos o paralelismo das vivencias  do "ENGENHEIRO" com as nossas.

 EMOÇÕES-ASPIRAÇÕES-SONHOS - PARTILHAS E COMUNICAÇÃO FORAM IDÊNTICAS? TEREMOS ALGUMA COISA EM COMUM??


«Das gentes dos ZARCOS, nos meus primeiros 20 anos de vida guardo as melhores recordações. Fui verdadeiramente feliz.Fátima Borralho»

« O Zé tinha longas conversas com ele (Inácio Gatêro). O ZÉ dialoga !!!! Célia Raminhos».



«OS ARTISTAS ESSES MANHOSOS
A grande OBRA de Gauguin,«DE ONDE VIEMOS QUEM SOMOS PARA ONDE VAMOS»,,,em toda a SUA estrutura simbólica da existência, GAUGUIN provoca-nos , obriga-nos a pensar na grande viagem que é a nossa vida e as dos que nos rodeiam. Não descobrimos nada de novo,somos em semelhança e nos erros clones dos que nos antecederam e o caminho é curto.
 
 

FELICIDADE-DIÁLOGO- e PERCURSO+ as fotos do Zé.
Pelas minhas contas o filho do JoquimdaVÓ, nasceu em 1934, nenhum de nós consegue descrever o que seriam OZARCOS nos anos 30/40  do século passado, só o testemunho dos nossos pais e das fitas do cinema Neo-Realista, ou outras... cinematografia Francesa e Alemã antes e pós guerra. Teremos desta forma,  a noção das dificuldades desta gente. 
Quem foram?
O que foi a FELICIDADE?
A COMUNICAÇÃO? 


  Ao falar da minha rua e das vivências de quem a habitou nos anos sessenta , princípios de setenta responderei de certa forma a esta dúvida.
 Fomos na realidade felizes? com tanta carência.
 Não tínhamos as tecnologias, os objectos, a cultura, os automóveis , as viagens pelo mundo.O acesso ao progresso e às mesmas oportunidades. 
 Quem foi esta criança, este rapazinho e o bonitão que assentou praça em Elvas?
 O outro engravatado de mangas de camisa, conheci eu e todos. Foi dessa forma que comecei a construir a imagem sensorial do Zé. E porque as imagens contam histórias, estou completamente seguro  da minha apreciação:
 O José António Borralho Russo, FILHO DA Senhora Bernardina e do JoquimdAVÓ, é uma das personagens mais ricas de historial da nossa terra. Os mundos interiores, ninguém os conhecerá pois, pouca gente teve coragem de o abordar «O ZÉ dialoga !!!!»...o mesmo será dizer: Ele esteve sempre lá para a comunicação-"os estigmas! da alma dos povos, fizeram o resto.
 
 

Gauguin Simplifica>

De onde viemos? O que somos? Para onde vamos?

A obra deve ser lida da direita para a esquerda e cada uma das figuras representa uma fase diferente da vida. O ciclo começa no canto inferior direito com uma criança adormecida e termina no lado esquerdo com uma senhora idosa acompanhada por um pássaro.
 
 
  • o bebé dormindo (o início);
  • o jovem colhendo uma fruta (o meio);
  • a senhora idosa perto de uma ave (o fim). 
  • A composição de Gauguin De Onde Viemos? O que Somos? Para Onde Vamos? trata-se da sua maior pintura, possuindo quase 4 metros de base. É muitas vezes tida como a sua obra-prima. Ele  realizou-a quando vivia um momento de grande angústia, tendo inclusive pensado em  matar-se devido às dificuldades que passava, sem dinheiro até para comprar o material de pintura, sem saúde e pela falta de reconhecimento de seu trabalho.

O que somos hoje com os nossos impérios , a vivermos de uma forma desenfreada(?). Quanto à FELICIDADE aquela   a qual  a Fátima se referiu, esta não existe. É fruto de uma SOCIEDADE CAPITALISTA,  que fez de todos nós escravos, 

Digitalmente dependentes de uma COMUNICAÇÃO VIRTUAL.  Nunca saciados esperando sempre um sinal do outro lado, seja ele qual for.

  Foi verdadeiramente feliz, (acredito) fomos todos os da minha RUA e das OUTRAS EM TEMPOS menos acelerados e exigentes.



QUEM SOMOS HOJE?

QUANTO À FELICIDADE, cujdem-se façam pela vida. 

Milagres? 

>>ESTE BELO PLANETA AZUL, OUTRORA UM PARAÍSO...sortudos OS QUE ENCONTRARAM OUTRAS VIAS PARA A SOBREVIVÊNCIA. 

O ZÉ FOI UM DELES e EXTRAORDINÁRIO.

 

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